VII e ultima Parte
Por Pe. Júlio Maria de Lombaerde
VI.
PROVIDÊNCIAS E OPOSIÇÕES
As providências do Bispo foram as seguintes: que as meninas fossem examinadas
pelo médico. Procedeu-se ao exame e averiguou-se que ambas são completamente
sãs.
A aparição repetia-se. Mas as contradições surgiam à medida que se falava
nas aparições.
A água corria constantemente, em pouca quantidade, e como que saindo da
pedra.
Começaram as curas extraordinárias; foi pena que os médicos não fossem
avisados para examiná-las. Em todo o caso, o povo dá veracidade aos fatos e
neles crê.
Opinam que tenha havido profanação da fonte, embora não se saiba ao
certo; e Nossa Senhora pediu que se fizesse um muro ou uma cerca, pois só as
almas contritas e piedosas podiam assim aproximar-se a fim de fazerem orações e
penitências.
Fez-se a cerca, visto as pessoas se aglomerarem sempre mais em romaria.
Veio a polícia e derrubou a cerca. Imediatamente secou a água até então
corrente.
O sacerdote mandou de novo construi-la e fechou as portas; logo depois a
água brotou.
Falou-se que houvera sido o Bispo quem mandou a polícia.
Este negou-o, dizendo que não sabia de nada.
A aparição repetidas vezes veio e as meninas afirmaram que a Senhora lhes
dissera: "Tenham paciência; as coisas que vêm de Deus são mesmo
assim".
Mandou então o padre que as meninas perguntassem a Nossa Senhora quem
havia mandado os soldados, e a resposta foi esta: "Quem mandou foi um
padre!"
Quinze dias depois, uma carta das meninas chegou, dando-me o nome do
culpado.
Entretanto, a água não corria mais naquele lugar, mas um pouquinho acima.
As meninas afirmaram que tinham pedido a Nossa Senhora para fazer a água sair
novamente; então começou a correr.
Nossa Senhora recomendou que não se dissesse isto a qualquer pessoa, para
que só os bons recebessem da água.
Maria da Luz entrou num colégio, a pedido de Maria Santíssima, para mais
tarde, após ter adquirido um pouco de instrução, entrar no convento. A aparição
pediu que as despezas necessárias fossem feitas pelo Padre, autor daquelas perguntas.
Maria da Conceição está ainda com seus pais, em casa: parece-me que ela
nunca mais viu a aparição.
Outro fato sobre Maria da Luz: em todas as festas de Nossa Senhora, ela a
viu na montanha de Guarda.
Certo dia, perguntando algo a Nossa Senhora, recebeu esta resposta:
"Nunca mais me manifestarei aqui em Guarda e os três castigos não
virão já, porque o povo está melhor; mas é necessário ainda rezar muito e fazer
penitência".
Recomendou
de novo a devoção ao Coração de Jesus e a Ele.
VII.
CONCLUSÃO
Tal é a narração publicada na revista Koenigsreuth. As
relações escritas que me foram transmitidas, sendo recolhidas dos lábios do
próprio sacerdote que formulou as perguntas são mais extensas, porém a narração
acima é o resultado fiel do conjunto, e outros pormenores nada de essencial
ajuntam ao fato.
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Padre Júlio Maria de Lombaerde. O Fim do Mundo está próximo! Prophecias
antigas e recentes. Livraria Boa Imprensa, Rio de Janeiro, 2ª edição, 1939,
cap. VI, pp. 71 e ss. Nihil obstat dado pelo Cônego José
de Lima em 10 de julho de 1936, e Carta de Aprovação do Bispo de Caratinga, de
31 de julho de 1936.
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