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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

III e Ultima Parte - Uma bela história que se torna mais presente

III e Ultima Parte
Sem. Pedro Afonso
Diretor Geral
 
5 Mas quem em nossos dias não suporta a Batina?

É sem dúvida uma pergunta interessante a ser feita. Anteriormente aqueles que não a suportavam eram os anticlericais, grupos revolucionários que usavam de ideologias para esconderem a verdade, onde podemos citar vários exemplos de tais grupos. Porém, nos nossos dias, aquela que era motivo de alegria e identificação é hoje tida como inconveniente, e pior ainda, por parte daqueles que com um santo orgulho deveriam portá-la. 
 É uma realidade que além de tais grupos anticlericais, encontramos dentro do próprio seio da Igreja, pessoas totalmente contra o uso do hábito eclesiástico. Dentre eles, apresentarei algumas situações que, a nosso ver, exemplifica um pouco a situação presente. Não desejamos aqui rotular ou julgar a consciência, entretanto, queremos em vista da situação atual, apresentar tais realidades.

Percebemos os totalmente contra - Estes por muitas vezes se baseiam em ideais um tanto que ideológicos, com os argumentos que não podemos nos diferenciar, ou que a santa vestimenta oprimiria o povo e procuram atrapalhar como podem aqueles que simplesmente a querem usar.

 Os ditos moderados - que veem a batina com uma certa radicalidade de grupos tradicionalistas e “retrógrados”, mas que a irão usá-la depois de padre. Claro que, se tal uso não gerar um problema entre o clero, veem o clergyman como a melhor saída e preferem colocar a batina no armário dos paramentos litúrgicos. Alguns até a comparam como um fardamento e logo explicam que nenhum soldado fica fardado 24 horas. Realmente o Soldado não fica fardado 24 horas do dia, por um simples fato de que ele tem o expediente, tem uma carga horária de trabalho estabelecida no seu regimento funcional. No entanto, o sacerdote, por sua vez, não tem horário, já que ele é ministro de Deus 24 horas diárias e, por isso mesmo, assim deve estar fardado sempre, mostrando prontidão e total disposição ao serviço de Deus e da Igreja à qual pertence.  

Em ambos os casos percebemos, com grande tristeza, um afastamento do porque do uso da batina, e o pior, percebemos que aqueles que mais desestimulam o seu uso são os que compõem o clero e que com santa piedade e apreço a deveriam usar. Muitos para se justificarem, indicam que isso é um problema na Igreja, antes fosse esse o maior problema, se é que assim podemos dizer. Temos coisas bem mais urgentes a serem vistas e reais problemas a serem solucionados. E aos que dizem que a Batina não importa, não é significante para nós. Pedimos apenas uma coisa: Deixem-nos usá-la em paz.

Sabemos, evidentemente, que a batina não é o essencial do ministério sacerdotal. Todavia, perguntamos: por que retirar o sinal que conduz ao essencial? Se tirarmos os sinais, não teremos mais as setas que nos indicam o caminho para o que realmente é essencial. A Igreja sempre utilizou de sinais para apresentar uma realidade que em palavras não pode ser explicada suficientemente. Percebemos claramente isto na Santa Liturgia, nos Santos Sacramentos e no uso piedoso dos sacramentais.  

A batina não é o sacerdócio, no entanto, lembra ao sacerdote o que ele é, e lembra aos seminaristas que eles estão neste caminho, e lembra ao povo que Deus continua conosco através dos sacerdotes da Igreja. Lembra ao Mundo que homens estão dispostos a morrer a cada dia para as coisas do mundo. A batina nos lembra de que nós pertencemos exclusivamente a Deus, custe o que nos custar.  

É triste sabermos que muitos do próprio clero podem nos ver com desaprovação, devido à nossa opção pelo uso da batina e esta decisão pode ser uma Cruz a ser carregada por nós, com muita alegria e devoção. Coragem! É uma honra sermos dignos de levar tal Cruz. “Venham – dizia-lhes – Jesus nos espera. Jesus quer isso”. Este será o nosso sacrifício constante por Aquele que se fez sacrifício por nós.
 
Fim

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