O argumento do Femen a favor do aborto na Espanha: gritos, empurrões e ofensas. (Imagem: captura/YouTube) |
Cinco ativistas do grupo feminista Femen atacaram na noite deste domingo
o arcebispo de Madri, cardeal Antonio María Rouco, de 77 anos, aos
gritos de “o aborto é sagrado” e jogando sobre ele calcinhas manchadas
com tinta vermelha. A agressão ocorre após a apresentação do projeto de
lei do governo espanhol que deve reverter a lei do
aborto no país, tornando-o novamente ilegal.
Segundo jornais espanhóis, como o ABC, as
feministas estavam com os seios de fora e levavam o nome do movimento
pintado no corpo. Elas atacaram o cardeal idoso no momento em que ele saía do
carro para celebrar missa numa paróquia da região. Rouco foi socorrido pelos
padres que o aguardavam e a igreja teve de fechar as portas. Mesmo assim, as
manifestantes continuaram a gritar “o aborto é sagrado” pelas ruas do local.
Hostilidades grosseiras fazem parte da agenda do Femen por toda a
Europa, e suas vítimas, em geral, são vinculadas à Igreja Católica. Segundo
o site espanhol Religion em Libertad, especializado em
notícias sobre liberdade de credo, as ativistas nem sempre são
manifestantes autênticas, vinculadas à alguma causa, mas sim mulheres pagas
para realizar ações específicas. A remuneração só ocorre se o ato
alcançar a mídia.
No ano passado, o Femen atacou o arcebispo de Bruxelas, na Bélgica,
durante uma entrevista, atirando-lhe copos de água, e interrompeu uma
missa celebrada pelo arcebispo de Colônia, na Alemanha, onde encenaram um
aborto. O motivo ? Nunca fica muito claro. Sempre há berros, ofensas,
obscenidades. Nunca argumentos.
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