Nosso Canal

sábado, 29 de setembro de 2012

Defendei-nos



 
Sancte Michael Archangele, defende nos in praelio, contra nequitias et insidias diaboli esto praesidium: Imperet illi Deus, supplices deprecamur, tuque, Princeps militiae caelestis, satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute in infernum detrude. Amen.

Leão XIII escreveu ele mesmo esta oração. A frase [os demônios] “que vagam pelo mundo para perdição das almas” tem uma explicação histórica, que nos foi referida várias vezes por seu secretário particular, Mons. Rinaldo Angelo. Leão XIII experimentou verdadeiramente a visão dos espíritos infernais que se concentravam sobre a Cidade Eterna (Roma); desta experiência surgiu a oração que quis fazer rezar em toda a Igreja. Ele a rezava com voz vibrante e potente: o ouvimos muitas vezes na Basílica Vaticana. Não somente isso: escreveu de seu próprio punho e letra um exorcismo especial contido no Ritual Romano (edição de 1954, tít. XII, c. III, pp. 863 y ss.). Ele recomendava aos bispos e sacerdotes que rezassem frequentemente esse exorcismo em suas dioceses e paróquias. De sua parte, ele o rezava com muita frequência ao longo do dia.

Cardenal Nasalli Rocca, Carta Pastoral para a Quaresma, Bologna, 1946, apud Boletim Sacrificium, ano I, volume I, número 28. Publicado originalmente na festa de S. Miguel de 2008

CNBB repudia o uso da imagem de Cristo em capa de revista esportiva.

Nota de Repúdio
Por CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, manifesta profunda indignação diante da publicação de uma fotomontagem que compõe a capa de uma revista esportiva na qual se vê a imagem de Jesus Cristo crucificado com o rosto de um jogador de futebol.
Reconhecemos a liberdade de expressão como princípio fundamental do estado e da convivência democrática, entretanto, que há limites objetivos no seu exercício. A ridicularização da fé e o desdém pelo sentimento religioso do povo por meio do uso desrespeitoso da imagem da pessoa de Jesus Cristo sugerem a manipulação e instrumentalização de um recurso editorial com mera finalidade comercial.
A publicação demonstrou-se, no mínimo, insensível ao recente quadro mundial de deplorável violência causado por uso inadequado de figuras religiosas, prestando, assim, um grave desserviço à consolidação da convivência respeitosa entre grupos de diferentes crenças.
A fotomontagem usa de forma explícita a imagem de Jesus Cristo crucificado, mesmo que o diretor da publicação tenha se pronunciado negando esse fato tão evidente, e isso se constitui numa clara falta de respeito que ofende o que existe de mais sagrado pelos cristãos e atualiza, de maneira perigosa, o já conhecido recurso de atrair a atenção por meio da provocação.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

V Parte - O jovem instruído na prática de seus deveres religiosos - São João Bosco


V Parte
Meios de perseverança
I. O que devem fazer especialmente os jovens
  
ARTIGO I.
Como se ao de haver nas tentações

            Também na vossa tenra idade, amados jovens o demônio vos arma laços para vos cair em pecado e assim tornar a vossa alma sua escrava e inimiga de Deus. Deveis pois vigiar atentamente para não sucumbirdes quando fordes tentados, isto é, quando o demônio vos instiga a fazer mal.
 
Muito contribuirá a preservar-vos das tentações o evitar as ocasiões, as más conversas e os espetáculos públicos, onde não há nada de bom e de onde sempre vem algum dano á alma.Procurai estar sempre ocupados no vosso ofício, no estudo, no canto, na música e quando não tendes nada para fazer, armai altarzinhos, arranjai imagens ou quadros ou ide entreter-vos algum tempo em diversões honestas, bem entendido, com licença dos pais.Faze com que o demônio não te encontre nunca desocupado, diz São Jerônimo.

            Quando fordes tentados, não espereis que a tentação se apodere de vosso coração, mas fazei logo uma coisa para livrar-vos dela, ou pelo trabalho ou pela oração. E se a tentação continuar, fazei o sinal da cruz, beijai algum objeto, bento dizendo: Maria, auxílio dos cristãos, rogai por mim; ou então: São Luis, fazei com que não ofenda o meu Deus. Indico-vos este santo, porque foi proposto pela Igreja como padroeiro especial e modelo da juventude. Ele, com efeito, para vencer as tentações, fugia de todas as ocasiões; jejuava frequentemente a pão e água, açoitava-se de tal forma que as roupas, as paredes e o chão ficavam salpicados de seu sangue inocente. Foi assim que são Luis obteve uma completa vitória sobre todas as tentações. Assim a obtereis também vós, se procurardes imitá-lo ao menos na mortificação dos sentidos, especialmente na modéstia, e se vos encomendardes de coração a ele quando fordes tentados.


ARTIGO II.
Remédios para algumas ciladas de que o
demônio usa para enganar a mocidade

            O primeiro laço que o demônio costuma armar-vos para alcançar a ruína das vossas almas, é sugerir-vos o pensamento de que será muito difícil que durante quarenta, cinquenta ou sessenta anos, que vos promete de vida, possais caminhar pela difícil vereda da virtude, sempre afastados dos prazeres.

            Quando o demônio nos sugerir este pensamento, respondei-lhe: Quem me assegura que eu chegue a essa idade?A minha vida está nas mãos de Deus; pode ser que um dia de hoje seja o último da minha vida.Quantos da minha idade estavam ontem alegres, cheios de vida e de saúde e hoje são levados á sepultura!Quantos meus companheiros desapareceram deste mundo na flor dos anos!E não poderia acontecer isto também a mim!E mesmo quando tivéssemos que trabalhar alguns anos para Nosso Senhor, não teremos uma recompensa extraordinária na eternidade de glória e de gozo, no Céu!Além disto, nós vemos que os que vivem na graça de Deus estão sempre alegres e também no tempo das aflições têm o coração feliz.Pelo contrário, os que se entregam aos prazeres vivem mal humorados, inquietos e por mais que se esforcem em achar a paz nos seus divertimentos, sentem-se cada vez mais infelizes: Non est pax ímpiis, diz Nosso Senhor.
 
Acrescentará alguém: Somos moços; se começamos a pensar na eternidade, no inferno, isto nos tornará melancólicos e pode até dar-nos volta ao juízo.De acordo, que o pensamento de uma eternidade feliz, o pensamento de um suplício que não há de acabar nunca mais, seja um pensamento triste e aterrador.Dizei-me porém: Se só o pensar nisto pode dar volta ao juízo, que seria se para lá fossemos realmente? Melhor será portanto pensar nisso agora, para não cair no futuro, pois é certo que se nisso pensarmos bem, não cairemos em tamanha desgraça.Observai porém que se é triste o pensamento do inferno, enche-nos de consolação a esperança daquele Paraíso onde se gozam todos os bens.Por isso é que os Santos, enquanto pensavam seriamente na eternidade das penas, viviam em grande alegria, com a firme esperança em Deus de serem delas preservados e de chegar um dia a posse dos bens infinitos, que Nosso Senhor reserva a quem o serve.Animo pois, ó meus caros, começai a servir ao Senhor e experimentareis quanto é doce e agradável o seu serviço e de quanta consolação encherá ele o vosso coração no tempo e na eternidade.


Jesus e a Simplicidade


Nota do Blog: Caríssimos irmãos, apesar desta obra ser dedicada à instrução das moças e senhoras, a postamos com a finalidade de torna-la conhecida para estas e igualmente para os senhores e rapazes. Para que vejam no Cristo este exemplo claro e único de perfeita obediência a seu Pai. Ele que sendo Deus se faz obediente até a morte humilhante numa Cruz.


Monsenhor de Gibergues
A Simplicidade Segundo o Evangelho
Instruções para às senhoras e às jovens

            A simplicidade é a marca e o sinal distintivo do Evangelho, pois é o traço dominante e o próprio caráter do Salvador1.

            Desde o primeiro instante de vida até exalar o último suspiro na cruz, Jesus nunca deixou de contemplar o Pai e de agir para Deus. Tudo o que o Evangelho nos relata, todas as palavras, todas as obras de Jesus disto dão testemunho.
 
            Afirma São Paulo que Cristo, ao entrar no mundo, exclamou: "Eis que venho, meu Pai, para fazer a vossa vontade... imprimindo as minhas leis nos seus corações."Seu primeiro pensamento foi, portanto, para Deus. Usou da liberdade, em primeiro lugar, para submeter-Se à vontade de Deus e entregar-Se por completo a Ele.

            E nunca mais Jesus desviou-Se dessa atitude, por um instante sequer. Quando, aos doze anos, deixara Maria e José para ficar no templo, ao encontrá-los, novamente, aflitos, só teve uma palavra para lhes explicar a razão da Sua conduta: "Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas que são de meu Pai?”3

            Em Nazaré, que faz Ele durante trinta anos, senão permanecer na presença de Deus, trabalhar, obedecer, humilhar-Se, com a finalidade de agradar a Deus e, enfim, de viver para Ele?  

            Se, aos trinta anos, deixa Sua mãe para ir ao deserto e lá preparar Seu ministério público, “é o Espírito Santo que o conduz.”4

Quando o demônio O tenta, é sempre com o nome de Deus que o repele: "Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus. Não tentarás o Senhor teu Deus... e a Ele só servirás."5

            No Jordão, o Espírito de Deus, em forma de pomba, desce visivelmente sobre Jesus.

            Quando pela primeira vez entra na Sinagoga, abre o livro das Escrituras no seguinte passo: "O espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu.”6

            À samaritana que o interroga sobre o verdadeiro culto, diz como primeira resposta: "Os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade."7

            E, logo depois, diz aos apóstolos: "A minha comida é fazer a vontade de meu Pai que me enviou...”8

Às perguntas que Lhe fazem, às ciladas que Lhe preparam, a todas as ofensas que Lhe dirigem, responde sempre falando do Pai, da desonra que causam a Deus, da injúria que Lhe fazem, do amor, da confiança, da submissão que Lhe devem. Resume toda a religião, toda a lei, toda a moral neste único preceito: "Amareis a Deus de todo o vosso coração."9

            Haverá, no mundo, ensinamento, filosofia ou doutrina mais simples que a pregação do Salvador que proíbe servir a dois senhores e tudo reduz ao amor de Deus?

            Não será o zelo pela simplicidade a razão dos ataques e ameaças com que invectiva os fariseus? Não estará condenando neles a hipocrisia, a astúcia, a mentira, a duplicidade, todas as vezes que lhes repete: "Ai de vós!"10

            "Vós dourais as bordas da taça, mas deixais o fundo cheio de amargura. - Estais sentados na cadeira de Moisés, mas não fazeis o que ele diz. - Vós sobrecarregais a viúva e o órfão com fardos que vós mesmos não podeis carregar. - Vós soltais o boi e o jumento, em dia de sábado, para conduzi-los ao bebedouro, e não quereis que eu cure esta mulher de sua enfermidade. - Vós sois sepulcros caiados: por dentro, estão cheios de vermes e de imundícies...”11
 
            Todas as vezes que condena os fariseus é pela hipocrisia e pela falta de simplicidade. Os fariseus queriam agradar aos homens e não a Deus: é isto ó que faz explodir contra eles a cólera de Jesus.

            O amor que tem às criancinhas provém ainda da simplicidade destas: é a simplicidade que nos apresenta como modelo e condição para entrar no céu.

            A simplicidade de Jesus passa ao coração dos apóstolos. É o encantamento todo-poderoso que os atraí, a força irresistível que os arrasta. 

            ''Mestre, onde morais? perguntam-Lhe. Ele responde: "Vinde e vede...”12, e logo vêm e prende-se a Ele." 

            "Segui-me", disse-Lhe ainda. E sem hesitar deixam ocupações, redes, trabalhos, pais, tudo enfim, e O seguem.13              

            Até na linguagem exige simplicidade absoluta: Seja o vosso falar: sim, sim; não, não; porque tudo o que passa disto vem do mal."14

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

IV Parte - O jovem instruído na prática de seus deveres religiosos - São João Bosco

IV Parte
ARTIGO V.
Do respeito que devemos ter ás igrejas e aos ministros sagrados

            Á obediência e ao respeito aos superiores deve andar unido o respeito ás igrejas e a todas as coisas da religião. Somos cristãos; por isso devemos venerar tudo o que se relaciona com este estado de cristãos e especialmente a igreja, que é chamada templo de Deus, lugar de santidade, casa de oração. Tudo o que pedirmos a Deus na igreja, alcançaremos: Omnis enim qui petit áccipit.Ah! meus caros filhos, quanto sois agradáveis a Jesus Cristo e que belo exemplo dais aos outros, estando na igreja com devoção e recolhimento! Quando São Luis ia à igreja, corria a gente para vê-lo e todos ficavam edificados pela sua modéstia e pelo seu porte. Quando entrardes em uma igreja, evitai correr e fazer ruído; mas, tomando água benta e depois de fazer a devida reverência ao altar, ide ao lugar que vos está marcado e ajoelhando adorai a Santíssima Trindade, rezando três glórias ao Pai.

            Se ainda não for hora de começarem as funções religiosas, podeis rezar as setes alegrias de Nossa Senhora ou fazer algum outro exercício de piedade. Evitai com o maior cuidado ri na igreja ou falar sem necessidade. É suficiente uma palavra ou um sorriso para dar mau exemplo e incomodar os que assistem ás sagradas funções. Santo Estanislau  kostka estava na igreja com tanta devoção, que muitas vezes não ouvia quem o chamava, nem percebia os empuxes com os quais os seus criados o advertiam que já era tempo de voltar para casa.

 
            Recomendo-vos sumo respeito aos sacerdotes e aos religiosos. Por isso recebei com veneração os avisos que vos derem; tirai o chapéu em sinal de respeito, quando falais com eles ou quando os encontrardes na rua. Deus vos livre de que chegueis a desprezá-los com atos ou com palavras. Tendo alguns menino escarnecido do profeta Eliseu dando-lhe apelidos, o Senhor os castigou fazendo sair de uma floresta dois ursos, que, atirando-se a eles, mataram quarenta e dois.Quem não respeita os ministros sagrados deve recear um grande castigo de Nosso Senhor. Sempre que se falar deles, imitai o jovem Luis Comolo, o qual costumava dizer: Dos ministros sagrados ou falar bem ou calar absolutamente.
 
            Por último, quero adverti-los que não deveis envergonhar-vos de ser cristãos também fora da igreja! Por isso, quando passardes de ante das igrejas ou de alguma imagem de Maria ou dos outros Santos, não deixeis de tirar o chapéu em sinal de veneração. Desta arte mostrar-vos-eis verdadeiros cristãos e Deus vos encherá de bênçãos por causa do bom exemplo que dais ao próximo.

ARTIGO VI.
Leitura espiritual da palavra de Deus

            Além das costumadas orações de manhã e da noite, peço-vos que destineis também um pouco de tempo á leitura de algum livro, que trate de coisas espirituais, como o livro da Imitação de Cristo, A Filotéia de São Francisco de Sales, A preparação para a Morte de Santo Afonso Maria de Ligório, Jesus ao coração do Jovem, as vidas dos santos e outros semelhantes. Da leitura de tais livros tirareis grandes vantagens para a vossa alma.E se repetirdes aos outros o que lerdes ou então se lerdes em presença deles, especialmente dos que não souberem ler, fareis uma obra de caridade muito meritória perante Deus.

            Mas ao mesmo tempo que vos inculco as boas leituras, tenho que recomendar-vos, com todas as veras de minha alma, que fujais como da peste dos maus livros e da má imprensa. Por isso, todo livro, todo jornal ou folheto em que se fale mal da religião e de seus ministros ou em que haja coisas imorais e desonestas, lançai-os logo para longe de vós, como farias com um copo de veneno. Em tais casos deveis imitar os cristãos de Éfeso, quando ouviram São Paulo pregar sobre o dano que causaram os maus livros. Aqueles fervorosos fiéis carregaram-nos as braçadas para a praça pública e com eles fizeram uma fogueira, achando melhor queimar todos os livros do mundo do que expor a alma ao perigo de cair no fogo inextinguível do inferno.

            Assim como o nosso corpo sem alimento adoece e morre, da mesma forma a nossa alma definha, se não lhe dermos o seu alimento: o alimento da alma é a palavra de Deus, isto é, as práticas, a explicação do Evangelho e o Catecismo. Fazei, pois toda diligência em estardes em tempo na igreja, e portai-vos nela com a maior atenção aplicando a vós mesmos as coisas que se relacionam com vosso estado. Recomendo-vos também muito que freqüenteis o catecismo. Não digais: Já o estudei, já fiz a primeira comunhão; pois que também nesse caso a vossa alma precisa de alimento, como vosso corpo. E se a privais deste sustento, vos poreis em gravíssimo perigo espiritual. Tomai também cuidado para não cairdes naquele ardil do demônio, quando o sugere esse pensamento: Isto convém muito ao meu companheiro Pedro; isto serve para Paulo.Não meus caros; o pregador fala a todos e a sua intenção é aplicar a todos as verdades que está explicando.Por outro lado, lembrai-vos que o que não serve para corrigir-vos de coisas passadas, pode servir para preservar-vos de algum pecado no futuro.

Ao ouvirdes algum, procurai recordá-lo e durante o dia e especialmente à noite antes de deitar-vos recolhei-vos um pouco para refletir sobre o que ouviste. Se assim fizerdes tirareis grande vantagem para a vossa alma.

            Recomendo-vos também que façais todo o possível esses vossos deveres religiosos nas vossas paróquias, sendo o vosso pároco especialmente destinado por Deus para cuidar de vossas almas.

Deve-se preferir o serviço dos pobres acima de tudo


Dos Escritos de São Vicente de Paulo, presbítero
(Cf. Correspondance, Entretiens, Documents, ed. P. Coste, Paris 1920-1925, passim)
(Séc.XVII)

Não temos de avaliar os pobres por suas roupas e aspecto, nem pelos dotes de espírito que pareçam ter. Com frequência são ignorantes e curtos de inteligência. Mas muito pelo contrário, se considerardes os pobres à luz da fé, então percebereis que estão no lugar do Filho de Deus que escolheu ser pobre. De fato, em seu sofrimento, embora quase perdesse a aparência humana – loucura para os gentios, escândalo para os judeus – apresentou-se, no entanto, como o evangelizador dos pobres: Enviou-me para evangelizar os pobres (Lc 4,18). Devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar aquilo que ele fez: ter cuidado pelos indigentes, consolá-los, auxiliá-los, dar-lhes valor.
  
Com efeito, Cristo quis nascer pobre, escolheu pobres para seus discípulos, fez-se servo dos pobres e de tal forma quis participar da condição deles, que declarou ser feito ou dito a ele mesmo tudo quanto de bom ou de mau se fizesse ou dissesse aos pobres. Deus ama os pobres, também ama aqueles que os amam. Quando alguém tem um amigo, inclui na mesma estima aqueles que demonstram amizade ou prestam obséquio ao amigo. Por isto esperamos que, graças aos pobres, sejamos amados por Deus. Visitando-os, pois, esforcemo-nos por entender os pobres e os indigentes e, compadecendo-nos deles, cheguemos ao ponto de poder dizer com o Apóstolo: Fiz-me tudo para todos (1Cor 9,22). Por este motivo, se é nossa intenção termos o coração sensível às necessidades e misérias do próximo, supliquemos a Deus que derrame em nós o sentimento de misericórdia e de compaixão, cumulando com ele nossos corações e guardando-os repletos.

Corpo incorrupto 
Deve-se preferir o serviço dos pobres a tudo o mais e prestá-lo sem demora. Se na hora da oração for necessário dar remédios ou auxílio a algum pobre, ide tranquilos, oferecendo a Deus esta ação como se estivésseis em oração. Não vos perturbeis com angústia ou medo de estar pecando por causa de abandono da oração em favor do serviço dos pobres. Deus não é desprezado, se por causa de Deus dele nos afastarmos, quer dizer, interrompermos a obra de Deus, para realizá-la de outro modo.

Portanto, ao abandonardes a oração, a fim de socorrer a algum pobre, isto mesmo vos lembrará que o serviço é prestado a Deus. Pois a caridade é maior do que quaisquer regras, que, além do mais, devem todas tender a ela. E como a caridade é uma grande dama, faz-se necessário cumprir o que ordena. Por conseguinte, prestemos com renovado ardor nosso serviço aos pobres; de modo particular aos abandonados, indo mesmo à sua procura, pois nos foram dados como senhores e protetores.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

III Parte - O jovem instruído na prática de seus deveres religiosos - São João Bosco

III Parte 
ARTIGO III.
A salvação da alma depende geralmente
do tempo da juventude

            Dois são os lugares que nos estão reservados na outra vida: para os maus, o inferno, onde se sofre todos os tormentos; para os bons, o Paraíso, onde se goza todos os bens. Mas o Senhor vos diz claramente que se vós começardes a ser bons no tempo da juventude, sereis igualmente no resto da vida, a qual será coroada com uma eternidade de glória. Pelo contrário, se começardes a viver mal no tempo da juventude, muito facilmente continuareis assim até a morte, e isto vos conduzirá inevitavelmente ao inferno.

            Por isso, quando virdes homens de idade avançada entregues ao vício da embriaguez, do jogo, da blasfêmia, podereis quase sempre dizer que tais vícios começaram na juventude: Adoléscens juxta viam suam, etiam cum senúerit, non recédet ab ea. Ah! filhos querido, diz Deus, recorda-te do teu criador no tempo de tua juventude.Em outro lugar declara feliz o homem que desde a sua adolescência tenha levado o jugo dos mandamentos: Bonum est viro, cum poratáverit jugum ab adolescéntia sua.

São Luis Gonzaga
            Esta verdade foi bem conhecida pelos santos, especialmente por santa Rosa de Lima e por são Luis Gonzaga, os quais, tendo começado a servir fervorosamente a Nosso Senhor desde a mais tenra idade, quando adultos só achavam gosto nas coisas de Deus e assim se tornaram grandes santos. O mesmo se diga do filho de Tobias que, desde o início de sua juventude, foi sempre obediente e submisso aos seus pais: Este morreram e ele continuou a viver virtuosamente até a morte.

            Mas dirão alguns: se começamos agora a servir a Deus, tornaremos tristonhos. Respondo-vos que isso não é verdade. Andarás triste quem serve ao demônio, pois que, por mais que se esforce para estar alegre, terá sempre o coração a lhe segredar entre lágrimas: És infeliz, porque és inimigo do teu Deus. Quem mais afável e jovial que São Luis Gonzaga? Quem mais alegre e gracioso do que São Felipe Néri e São Vicente de Paulo? E contudo, a vida deles foi um contínuo exercício de todas as virtudes.

            Animo pois, meus caros filhos; dedicai-vos em tempo á virtude e eu vos garanto que tereis sempre o coração alegre e contente e experimentareis quanto é doce e agradável o serviço do Senhor.


ARTIGO IV.
A Primeira Virtude de um jovem é a obediência
aos seus pais e superiores

Beato Pier Giorgio Frassati
            Assim como uma plantinha, embora colocada em bom terreno, num jardim, contudo toma forma defeituosa e vai definhando se não for cultivada e, de algum modo, guiada até certa altura, assim vós, meus caros filhos, vos inclinareis fatalmente para o mal, se não vos deixardes guiar por quem está encarregado da vossa educação e do bem da vossa alma. Essa guia vós atendes nos vossos pais e nos que fazem suas vezes; a eles deveis obedecer com docilidade. “Honra teu pai e tua mãe e terás vida longa na terra”, diz o Senhor.

            Mas em que consiste essa honra? consiste em obedecer-lhes, respeitá-los e prestar-lhes assistência.Obedecer-lhes e por isso, quando vos mandão alguma coisa, fazei-a prontamente, sem resistir, e guardai-vos de proceder como alguns que resmungam, escolher os ombros, sacodem a cabeça e, o que é pior, respondem mal. Esses fazem grande injúria aos seus pais e também a Deus, pois que nas ordens dos pais se manifesta a vontade de Deus. Nosso Salvador, apesar de ser onipotente, para ensinar-nos a obedecer, foi submisso em tudo a Santíssima Virgem e a São José, na humilde ocupação de artífice: Et erat súbditus illis.Para obedecer a seu Pai celeste ofereceu-Se á morte dolorosíssima da cruz: Factus obédiens usque ad mortem; mortem autem crucis.

            Deveis também ter grande respeito a vosso pai e a vossa mãe e não empreender coisa nenhuma sem sua licença, nem dar a conhecer seus defeitos. São Luis Gonzaga não fazia coisa nenhuma sem licença e, na falta de outrem, a pedia aos mesmos criados. O jovem Luis Comolo foi obrigado um dia a estar longe de seus pais por mais tempo do que lhes tinham permitido. Mas ao chegar em casa, todo choroso pediu logo humildemente perdão daquela desobediência involuntária.

            Finalmente, deveis prestar aos pais assistência em suas necessidades com os serviços domésticos de que fordes capazes especialmente entregando-lhes todo o dinheiro ou qualquer coisa que vos venha as mãos, usando de tudo conforme suas indicações.É também estrito dever de um jovem rezar de manhã e à noite pelos seus pais, para que Deus lhes conceda todos os bens espirituais temporais.

            Tudo o que vos disse a cerca da obediência e do respeito aos pais, deveis também praticar em relação a qualquer outro superior, eclesiástico ou secular, e por isso também em relação aos vossos professores, dos quais igualmente recebereis de boa vontade, com humildade e respeito os ensinamentos, os conselhos as correções, certos de que tudo o que eles fazem é para a vossa maior vantagem e que a obediência prestada aos superiores é como se fora prestada ao mesmo Jesus Cristo e a Nossa Senhora.
Beata Chiara Luce

            Duas coisas vos recomendo com maior empenho. A primeira é que sejais sinceros com os superiores, não encobrindo nunca as vossas faltas com fingimentos, muito menos negando-as. Dizei sempre a verdade com franqueza. As mentiras, além de ofenderem a Deus, vos tornam filhos do demônio, que é o príncipe da mentira, e, vindo-se depois a saber a verdade, passareis por mentirosos, com grande desdouro perante os superiores e os companheiros.Em segundo lugar, vos recomendo que aceiteis os conselhos e as advertências dos superiores como norma de vossa vida e do vosso modo de agir. Felizes vós, se assim fizerdes; os vossos dias serão venturosos, todas as vossas ações serão bem ordenadas e servirão de edificação aos outros.Por isso, concluo dizendo-vos: O menino obediente tornar-se-á santo; pelo contrário, o desobediente segue um caminho que o levará a perdição.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

II Parte - O jovem instruído na prática de seus deveres religiosos - São João Bosco

II Parte
Primeira Parte
Do que necessita um jovem para
ser virtuoso
ARTIGO I.

Conhecimento de Deus

            Observai, queridos filhos, tudo o que existe no Céu e na terra. O sol, a lua, as estrelas, o ar, a água, o fogo; tempo houve em que todas estas coisas não existiam. Nenhuma coisa pode jamais dar a existência a si mesma. Deus com a sua onipotência, as tirou todas do nada, criando-as; é por isso que Ele se chama Criador.
            Este Deus, que sempre existiu e sempre há de existir, depois de ter criado todas as coisas contidas no Céu e na terra, criou também o homem, que é a mais perfeita de todas as criaturas visíveis. Por isso, os nossos olhos, a boca, a língua, os ouvidos, as mãos, os pés, são todos dons do Senhor.

            O homem distingue-se de todos os outros animais, principalmente por ter uma alma que pensa, raciocina, quer e conhece o que bem e o que é mal. Esta alma, por ser um puro espírito, não pode morrer com o corpo; mas, quando este for levado a sepultura, irá ela começar outra vida, que mais há de acabar. Se praticou o bem, será sempre feliz com Deus no Paraíso, onde gozará de todos os bens eternamente; se fez o mal, será punida com um terrível castigo, no inferno, onde padecerá para sempre o fogo e toda a sorte de tormentos.

            Considerai contudo, meus filhos que nós fomos criados todos para o Paraíso e Deus, que é Pai bondoso, condena ao inferno somente quem o merecer pelos seus pecados. Oh! Quanto o Senhor nos ama e quanto deseja que façamos boas obras para assim poder-nos tornar participante daquela grande felicidade, que tem reservada para todos eternamente no Céu!

ARTIGO II.
Deus tem particular amor à juventude

            Persuadidos que estamos, caros jovens, de que fomos todos criados para o Céu, devemos dirigir todas as nossas ações para alcançar este grande fim.A isto nos há de mover o prêmio que Deus nos promete, o castigo com que nos ameaça.Mas o que mais que tudo nos deve levar a amá-Lo e a servi-Lo, há de ser o grande amor que nos têm.Pois que, embora Ele ame a todos os homens, como obra de suas mãos, consagra todavia um afeto todo particular aos meninos e acha as suas delícias em permanecer no meio deles: Deliciae meac esse cum filiis hóminum.Deus vos ama, porque de vós espera muitas boas obras; ama-vos porque estais numa idade simples, humilde, inocente e, por via de regra, não vos tornaste ainda vítima do inimigo infernal.
            Há ainda outras provas não menores da especial benevolência que vos tem o Divino Redentor.Ele assegura que considera como feitos a si mesmo todos os benefícios que vos fizerem a vós e ameaça de maneira terrível os que vos escandalizam.

            Eis as suas palavras: “Se alguém escandalizar a um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor lhe fora que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e que o lançassem ao fundo do mar”.Gostava muito que os meninos O seguisse, chamava-os para perto de Si, abraçava-os, e lhes dava a sua santa benção. “Deixai, dizia, deixai que os meninos venham a mim: Sínite párvulos veníre ad me”; dando assim evidentemente a conhecer que vós, ó jovens, sois as delícias do seu coração.

            Visto que o Senhor vos ama tanto, deve ser vosso firme propósito corresponder-Lhe, fazendo tudo o que lhe agrada e evitando tudo o que o poderia desgostar.


domingo, 23 de setembro de 2012

Padre Pio converte um maçom


Tradução: Carlos Wolkartt

O confessionário foi o lugar habitual dos sucessivos milagres realizados por Padre Pio. O frade chegava a passar mais de quinze horas por dia confessando, e assim provocava verdadeiras transformações interiores. Uma das conversões espetaculares foi a do famoso advogado genovês Cesare Festa, grão-dignitário da maçonaria italiana e primo do doutor Giorgio Festa. Este havia comentado em seu informe médico:

“Depois de vários exames e ao ver a evolução ao longo do tempo das feridas de Padre Pio, não há outra explicação senão a de que nos encontramos ante um caso sobrenatural”.

Com seu primo Cesare, ateu e anticlerical, mantinha uma discussão interminável, até que um dia, finalmente, disse:

– Cesare, anda, vá a São Giovanni Rotondo e lá farás verificações que acabarão com todas as tuas objeções. Depois disso, vamos continuar falando.

Cesare decidiu ir, com o propósito de desmascarar e denunciar o que acreditava com convicção ser uma fraude.

Padre Pio não lhe conhecia nem sabia de sua existência. Quando o viu entrando na sacristia junto a outros peregrinos, agarrou-lhe bruscamente:

– Quem é este entre nós? Um maçom.

– Pois sim, estás certo, eu sou.

– Que papel desempenhas na maçonaria?

– Lutar contra a Igreja.

Padre Pio, sem nada mais dizer, apontou-lhe o confessionário, e ante a estupefação de todos os presentes, o advogado maçom se ajoelhou, abriu seu coração, e com a ajuda do padre capuchino examinou toda a sua vida passada. Quando se levantou, era outro homem; havia paz em seu coração! Permaneceu três dias no convento até retornar a Gênova. Sua conversão foi noticiada na primeira página dos jornais. Cesare Festa foi a Lourdes e voltou a São Giovanni Rotondo para receber das mãos de Padre Pio o escapulário da Ordem Terceira Franciscana.

Em pouquíssimos meses: de maçom a franciscano. Foi recebido pelo Papa Bento XV, quem lhe confiou esta missão:

– Tenho grande estima ao Padre Pio, apesar de alguns informes desfavoráveis que me foram enviados. É um homem de Deus. Compromete-se a dar-lo a conhecer, porque não é apreciado por todos como ele merece.

A Grande Loja italiana se reuniu para expulsar o advogado renegado. Cesare Festa decidiu assistir e dar a conhecer seu testemunho. No mesmo dia recebeu uma carta animadora de Padre Pio:

“Não te envergonhes de Cristo e de Sua doutrina; é momento de lutar corajosamente. O Espírito Santo te dará a fortaleza necessária”.

São Padre Pio, rogai por nós!


Acesse o Artigo Original:
christifidei 

sábado, 22 de setembro de 2012

I Parte - O jovem instruído na prática de seus deveres religiosos

Caríssimos jovens, iremos postar a cada dia uma parte deste celebre livro de Dom Bosco. Que este nos ajude na nossa formação pessoal. E que pela intercessão de Dom Bosco nos tornemos a cada dia jovens mais fiéis e solícitos a Igreja de Cristo.

Desejo a todos uma santa leitura e desde já agradeço ao Reverendíssimo padre Tarcísio pela indicação do Texto.

Sem. Pedro Afonso
Diretor Geral da IDSC

O JOVEM INSTRUÍDO NA PRÁTICA
DE SEUS DEVERES RELIGIOSOS
I Volume

Nova edição brasileira
S.Paulo
Escolas profissionais salesianas
1937
 I Parte 
A Juventude

            Dois são os ardis de que principalmente costuma servir-se o demônio para afastar os jovens do caminho da virtude. O primeiro é fazer-lhes crer que para servir a Deus é preciso levar uma vida melancólica, longe de todo divertimento e prazer.Não é assim, queridos jovens.quero ensinar-vos um plano de vida cristã, que vos faça felizes e alegres e que, ao mesmo tempo, vos dê a conhecer quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros gozos, de tal forma que possais dizer com o santo profeta Davi: “Sirvamos a Nosso Senhor em santa alegria: servíte Dómino in laetítia”.Tal é precisamente o fim deste livrinho: Ensinar-vos a servir a Deus e a viver sempre alegres.

            O outro engano é a esperança de ter uma longa vida e de converter-vos mais tarde, quando velhos, ou na hora da morte. Tomai cuidado, meus filhos, porque muitos foram vítimas deste engano.Quem nos garante que chegaremos a velhice?Seria preciso fazer um contrato com a morte para que nos esperasse até lá. Mas a vida e a morte estão nas mãos de Deus, que delas pode dispor como melhor lhe agrada.

            E ainda quando Nosso Senhor vos concedesse uma vida longa, ouvi o grande aviso que vos dá: “A estrada que o homem começa a trilhar na juventude, por essa mesma continuará na velhice até a morte. : Adoléscens juxta viam suam, etiam cum senúerit, non recédet ab ea”. Isto significa: se começamos a viver bem agora que somos moços, continuaremos a viver bem pela vida afora, teremos uma boa morte, que será o princípio de uma felicidade eterna.Pelo contrário, se desde moços nos deixamos dominar pelos vícios, geralmente assim continuaremos em todas as fases de nossa vida até a morte, que será indicio funesto de uma infelicíssima eternidade.Para que tal desgraça não vos aconteça a vós, aqui vos proponho uma breve e fácil norma de vida, mas suficiente para vos tornardes a consolação dos vossos pais, a honra da pátria bons cidadãos na terra e mais tarde venturosos habitantes do Céu.

            Esta pequena obra está dividida em três partes. Na primeira encontrareis as coisas principais que deveis praticar e o que haveis de evitar para viverdes como bons cristãos.Na segunda parte estão colecionadas várias práticas devotas, que estão em uso nas paróquias e nas casas de educação.Na última parte encontra-se o Ofício de Nossa Senhora, as Vésperas de todo o ano e o Ofício dos Defuntos.No fim encontrareis ainda um diálogo relativo aos fundamentos de nossa santa religião, de acordo com as necessidades dos tempos, e por último uma coleção de cantos sacros.


            Meus caros amigos, eu vos amo de todo o coração; é me suficiente saber que sois jovens, para que vos ame profundamente. Encontrareis autores muito mais virtuosos e mais ilustrados do que eu, mas dificilmente podereis achar alguém que mais do que eu vos ame em Jesus Cristo e mais do que eu deseje a vossa verdadeira felicidade.Amo-vos porque conservais em vosso coração o tesouro da virtude: enquanto possuis tal tesouro tendes tudo; mas se o perderdes, vos tornareis os mais infelizes e desventurados do mundo inteiro.

O Senhor esta sempre convosco e faça com que, pela prática destas poucas normas, possais alcançar a salvação da vossa alma e desta arte argumentar a glória de Deus, único fim deste livrinho.

O Céu vos conceda longos anos de vida feliz e consista sempre a vossa grande riqueza no santo temor de Deus, que vos há de cumular de favores celestiais no tempo e na eternidade.

Dom Bosco.