Vários autores
católicos já preveniram das consequências nefastas do rock satânico. Recordo
especialmente de Piero Montero, Satana e lo stratagemma della coda,
Ed. Segno; Corrado Balducci, Adoratori do Satana, Ed. Piemme.
Transcrevo alguns traços fundamentais, extraídos da revista Lumiére et Paix,
maio-junho 1982, p. 30.
***
"Existe, nos
Estados Unidos - depois, estendeu-se à escala internacional - uma associação
chamada WICCA (traduzida, esta sigla significa: Associação dos Bruxos
e Conjurados). Os compomentes desta associação são numerosíssimos, possuem três
companhias discográficas e cada disco tem por objetivo contribuir para a
desmoralização e para a desorganização interior da psicologia dos jovens. Praticar
o satanismo e consagram-se à pessoa de Satanás.
Cada um destes
discos descreve exatamente os estados de alma que convêm aos discípulos de
Satanás e convida as pessoas a celebrarem a sua glória, a sua honra e o seu
louvor. Há também um grupo famoso, muito famoso, cujos membros também pertencem
a uma seita satânica da região de San Diego, divulgam em muitas de suas músicas
- embora não em todas elas - os mesmos princípios, porque são sempre pessoas
consagradas ao culto de Satanás.
Outra organização,
também muito conhecida, é a de Garry Funkell, que produz o mesmo tipo de
música. Estes grupos têm, sobretudo, o objetivo de divulgar os discos que têm
por finalidade conduzir os jovens ao satanismo, ou seja, ao culto de Satanás.
Os discos
consagrados a Satanás baseiam-se em quatro princípios:
- Primeira coisa:
é importante o ritmo, chamado beat, que se desenvolve seguindo os
movimentos da relação sexual. Repentinamente, os ouvintes sentem-se envolvidos
numa espécie de frenesi. É por esse motivo que se registram muitos
casos de histeria, produzidos pela escuta contínua desses discos; é o resultado
que se obtém exasperando o instinto sexual por intermédio do beat de
que falamos.
- Em segundo
lugar, usa-se a intensidade sonora, deliberadamente escolhida de
maneira a atingir uma força de sete decibéis acima da tolerância do sistema
nervoso. Está tudo muito bem calculado; quando nos sujeitamos a esta música
durante algum tempo, logo em seguida, a pessoa passa por um certo tipo de
depressão, de rebelião e de agressividade, de tal modo, que se chega a certas
atitudes, dizendo sem tomar consciência: "No fundo, eu não fiz nada de
mal: só ouvi um pouco de música na balada". (Assim acreditam, também,
muitos pais e educadores, totalmente inexperientes neste campo) Mas trata-se de
um métodoprevisto e bem calculado, que visa exasperar o
sistema nervoso e, desse modo, leva à obtenção de um resultado bem determinado:
levar os ouvintes a um estado de confusão e de desordem, que os impele a buscar
formas de realizar o beat, ou seja, o ritmo que
ouviram durante a balada; e é assim que se chega, também, a recrutar novos
adeptos a iniciar no satanismo. Este é o objeto final dos seus autores.
- O terceiro
princípio é transmitir um sinal subliminar. Trata-se de transmitir
um sinal elevadíssimo, muito acima da capacidade do ouvido, um sinal
supersônico, que atua no inconsciente. É um som importuno, da ordem dos 3.000
quilohertz por segundo, que não é possível captar com os nossos ouvidos,
precisamente por ser supersônico; desencadeia no cérebro uma substância, cujo
efeito é exatamente idêntico ao da droga, mas uma droga natural, produzida pelo
cérebro, depois que aqueles estímulos são recebidos, mas de que não se dá
conta. Num determinado momento, a pessoa sente-se estranha... Esta sensação
incômoda induz a pessoa a procurar a droga propriamente dita ou a tomar doses
maiores, caso já faça uso dela.
- Ainda há um
quarto elemento: a consagração ritual de cada disco, no decurso de uma
missa negra. De fato, antes de cada disco ser lançado no mercado, é
consagrado a Satanás com um ritual particular que é uma forma autêntica de missa
negra.
Se já parou para
analisar as palavras destas canções (palavras que, por vezes, estão escondidas
e apenas são perceptíveis se ouvirmos o disco na rotação contrária - ndr),
percebemos que os temas gerais são sempre os mesmos: rebelião contra os pais,
contra a sociedade e contra tudo o que existe; libertação de todos os instintos
sexuais; a possibilidade de criar um estado anárquico para fazer triunfar o
reino de Satanás. Basta tomar, por exemplo, a canção Hair, para
encontrar quatro partes dedicadas ao culto de Satanás.
Depois de tudo o
que dissemos, quem ousaria negar o perigo das influências do Maligno que conta
com tantos cúmplices no caminho da rebelião e do ódio? Lemos no Apocalipse:
"E furioso contra a Mulher, o dragão foi fazer guerra contra o resto da
sua descendência, isto é, os que observam os mandamentos de Deus e guardam o
testemunho de Jesus" (cf. Ap 12,17).
Livro : Pe.
Gabrielle Amorth, Novos Relatos de Um Exorcista
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