Toda a vastíssima devoção a Virgem Maria Mãe de Jesus sob o
título de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, iniciou no ano de 1917 numa
pequena aldeia do interior de Portugal, a cerca de 120km da capital Lisboa,
chamada Aljustrel. Ali morava uma simples família de Camponeses, uma família
tradicional portuguesa de raízes firmes no catolicismo, desde cedo educavam os filhos
na fé que professavam, ensinando-os, no seio da família, as orações próprias do
Cristão e o cultivo da espiritualidade. Essa simplicidade de vida, dedicada ao
trabalho no campo e o diálogo sincero com Deus, com a qual estas três puras
crianças viviam, foram favoráveis aos olhos de Deus. Iniciando assim uma
história de amor entre o Céu e a Terra que perdura até os nossos dias.
Os principais protagonistas dessa história real foram as
três crianças: Francisco Marto, que na altura tinha 9 anos de idade; Jacinta
Marto, que tinha 7 anos de Idade e Lúcia de Jesus com 10 anos de idade.
O primeiro sinal vindo do céu, revelado mais tarde por Lúcia,
a vidente mais velha dos três, deu-se em 1916, por 3 vezes, antes das Aparições
de Nossa Senhora, apareceu-lhes um anjo; duas vezes num local chamado “Loca do Cabeço” e uma vez no poço
próximo a casa de Lúcia, o qual apresentou-se como Anjo de Portugal ou anjo da
Paz. Em uma das aparições na Loca do
Cabeço o anjo trazia nas mãos o Cálice com o Sangue de Cristo e a Hóstia
consagrada que flutuaram enquanto os pastorinhos e o anjo rezavam prostrado com
o rosto por terra. Nestas 3 aparições o anjo ensinou lhes as seguintes orações:
“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e
amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não
Vos amam".
"Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos
profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de
Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos
ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos
méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria,
peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
Fr. Wilson, CCdB |
No ano seguinte, em 13 de maio de 1917, iniciou-se o diálogo
entre Céu e Terra por intermédio da Virgem Maria Mãe de Jesus. Enquanto
cuidavam de um pequeno rebanho de ovelhas num local chamado “Cova da Iria”, por volta do meio dia, após
rezarem o terço, como costumavam fazer, os três pequenos pastores viram um
grande reflexo no céu, pensando que era relâmpagos se apressaram para voltar
para casa, mas eis que aquela luz se intensificou e, de repente, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma
pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma
"Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço
branco. Nessa primeira aparição a
Senhora vestida de branco lhes disse que vinha do Céu e pediu aos três pastorinhos
que voltassem aquele local nos dias 13 de cada mês e que rezassem o terço todos
os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra. Foi também nessa
aparição que Lúcia perguntou sobre duas amigas que tinham morrido, se elas
estavam no Céu e Nossa Senhora lhe respondeu dizendo que uma estava já no Céu e
a outra ficaria no purgatório até o fim do mundo.
2ª aparição deu-se no dia 13 junho
deste mesmo ano, neste dia, após rezarem o terço (vemos aqui o valor desta
oração, ela atrai Nossa Senhora aos que rezam) Nossa Senhora apareceu da mesma
forma que no mês anterior. Neste segundo encontro Lúcia pede para serem levados
para o Céu e Nossa Senhora lhe responde que em breve levará Francisco e Jacinta
e somente mais tarde a levará. Entristecida Lúcia interroga: fico aqui sozinha?
E Nossa Senhora lhe responde: Não
desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o
caminho que te conduzirá até Deus.
3ª aparição Nossa Senhora concedeu aos pequenos pastores a terrível visão do inferno e lhes disse:
é para onde vão as almas dos pobres pecadores, para salvá-las, Deus quer
estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Neste mesmo dia Nossa
Senhora advertiu para que rezassem pela Rússia e pela paz no mundo.
4ª aparição deu-se noutro lugar, ali próximo,
chamado Valinhos no dia 13 de Agosto deste mesmo ano. Aparecendo em cima de uma
árvore chamada carrasqueira (diferente da azinheira da Cova da Iria), Nossa Senhora pediu que continuassem a rezar o terço
e a frequentar a Cova da Iria todos
os dias 13, que fizessem também sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas
iriam para o inferno por não terem quem se sacrifique por elas e dizia: Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios por
os pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se
sacrifique e peça por elas.
5ª aparição no dia 13 de Setembro, em meio a multidões que os cercavam, clamando vários pedidos de cura
para os seus entes queridos, após darem início ao terço na Cova da Iria, aparece Nossa Senhora, em cima da azinheira. Mais uma
vez pediu-lhes que continuassem rezando o terço e prometeu-lhes que no próximo
mês, o de Outubro, faria um milagre para que todos acreditassem.
6ª e última aparição pública, no dia 13 de Outubro
de 1917, Nossa Senhora se denominou como Senhora do Rosário e neste mesmo dia
aconteceu o milagre do Sol, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, nossa
Senhora pediu que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido
às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de
prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de
fogo, parecendo precipitar-se na terra.
Depois desses acontecimentos Jacinta
com 10 anos de idade e Francisco com 11 anos de idade partiram pra Deus como
Nossa Senhora os tinha dito e Lúcia entrou para a vida religiosa morrendo em
fevereiro de 2005 com 97 anos de idade. Até hoje nos dias 13 de cada mês
milhares de pessoas do mundo inteiro continuam visitando a Cova da Iria para rezarem a Nossa Senhora de Fátima, e assim
espalhou-se a devoção por todas as partes o Mundo.
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Rogai por nós! Fr. Wilson, CCdB
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