II Parte
Nota do blog: Essa postagem será composta de três partes, desejamos a todos uma piedosa leitura.
II - Jesus
Cristo no altar, perfeito modelo da vida sacerdotal
A vida do
Salvador na Eucaristia é toda dirigida por uma sabedoria divina. A prudência
humana não compreende esta profunda obscuridade, em que se esconde a suprema
majestade, esta soledade, este misto inefável de contemplação e de ação;
porque, neste mistério, Jesus parece inativo e faz tudo: do Seu tabernáculo
governa o mundo. Glorificar a Deus com Sua adoração e humilhação, salvar os
homens derramando continuamente sobre eles as bênçãos da Sua graça, tal é a
vida de Jesus Cristo nos nossos altares. Ela não é mais que um exercício
contínuo de todas as virtudes, praticadas com infinita perfeição.
Que
mansidão! que paciência! Como deixa que se cheguem a Ele, O toquem, O
tomem como alimento, e até O insultem! Não repele pessoa alguma.
Os pequenos
e os grandes, os ignorantes e os sábios, os pecadores e os justos têm junto
dEle o mais fácil acesso. - Que humildade! Afasta de Si tudo o que Lhe daria
consideração e esplendor; oculta as Suas divinas perfeições e até a Sua
humanidade.
Não parece o
que é, ou antes nada parece. Que obediência! Senhor dos senhores, submete-se, e
a quem? em quê? quanto tempo? Decorre uma só hora, em que não esteja em alguma
parte, na mão dos Seus ministros que O apresentam à adoração do povo, ou O
encerram no Seu tabernáculo, e dispõem dEle como querem? Que recolhimento! Que
união com Deus! Que oração! Ela não tem sido interrompida um só instante desde
a instituição da Eucaristia, e é a esta divina oração, que o mundo deve toda a
felicidade que tem.
Eis o modelo
da vida sacerdotal. Ensinando-nos essa sublime sabedoria, que é uma estultícia
para o mundo, o exemplo do Salvador neste mistério instrui-nos na pura
caridade, que só busca a Deus e só trabalha para Deus, e na caridade que tudo
sofre. Este exemplo, em que a força se junta à suavidade, atrai-nos e guia-nos
ao mesmo tempo nos caminhos da vida interior, toda retirada em Deus, que é a
alma da vida apostólica. Assim, depois de nos ter ensinado a morrer para nós
mesmos, o Salvador na Eucaristia ensina-nos a viver da Sua própria vida, e a
vivificar as almas comunicando-lhes o Seu espírito.
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