IRMANDADE DOS DEFENSORES DA SAGRADA CRUZ
IDSC
Carta aos amados irmão
na fé em Cristo Jesus
02-10-2012
Amados
irmãos na fé e na esperança Naquele que foi elevado na Cruz e desta forma nos
atraiu para Ele (Cf. Jo 12, 32). Por Ele, Jesus Cristo, fomos santificados e
chamados a deixar todo o pecado a fim de sermos santos e irrepreensíveis diante
de Deus (Ef. 1,4).
Caríssimos,
foi pela Cruz que Nosso Senhor se dignou salvar-nos e glorificar ao Pai
Celeste. Foi através deste sinal que Ele, Jesus Cristo, nos demonstrou o seu
infinito e terno amor. Fez da Cruz o seu trono e dos espinhos sua coroa, seu
manto real foi a nudez de um corpo chagado, pois Ele fez do escândalo da Cruz a
nossa salvação.
Irmãos
é pelo grandioso sinal (da Cruz) e pelo amor que temos a Aquele que neste sinal
foi suspenso, que somos chamados de defensores da Sagrada Cruz, pois vemos na
Cruz mais do que um pedaço de madeira, vemos sim nela, o estandarte visível da
Vitória de Cristo sobre o pecado. É na Cruz, árvore da Vida, que encontramos o
fruto da salvação, Jesus Cristo.
É
esta realidade que defendemos a realidade que fomos salvos por Cristo e que
fomos restaurados e chamados a uma vida nova. Vida esta, onde já não deverá
existir mais espaço para o pecado. Pelo batismo somos chamados de filhos de
Deus, e assim o somos verdadeiramente por meio de Cristo. Como filhos de Deus
já não pertencemos ao mundo nem as trevas, entretanto devemos apresentar este
Cristo ao mundo, sempre que possamos sobretudo, pelo nosso testemunho de vida
(1Ts 5,5).
Nós como filhos de Deus já não vemos a Cruz
como o mundo a vê, a vemos como a síntese de nossa fé, pois é nela que Jesus
mostra a sua verdadeira humanidade iniciada na encarnação e é por meio dela,
que contemplamos a glorificação de Cristo na ressurreição. Foi pela Cruz que
Jesus se fez obediente a vontade do Pai, se despojando de toda sua dignidade
Divina por amor a nós pobres. É também pela Cruz, seguindo seus passos, que nós
seus filhos devemos ser obedientes a Ele. Desta forma, nossas vidas devem ser
vividas na Cruz como um perene sacrifício oferecido à Deus, unindo nossas
pequenas cruzes a Cruz de Cristo, oferecendo à Deus o nosso sacrifício
imperfeito em união ao único e verdadeiro sacrifício perfeito e agradável aos
alhos de Deus, oferecido por Jesus e renovado a cada Missa que se celebra.
Esta
união do sacrifício de Cristo com o nosso, só é possível pelo batismo que
recebemos e se torna presente ao assistirmos a Santa Missa, assim pertencemos
já aqui na terra do Reino de Cristo e agora nos cabe sermos coerente e levar
este reino a mais corações. Para sermos coerentes é necessária, a busca da
configuração com Cristo, renunciando ao mundo e as seduções de Satanás e tomando
a cada dia a cruz com alegria e amor (Mc 8, 34).
É
perceptível o quanto o sinal salvífico da Cruz foi e é um sinal que causa a
muitos um desconforto e até uma hostilidade ferrenha, que se manifesta em atos
pessoais ou públicos, que visam tornar tal sinal esquecido e visto como
ultrapassado. Cabe a nós sermos
propagadores e anunciadores da Cruz de Nosso Senhor Jesus, primeiramente com
nossas vidas e é através desta vivência que nosso apostolado terá força na
Igreja.
Lembro-vos,
pois que este sinal é um caminho árduo por três motivos: colocamos em primeiro
lugar, nós mesmos, ou seja, essa entrega pessoal diária feita por amor e no
amor a Deus esvaziar-se de si mesmo e deixar-se encher de Cristo e em sua
imitação constante (Cf. 2Cor 5, 17). Em segundo lugar, o mundo e suas mentiras
que sempre viu na Cruz o escândalo da vida, que pelo amor se faz ablação ao seu
Senhor, que pela Cruz vence o mundo e nos chama à com Ele vencer também. "Referi-vos essas
coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem!
Eu venci o mundo". (Jo 16,33) Em terceiro lugar, a batalha constante
contra a antiga serpente – Satanás, que visto por muitos como, inexistente,
continua a operar e perder as almas e que em tudo quer nos vencer pelo pecado.
Aqui volta a necessidade de abandonarmo-nos em Deus e renunciar minuto a minuto
nossas próprias paixões e tendências. É através desta confiança em Deus que
atingiremos pouco a pouco essa semelhança com Jesus.
Para
concluir exorto-vos amados irmãos que nossas vidas tornem-se cada vez mais um
reflexo mais límpido da vida de Cristo, amando a Igreja como Ele mesmo a amou.
Que o nosso nome de defensores da Sagrada Cruz não se perca no poético e
utópico, mas que se torne real aos olhos de Deus e dos homens, por meio do
combate espiritual constante, pelo ardor de levar o amor de Cristo aos corações
e pela defesa perseverante e militante da Fé verdadeira que se encontra na
Única Igreja de Cristo.
Que
a defesa da Fé se faça na verdadeira caridade aos irmãos e para a Maior Gloria
de Deus e salvação das almas.
Fraternalmente em Cristo Jesus, do qual me fiz eternamente
servo.
Sem. Pedro Afonso Tavares
Lins
Diretor
gera da
IDSC
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