Por Walter Sánchez Silva
Cardeal Mauro Piacenza. Foto:
Penitenciaria Mor
Santa Igreja Romana.
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ROMA, 16 Abr. 15 - (ACI).- Durante o curso para exorcistas que está sendo
realizado em Roma esta semana, o Cardeal italiano Mauro Piacenza explicou a
estratégia que o demônio e o mundo usam contra a Igreja.
Na introdução do curso promovido pelo Instituto
Sacerdos, entre os dias 13 e 18 de abril na Universidade Europeia de Roma, o
Penitenciário Mor da Igreja Romana explicou que “os meios operados pelo demônio
para resistir à onipotência de Nosso Senhor Jesus Cristo se evidenciam como os
mesmos meios que o ‘mundo’ usa contra a Igreja há dois mil anos”.
No texto enviado ao grupo ACI, o Cardeal assinala alguns destes
meios: “o silêncio diante das exigências da verdade, da justiça e da infinita
misericórdia de Deus, quando estas não são relativizadas, negadas, ofendidas ou
distorcidas, reivindicar de modo irresponsável direitos inexistentes seja em
relação à ordem da natureza, seja em relação à graça”.
O Cardeal italiano disse ainda que outros meios são
“atacar com a mentira os filhos de Deus e, de modo particular os pastores da
Igreja, tentando debilitar o anúncio luminoso da verdade da criação e da
salvação, justificando-se com um falso ‘respeito humano’, empunhado como escudo
contra o poder purificador da oração, da verdade da Encarnação do Verbo e a
exigência de recapitular todas as coisas em Cristo”.
O Penitenciário Mor da Igreja afirmou que “uma boa
batalha da fé, que vê no ministério do exorcismo
um âmbito de particular intensidade, realiza-se vivendo em austeridade e amor,
sabendo que Satanás é o ‘inimigo do gênero humano’ para que desta maneira
possamos servir a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, com a gratidão e
a certeza próprias do povo dos redimidos”.
Sobre a divisão no mundo por causa do pecado, o
Cardeal italiano disse que isso atualmente se translada em “termos de
desorientação doutrinal e moral, comprometendo assim o destino eterno das
pessoas” o que “é visível e portando ‘identificável’ justamente no ministério
do sacerdote exorcista quando, especialmente no caso da possessão, o demônio
mostra a própria deliberada e ‘irretratável’ vontade de matar ou possuir, de
enganar e roubar, de humilhar e ofender”.
O Cardeal Piacenza afirma deste modo que a divisão
que se origina no mal também podemos ver claramente no mundo ocidental
secularizado “em todos os ambientes e níveis sociais” inclusive “dentro de um
grupo eclesial”, algo que “goza de todo o apoio de vários e poderosos meios de
comunicação que geram, sem nenhuma restrição, uma cultura mais anti-humana e
portanto profundamente anticristã”.
O pecado e o mal, explicou, são “obra do diabo, é
mortífero e degradante da natureza humana. Ocasiona a separação do ser humano
com Deus. É a divisão na qual o demônio ‘homicida desde o começo (...)
mentiroso e pai da mentira’ ingressou irremediavelmente, idolatrando-se e
afirmando-se desesperadamente contra o Deus Absoluto e a Sua santíssima
vontade”.
Com essa divisão o ser humano, “é subtraído do
poder unificador da verdade, separado da verdade fundamental do seu próprio
ser: em sua relação com Deus criador e redentor. Fazendo que o homem seja
escravo destas pequenas realidades que, em comunhão com Deus, está convidado a
governar e a orientar ao serviço do Reino de Deus”.
Depois de exortar os sacerdotes, especialmente os
exorcistas, a viver uma intensa vida de oração a exemplo
da Virgem Maria,
tendo como centro o mistério da Eucaristia
e a Reconciliação, o Cardeal se referiu à postura de muitos cristãos que
acreditam que podem alcançar a salvação de distintos modos. O purpurado disse a
respeito disto que “Deus nosso Pai não pensou em Cristo como um ‘redentor
facultativo’ quase opcional, senão (...) como um salvador substancial e
insubstituível. O Plano de Deus criador não é esquizofrênico: tudo está
unificado em Cristo, em quem subsiste todas as coisas”.
“Jesus é então o Salvador indispensável para todos
os homens sem exceção”, concluiu.
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