O herói
Conde Simão de Montfort .
4ª Parte
Mas restavam ainda aqueles hereges empedernidos, que não se convertiam de
nenhum modo, e procuravam reverter a derrota fazendo estragos em alguns outros
países. Para resolver o problema, Nossa Senhora, além do heróico São Domingos,
suscitou outro herói para erradicar da Europa a heresia: o admirável Conde
Simão de Montfort. O primeiro empunhou como arma o Rosário, o segundo empunhou
a espada. Uma combinação perfeita: o espírito de oração com o espírito de
cruzada em defesa da Fé Católica.
Simão de Montfort |
A história de Simão de Montfort é, além
de admirável, extensa. Citemos a propósito, apenas de passagem, um trecho
extraído do livro de São Luís Grignion de Montfort (o sobrenome de ambos é o
mesmo, embora, segundo parece, não fossem parentes – pelo menos não há dados concludentes
a respeito):
Quem poderá contar as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve contra os albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram tão notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos homens, desbaratou um exército de dez mil hereges.
Quem poderá contar as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve contra os albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram tão notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos homens, desbaratou um exército de dez mil hereges.
Outra vez, com trinta homens, venceu a
três mil. Depois, com mil infantes e quinhentos cavaleiros, fez em pedaços o
exército do rei de Aragão, composto de cem mil homens, perdendo somente oito
soldados de infantaria e um de cavalaria.
Livre a França da heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário atravessou as fronteiras.São Domingos pregou incansavelmente, até o fim de seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente as fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma vez que, até os presentes dias,o Rosário é rezado com grande fruto em todos os países do mundo.
Livre a França da heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário atravessou as fronteiras.São Domingos pregou incansavelmente, até o fim de seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente as fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma vez que, até os presentes dias,o Rosário é rezado com grande fruto em todos os países do mundo.
Os Papas recomendam o Rosário
Pio IX |
Papa Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os fiéis exercitando o uso desta arma — que é a reza cotidiana do Rosário — facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis, de 3 de dezembro de 1856).
Papa Leão XIII: “Queira Deus — é este
um ardente desejo Nosso — que esta prática de piedade retome em toda parte o
seu antigo lugar de honra! Nas cidades e aldeias, nas famílias e nos locais de
trabalho, entre as elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como
insigne distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos
propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper, de 8 de setembro de
1894).
Pio X |
Papa São Pio X: “O Rosário é a mais
bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a
prece que mais toca o coração da Mãe de Deus. Rezai-o todos os dias”.
Papa Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nEla a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o costume de saudá-La. Por isso, os Romanos Pontífices jamais deixaram passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgências apostólicas”.
Papa Pio XI: “Uma arma poderosíssima
para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor
não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como
também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes
evangélicas”(Encíclica Ingravescentibus malis, de 29 de setembro de 1937).
João XXIII |
Papa Pio XII: “Será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho. E nós afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo conveniente o costume do Rosário em família” (Encíclica Ingruentium malorum, de 15 de setembro de 1951).
Papa João XXIII: “Como exercício de
devoção cristã, entre os fiéis de rito latino, .... o Rosário ocupa o primeiro
lugar depois da Santa Missa e do Breviário, para os eclesiásticos, e da
participação nos Sacramentos, para os leigos” (Carta Apostólica Il religioso
convegno, de 19 de setembro de 1961).
Beato João Paulo II |
Papa Paulo VI: “Não deixeis de inculcar
com toda a diligência e insistência o Rosário marial, forma de oração tão grata
à Virgem Mãe de Deus e tão freqüentemente recomendada pelos Romanos Pontífices,
pela qual se proporciona aos fiéis o mais excelente meio de cumprir de modo
suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: ‘Pedi e recebereis, buscai e
achareis, batei e abrir-se-vos-á’ (Mt. 7, 7)” (Encíclica Mense maio, de 19 de
abril de 1965).
Beato Papa João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado — em família, em comunidade, pessoalmente — vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980).
Beato Papa João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado — em família, em comunidade, pessoalmente — vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980).
Inimigos internos e externos vencidos
pelo Rosário
Como acabamos de ver, São Domingos, com
a cruzada de orações que empreendeu por meio do Rosário, derrotou os inimigos
internos da Igreja vencendo a seita albigense infiltrada entre os católicos.
Veremos agora um exemplo histórico de como o Santo Rosário derrotou inimigos
externos da Cristandade.
No século XVI, o poderio otomano (sobretudo o Império turco, de religião muçulmana) crescia espantosamente e tudo empreendia para aniquilar e dominar a Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em direção ao Ocidente.
Em face do iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de então, o Papa São Pio V, conclamou os príncipes europeus a se unirem numa frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados Pontifícios.
São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava mais na proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo ao encontro do inimigo.
No século XVI, o poderio otomano (sobretudo o Império turco, de religião muçulmana) crescia espantosamente e tudo empreendia para aniquilar e dominar a Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em direção ao Ocidente.
Em face do iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de então, o Papa São Pio V, conclamou os príncipes europeus a se unirem numa frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados Pontifícios.
São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava mais na proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo ao encontro do inimigo.
Na batalha de Lepanto: A vitória
salvadora.
Há 436 anos, em 7 de outubro de 1571, a esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João d’ Áustria mandou hastear o estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.
Batalha de Lepanto |
Mas, apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia. Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada...
Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.
Logo no início da retirada dos barcos
muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteu a batalha: os infiéis
perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados),
quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as
perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
Vitória alcançada pelo Rosário
Enquanto se travava a batalha contra os
turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do
Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem
as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas,
suplicando a vitória da armada católica.
O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.
São Pio V |
A milagrosa visão foi confirmada
somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o grande
acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. São Pio
V tinha meios mais rápidos para se informar...
Em memória da estupenda intervenção de
Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde
cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na
Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da
Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos
mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário,
comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro de cada ano.
Ainda com o mesmo objetivo, de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).
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