
Para
subir ao Templo havia 15 degraus, que Maria subiu sozinha, embora fosse tão
pequena. Os apócrifos dizem ainda que Maria no Templo se alimentava com uma
comida extraordinária trazida diretamente pelos anjos e que ela não residia com
as outras meninas. Segundo a mesma tradição apócrifa ela teria ali permanecido
doze anos, saindo apenas para desposar São José, pois durante este período
havia perdido seus pais.
Na
realidade a apresentação de Maria deve ter sido muito modesta e ao mesmo temo mais
gloriosa. Foi de fato através deste serviço ao Senhor no Templo, que Maria
preparou o seu corpo, mas, sobretudo a sua alma, para receber o Filho de Deus,
realizando em si mesma a palavra de Cristo:
"Mais
felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática".
Na
Igreja Oriental, a festa da Apresentação é celebrada desde o século VII, no dia
21 de novembro, aniversário da Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, em
Jerusalém. Contudo, ela só foi estabelecida na Igreja Ocidental no século XIV
pelo papa Gregório XI, a pedido do embaixador de Chipre junto à Santa Sé. A
cidade de Avinhão, na França, residência dos papas naquela época, teve a glória
de ser a primeira do Ocidente a celebrar a nova festividade em 1732.
Desde
então este episódio da vida de Maria Santíssima começou a despertar o interesse
dos cristãos e dos artistas, surgindo belíssimas pinturas sobre o tema da
Apresentação.
A
primeira paróquia dedicada a esta invocação mariana no Brasil ocorreu em 1599,
na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. A cidade de Porto Calvo, em Alagoas,
palco de diversas batalhas entre brasileiros e tropas invasoras, durante a
guerra holandesa, tem também como padroeira a Senhora da Apresentação.
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