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terça-feira, 14 de abril de 2015

VI Parte - Aparições de Maria Santíssima no norte do Brasil



 VI Parte 

Por Pe. Júlio Maria de Lombaerde


V. AMEAÇAS E REMÉDIOS

     O Sacerdote continua o mesmo interrogatório, penetrando cada vez mais no âmago das questões palpitantes que a Virgem Santa quer revelar.
     – Qual é o fim da vossa aparição aqui?
     – Avisar que três grandes castigos virão sobre o Brasil.
     – Quais castigos?
     De novo ela fez sinais, fazendo entender que não podia ou não queria falar.
     – Que é necessário fazer para desviar os castigos?
     – Penitência e oração.
     – Qual a invocação desta aparição?
     – Das Graças.
     – Que significa o sangue que corre das vossas mãos?
     – O sangue que inundará o Brasil.
     – Virá o comunismo a penetrar no Brasil?
     – Sim.
     – Em todo o País?
     – Sim.
     – Também no interior?
     – Não.
     – Os padres e os bispos sofrerão muito?
     – Sim.
     – Será como na Espanha?
     – Quase.
     – Quais são as devoções que se devem praticar para afastar estes males?
     – Ao Coração de Jesus e a mim.
     – Não basta só uma?
     – Não.
     – Quereis que se pregue sobre este assunto?
     – Sim.
     – Permiti-lo-ão as autoridades eclesiásticas?
     Fez um gesto como se não quisesse dizê-lo.
     – Darão licença mais tarde?
     – Sim.
     – Quereis que se construa uma igreja aqui?
     – Não.
     – Quereis mais tarde?
     Fez os mesmos gestos.
     – Esta aparição é a repetição de La Salette?
     – Sim.
     – Haverá uma romaria aqui?
     – Sim.
     – Por que apareceis neste lugar, cuja subida é tão difícil?
     – Para o povo romeiro poder fazer penitência.
     – Quanto tempo faz que estais aqui?
     Fez um gesto com o dedo, com se quisesse dizer: "há muito tempo".
     – Se sois a Mãe de Deus, então dai-nos vossa benção.
     Instantaneamente as duas videntes exclamam: "Olha lá!!! Está nos abençoando"... e fizeram o sinal da cruz.
     – Se sois a Mãe de Deus e a criança é o Menino Jesus, manda que Ele nos dê a benção.
     Neste momento, as duas pobres camponesas, admiradas e transportadas de júbilo, exclamaram: "Ele já sabe dar a benção também!" Fizeram mais uma vez o sinal da cruz.
     Uma das meninas exclamou ainda: "Agora vimos a outra mãozinha do menino. Até agora ela estava enlaçada ao pescoço da Mamãe. Ele estende para o senhor os dois bracinhos."
     Fiz ainda muitas perguntas, obtendo respostas certas.
     Descendo eu, disse às duas meninas: "Agora vejam se a Senhora ainda está lá". Responderam ambas: "Sim, Ela está em frente de sua casinha, abençoando-nos".
     – Para que tanta benção? disse eu, como se estivesse amolado e em tom grave.
     As meninas ficaram trêmulas e atemorizadas.
     – Pergunta a Ela, para que tanta benção!
     – Para que sejais felizes, disse Ela.
     Perguntei de novo, em alemão: "Somente as duas ou eu também?"
     Responderam elas: "Para o senhor também".
     Tudo o que vi impressionou-me muito, excedendo as minhas expectativas. Umas das perguntas versou sobre os acontecimentos de Koenigsreuth, perguntando se aqueles fatos eram de Deus ou do demônio.
     – "É de Deus", disse a aparição.

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