Aos Membros e amigos da IDSC
No nosso dia a dia nos são ofertados
muitos prazeres, objetos, situações. Ou seja: bens temporais e muitos desses,
nem podemos chamar de “bens”. É quase uma loucura pensarmos atualmente, imersos nesta sociedade hedonista e
utilitarista, em se dar como oferta pelo bem dos irmãos, principalmente quando
essa entrega voluntária não é fundamentada em ideologias ou em campanhas
modernistas, que na verdade servem como uma compensação para amaciar a consciência,
usando de meios filantrópicos.
Sem. Pedro Afonso Diretor Geral |
No casamento essa doação pode ser vista
de forma mais clara, porém nem sempre profunda, entre os cônjuges. Estes que se
amam de uma maneira forte e especial no matrimônio onde já não mais há duas
carnes, mas uma somente, e no ato sexual se unem manifestando a união de quem
se entrega mutuamente. Não raras vezes percebemos que já não é assimilada essa
realidade na vida conjugal, devido não poucas vezes por esta união não ter sido
encarada como oferta de si, mas como oferta do outro, como busca de uma mera
satisfação pessoal.
Não podemos conhecer e tão pouco
conjugar o verbo ofertar sem conhecer a Cristo que por nós se ofertou de
maneira sublime ao Pai. É Nele, que se encontra o fundamento seguro e certo do
oferecimento livre, desinteressado e sincero.
A oferta é no seu âmago uma graça, pois
esta opção não se enquadra nas reações instintivas do nosso ser homem. Não
condiz como natural, a nós homens decaídos e fracos pelo pecado, mas sim como
realidade sobrenatural de um homem novo que nasceu não mais da carne, mas do
Espírito que o impele a ultrapassar os ditames do nosso egoísmo e amor próprio.
A exemplo de Jesus, somos convidados a
nos darmos como oferta verdadeira e que não busca interesses próprios. Dessa
forma a nossa oferta deve ser feita primeiramente a Aquele que por nós se
ofertou ao Pai. Essa nossa doação pessoal não deve ser deparada com a falsa
impressão de sermos, a isso, obrigados, pois não são poucas pessoas que acham
que se têm duas alternativas: ou ser bom ou ser mau. Essa classificação é muito
simplória. Não somos objetos etiquetados. Ao contrário, somos filhos em processo
de amadurecimento.
O ato de entregar-se a Deus, antes de
qualquer outra coisa, é fazer aquilo, de forma livre, para o qual fomos
criados. É a nossa realização pessoal que está em jogo, pois não fomos criados
para outra realidade que não seja voltada para Jesus. E essa verdade dever ser
para nós causa de muita alegria, pois não haveria possibilidade melhor.
Se tentarmos imaginar uma lâmpada, esta
que foi feita para iluminar. Se por sua vez esta não o faz, perdeu todo o seu
sentido e já não pode mais servir aos que estão no escuro da noite.
Concluindo se tirarmos a pessoa de
Jesus, fim único da nossa vida, com a pretensão de não nos sentirmos por Ele
obrigados de sermos verdadeiros e bons, não iremos obter a liberdade plena,
como antes de forma enganosa nos tinha oferecido a serpente, mas conseguiremos
sim um encontro intimo com o nada da existência ateia e perderemos todo o
sentido para vivermos e só nos restará o caos da crise funesta onde optamos num
voluntariado afastamento de Deus.
Pedro Afonso Tavares Lins
Diretor Geral
Jamais havia visto com tanta profundidade este sentido do ofertar-se. De fato só saberemos o verdadeiro significado deste termo quando compreendermos o que nosso Senhor fez por nós.
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