A chamada Grande Revelação foi feita a Margarida Maria
durante a oitava da festa do Corpus Domini de 1675. Mostrando o seu Coração
divino, Jesus confiou à Santa:
Eis
o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se
consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da
maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e
pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me
é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço
que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada
a uma festa particular para honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O
reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre
os altares”.
“Prometo-te
que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre
aqueles que Lhe prestarem esta honra”.
Jesus
apareceu-lhe numerosas vezes de 1673 até 1675. Dos seus colóquios com Nosso
Senhor distinguem-se classicamente 12 promessas. Eis alguns extratos da
Mensagem do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria. (10)
“Os fiéis acharão, pelo intermédio desta devoção amável, todos os socorros necessários ao seu estado, ou seja, a paz nas suas família, o alívio nos seus trabalhos, as bênçãos do Céu em todas as suas empresas, a consolação nas suas misérias, e é propriamente neste sagrado Coração que alcançarão um lugar de refúgio durante toda a vida e principalmente na hora da sua morte”.
“O Meu divino Salvador fez-me compreender que aqueles
que trabalham pela salvação das almas encontrarão a arte de comover os corações
mais empedernidos e trabalharão com um êxito maravilhoso se eles mesmos
estiverem penetrados de uma terna devoção ao divino Coração”.
"Asseverando-Me que Ele recebia um contentamento
singular em ser honrado sob a figura deste Coração de carne, cuja imagem
desejava fosse exibida em público, com a finalidade –acrescentou– de tocar por
seu intermédio o coração insensível dos homens; prometendo-me que derramaria em
abundância todos os dons que possui em plenitude sobre todos aqueles que O
honrassem; e que em todo lugar em que esta imagem fosse ostentada para ser
objeto de especial honra ela atrairia toda sorte de bênçãos”.
“Sinto-me totalmente imersa neste divino Coração;
(...) estou como num abismo sem fundo onde Ele me revela os tesouros de amor e
de graça que concede às pessoas que se consagram e sacrificam para lhe render e
alcançar toda a honra, amor e glória de que são capazes”.
“Confirmou-me o contentamento que recebe em ser amado,
conhecido e venerado pelas suas criaturas e tão grande que prometeu-me que
todos aqueles que Lhe sejam devotados e consagrados não morrerão jamais”.
“Numa sexta-feira, durante a Sagrada Comunhão, disse
estas palavras à sua indigna escrava: “Prometo-te, na excessiva misericórdia do
meu Coração, que o seu amor onipotente obterá a todos aqueles que comunguem
nove primeiras sextas-feiras do mês seguidas a graça da penitência final, que
não morrerão na minha desgraça, sem receber os seus sacramentos e que o Meu
divino Coração será o seu refúgio assegurado no último momento”. “Nada temas,
Eu reinarei apesar dos meus inimigos e de todos aqueles que procurarão
opor-se”.
“Este amável Coração reinará, apesar de Satanás. Isto
me arrebata de alegria.” “Afinal reinará, este amável Coração, apesar de todos
os que se quererão opor. Satã e todos os seus seguidores serão confundidos”.
10. Cf. Vida e Obras de Santa Margarida
Maria,
publicação da Visitação de Paray, 1920
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