Ó minha doce Mãe,
eu não queria,
Ter essa triste e morna covardia,
Ter essa torpe falta de coragem
Que enlaça e mata aqueles que não agem.
Eu não queria amar Nosso Senhor,
Com um mesquinho, tíbio e fraco amor,
Com um amor que só dá por medida,
Que pesa o dom e poupa a própria vida,
Mas com amor ardente e valoroso,
Constante, forte, puro e generoso,
Que, solitário, assim me enchesse a alma
De paz guerreira, santa, sábia e calma.
Mas Vós sabeis, ó Mãe doce e clemente,
Em minha alma abri largas feridas
E como foram rotas e perdidas
As graças, tantas,
dadas por piedade;
E quantas vezes foi minha maldade
Capaz de ser mais forte e poderosa
Que o bem que Vós me dáveis, Mãe Bondosa;
E como tanto mal
acumulado,
Tanta fraqueza vil, tanto pecado,
Não vence a vossa graça sem violência,
Nem vence sem lutar vossa clemência.
Mas Vós, Senhora, sois a Virgem Pura
Que faz filhos de Deus da pedra dura.
E eu espero, firme e confiante,
Em vossa onipotência suplicante.
Com vossa Imaculada Conceição,
E o mundo, tão falaz e movediço,
O tendes sob os pés, preso e submisso,
De mim bem fácil vós tereis vitória,
Que essa derrota, só, tenho por glória.
Eis todo o meu apoio e confiança:
Sois Vós, ó minha Mãe, minha esperança.
Prof: Ivone Fedeli
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