I Parte
Por Pe.
Júlio Maria de Lombaerde
A primeira edição deste livro estava no prelo quando tive notícia de uma
das aparições de Maria Santíssima no norte do Brasil.
Padre Júlio Maria de Lombaerde |
Preferi esperar e deixar
para mais tarde a divulgação do fato, que a autoridade eclesiástica, sempre
prudente e justamente desconfiada, conservava secreta, para evitar
precipitações ou juízos mal fundados.
Eis que perto de dois anos
depois, um amigo enviou-me uma revista alemã, de responsabilidade e de
orientação segura: Konnesreuthes Jahrbuch - 1936, onde encontrei a
narração resumida, mas completa, destas aparições.
É desta revista que traduzo
o fato, sem mudar nem acrescentar uma vírgula. Achei as aparições revestidas de
todos os requisitos de veracidade, cabendo à autoridade eclesiástica
pronunciar-se a respeito, o que cedo ou tarde ela fará, seguindo como sempre
segue, as normas do tempo e da prudência.
Sendo aparições e
revelações privadas, estas têm apenas um valor humano, e merecem só uma fé
humana; porém mesmo assim vale a pena citá-las e meditá-las, porque se a mesma
credulidade é um mal, a incredulidade sistemática é um mal maior.
Não somos nós uma nação
consagrada à Virgem Imaculada da Aparecida?
Não somos nós, também, um
povo amoroso e dedicado ao culto de nossa Mãe Celeste?
Se ela se dignou mostrar-se
um dia em Lourdes, La Salette, Pontmain, Pellevoisin, na França; em Fátima
(Portugal) e ultimamente em Bauraing e Baneaux, na Bélgica, porque ela não se
mostraria também no Brasil, dando-nos deste modo, uma prova de seu amor
maternal e da sua solicitude para com o povo brasileiro?
Cada um poderá acreditar ou
não acreditar nos fatos aqui narrados. A Igreja nada determinou; há, pois,
liberdade de aceitá-los ou de rejeitá-los; como há liberdade de silenciar os
fatos ou de publicá-los.
É apoiado sobre esta
liberdade, sem querer adiantar os julgamentos da autoridade eclesiástica, que
aqui publico a tradução da Revista de Koeningsreuth:
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