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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

I Parte - Uma bela história que se torna mais presente

Essa história que serve como parâmetro para começar este texto é do Seminarista Rolando Rivi que nasceu em 7 de janeiro de 1931, na Itália e que com apenas 14 anos pode, pelo martírio, expressar seu amor ao seu Senhor e a Igreja.
 
I Parte 
Sem. Pedro Afonso
Diretor Geral
 
 Uma bela história que se torna mais presente
 NAQUELES DIAS...
1 A história contada brevemente.

Embora tivesse sido aconselhado por muitos a fazer de outro modo, o jovem seminarista não deixou de usar sua batina, em um tempo que esta poderia ser claramente usada como sentença de morte para quem a vestisse. Teríamos de ver a situação que a Igreja passava, imersa num período de muita perseguição, tanto por parte do Nazismo como também do Comunismo e varias outras correntes. Os pais, de fato, lhe diziam: “Tire a batina. Não a use por enquanto…” Mas Rolando respondia: “Mas por quê? Que mal faço em usá-la? Não tenho motivo para tirá-la”.  Fizeram-lhe notar que provavelmente era melhor tirá-la naquele momento tão inseguro, em que o Comunismo tinha em suas mãos praticamente toda a Europa. Replicou Rolando: “Eu estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus”. 

Depois de assistir a Santa Missa, Rolando foi capturado e levado à força por um grupo chamado partigiani  a um esconderijo no bosque. Iniciava sua Via Crucis. Foi despojado de sua batina pois, os irritava, insultado, golpeado com a cinta nas pernas e esbofeteado. Permaneceu por três dias nas mãos de seus algozes, escutando blasfêmias contra Cristo, insultos contra a Igreja Católica e contra o sacerdócio. Segundo testemunhas, foi açoitado e sofreu outras indizíveis violências.

Um dos sequestradores, aparentemente, se comoveu, propondo deixá-lo partir. Mas outros recusaram, ameaçando de morte aquele que tinha proposto a soltura. Prevaleceu o ódio pela Igreja, pelo sacerdócio, pelo traje que o representa e que aquele rapazinho nunca tinha querido deixar de usar. Decidiram matá-lo: Amanhã teremos um padre a menos”. Levaram-no, sangrando, a um bosque próximo a Piane di Monchio (na província de Modena). Com um pontapé o jogaram no chão. O jovem vendo que a morte se aproximava pediu para rezar pela última vez. Ajoelhou-se e depois dois tiros de revólver o fizeram rolar na vala. Foi coberto com poucas pás de terra e folhas secas. A batina que o seminarista ostentava com um santo orgulho, tornou-se uma bola para chutar, sendo depois pendurada, como um troféu de guerra, sob o telhado de uma casa vizinha. Era sexta feira, 13 de abril de 1945,

 
2 O que ela significa
Morreu pelo fato de ter recusado tirar a batina. Tal ato, com o passar dos anos, corre o risco de ser visto por muitos como banal, como desnecessário. Muitos se perguntam – Como preferir a morte ao fato de tirar a batina? É. Tal pergunta parece ser plausível, mas se partirmos do acidental para o essencial, veremos que o heroico martírio do jovem garoto não se perdeu no âmbito do externo. Podemos usar, para entendermos melhor, um exemplo: O Crucifixo para nós é um sinal, um sacramental de uma realidade maior, onde estamos dispostos a não permitir que este seja profanado por quem quer que seja. Não o tiraríamos de nossas casas por mais que alguém nos pedisse, pois ele é algo mais que um simples objeto. É o sinal visível de nossa fé e nos lembra que Deus se fez verdadeiramente homem  e por nos amar se entregou a morte,  em tal augusto sacrifício para nos salvar.

A batina também, por sua vez, não é simplesmente uma roupa, uma tendência ou moda passageira. É um sinal, ou melhor, um sacramental que para o Seminarista Rolando Rivi, indicava “Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus”. Que belíssimo sinal a batina tem para aquele pequeno jovem. Um sinal que através daqueles lábios refletem o pensamento da Igreja.  É um sinal de uma íntima pertença a Jesus Cristo. Um sinal que convida a quem o porta a morrer a cada dia.

Podemos também perceber que vivemos rodeados de sinais, muitos destes provocativos que incentivam a imaginação e devastam a pureza no olhar. Vemos, a todo o momento, propagandas, roupas, imagens que nos indica o quanto este mundo está separado de Deus. Em meio a tais sinais terríveis ainda temos a felicidade de nos deparamos com jovens trajando sua batina preta. A princípio, pode ser considerado por muitos como algo estranho, todavia depois se torna claro que nos dias de hoje, depois de tantos anos da morte de Cristo e de sua ressurreição, jovens ainda querem entregar-se a Ele de uma forma total e especial, no santo sacerdócio.

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