Agência O Globo | SÃO PAULO. Um grupo de cem
manifestantes, entre eles religiosos e ativistas pró-vida, reuniu-se nesta
quarta-feira na Praça da Sé, no centro de São Paulo, para exigir a demissão
“imediata” da ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres,
Eleonora Menicucci, e uma reforma do Código Penal que não legalize as práticas
do aborto ou da eutanásia no Brasil.
As
declarações da ministra de que o aborto é uma questão de saúde pública, feitas
no início ano, foram duramente criticadas por participantes do ato, organizado
pela Comissão em Defesa da Vida, organismo da Regional Sul 1 da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Um dos cartazes, carregado por um dos
manifestantes, chamava Eleonora Menicucci de “assassina” e mostrava uma criança
sendo atacada por uma estrela vermelha, o símbolo do PT.
- Ela
precisa ser substituída não tanto pelo trabalho que vem realizando agora, mas
porque sempre defendeu o aborto, que é o grande estrago para a mulher. A
presidente Dilma Rousseff também sempre se declarou favorável ao aborto, até a
época das eleições, mas parece que até agora ela vem mantendo uma linha de
coerência – criticou o coordenador regional da Comissão em Defesa da Vida, o
padre Berardo Graz, que acrescentou:
- A
indicação de uma pessoa que praticamente sempre exaltou o aborto, porém, é o
primeiro passo para sair dessa coerência.

Na época, a
Justiça Eleitoral determinou a apreensão dos panfletos, que foram liberados no
ano passado e devolvido há um mês à Comissão em Defesa da Vida. Na manifestação
desta quarta-feira, foram levados mais de cem mil panfletos para serem
distribuídos aos paulistanos.
- Esse é o
primeiro ato programado por nós, talvez sejam necessários outros, vai depender
dos acontecimentos. O nosso desejo é que o governo federal tome consciência de
que o maior valor humano que temos é a vida. A nossa posição de ontem é a
posição de hoje. Nós não mudamos de opinião, não acontece como certas
autoridades que, conforme o que interessa, mudam de opinião – afirmou dom Luiz
Gonzaga Bergonzini, que criticou a presidente Dilma Rousseff pela nomeação da
atual ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres.
O governo federal e a presidente estão tirando
a castanha (do fogo) com a mão do gato em suas atitudes. Ela não fala
abertamente, mas nomeia ministras que são abortistas.

Procurada
pelo GLOBO, a ministra Eleonora Menicucci respondeu, por meio de nota, que a
Secretaria de Políticas para as Mulheres “está empenhada na implementação de
políticas públicas em defesa dos direitos das mulheres e no diálogo com todos
os setores da sociedade brasileira, em consonância com as diretrizes do governo
federal”. A assessoria de imprensa da CNBB informou que as suas estruturas
regionais têm legitimidade para se pronunciar pela entidade.
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