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domingo, 25 de novembro de 2012

Carta da IDSC: Nossa vida na Cruz de Jesus


 IRMANDADE DOS DEFENSORES DA SAGRADA CRUZ
IDSC

Carta aos amados irmão
na fé em Cristo Jesus
02-10-2012

Amados irmãos na fé e na esperança Naquele que foi elevado na Cruz e desta forma nos atraiu para Ele (Cf. Jo 12, 32). Por Ele, Jesus Cristo, fomos santificados e chamados a deixar todo o pecado a fim de sermos santos e irrepreensíveis diante de Deus (Ef. 1,4).

Caríssimos, foi pela Cruz que Nosso Senhor se dignou salvar-nos e glorificar ao Pai Celeste. Foi através deste sinal que Ele, Jesus Cristo, nos demonstrou o seu infinito e terno amor. Fez da Cruz o seu trono e dos espinhos sua coroa, seu manto real foi a nudez de um corpo chagado, pois Ele fez do escândalo da Cruz a nossa salvação.
Irmãos é pelo grandioso sinal (da Cruz) e pelo amor que temos a Aquele que neste sinal foi suspenso, que somos chamados de defensores da Sagrada Cruz, pois vemos na Cruz mais do que um pedaço de madeira, vemos sim nela, o estandarte visível da Vitória de Cristo sobre o pecado. É na Cruz, árvore da Vida, que encontramos o fruto da salvação, Jesus Cristo.

É esta realidade que defendemos a realidade que fomos salvos por Cristo e que fomos restaurados e chamados a uma vida nova. Vida esta, onde já não deverá existir mais espaço para o pecado. Pelo batismo somos chamados de filhos de Deus, e assim o somos verdadeiramente por meio de Cristo. Como filhos de Deus já não pertencemos ao mundo nem as trevas, entretanto devemos apresentar este Cristo ao mundo, sempre que possamos sobretudo, pelo nosso testemunho de vida (1Ts 5,5).

 Nós como filhos de Deus já não vemos a Cruz como o mundo a vê, a vemos como a síntese de nossa fé, pois é nela que Jesus mostra a sua verdadeira humanidade iniciada na encarnação e é por meio dela, que contemplamos a glorificação de Cristo na ressurreição. Foi pela Cruz que Jesus se fez obediente a vontade do Pai, se despojando de toda sua dignidade Divina por amor a nós pobres. É também pela Cruz, seguindo seus passos, que nós seus filhos devemos ser obedientes a Ele. Desta forma, nossas vidas devem ser vividas na Cruz como um perene sacrifício oferecido à Deus, unindo nossas pequenas cruzes a Cruz de Cristo, oferecendo à Deus o nosso sacrifício imperfeito em união ao único e verdadeiro sacrifício perfeito e agradável aos alhos de Deus, oferecido por Jesus e renovado a cada Missa que se celebra.

Esta união do sacrifício de Cristo com o nosso, só é possível pelo batismo que recebemos e se torna presente ao assistirmos a Santa Missa, assim pertencemos já aqui na terra do Reino de Cristo e agora nos cabe sermos coerente e levar este reino a mais corações. Para sermos coerentes é necessária, a busca da configuração com Cristo, renunciando ao mundo e as seduções de Satanás e tomando a cada dia a cruz com alegria e amor (Mc 8, 34).   

É perceptível o quanto o sinal salvífico da Cruz foi e é um sinal que causa a muitos um desconforto e até uma hostilidade ferrenha, que se manifesta em atos pessoais ou públicos, que visam tornar tal sinal esquecido e visto como ultrapassado.  Cabe a nós sermos propagadores e anunciadores da Cruz de Nosso Senhor Jesus, primeiramente com nossas vidas e é através desta vivência que nosso apostolado terá força na Igreja.

Lembro-vos, pois que este sinal é um caminho árduo por três motivos: colocamos em primeiro lugar, nós mesmos, ou seja, essa entrega pessoal diária feita por amor e no amor a Deus esvaziar-se de si mesmo e deixar-se encher de Cristo e em sua imitação constante (Cf. 2Cor 5, 17). Em segundo lugar, o mundo e suas mentiras que sempre viu na Cruz o escândalo da vida, que pelo amor se faz ablação ao seu Senhor, que pela Cruz vence o mundo e nos chama à com Ele vencer também. "Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo". (Jo 16,33) Em terceiro lugar, a batalha constante contra a antiga serpente – Satanás, que visto por muitos como, inexistente, continua a operar e perder as almas e que em tudo quer nos vencer pelo pecado. Aqui volta a necessidade de abandonarmo-nos em Deus e renunciar minuto a minuto nossas próprias paixões e tendências. É através desta confiança em Deus que atingiremos pouco a pouco essa semelhança com Jesus.

Para concluir exorto-vos amados irmãos que nossas vidas tornem-se cada vez mais um reflexo mais límpido da vida de Cristo, amando a Igreja como Ele mesmo a amou. Que o nosso nome de defensores da Sagrada Cruz não se perca no poético e utópico, mas que se torne real aos olhos de Deus e dos homens, por meio do combate espiritual constante, pelo ardor de levar o amor de Cristo aos corações e pela defesa perseverante e militante da Fé verdadeira que se encontra na Única Igreja de Cristo.

Que a defesa da Fé se faça na verdadeira caridade aos irmãos e para a Maior Gloria de Deus e salvação das almas.

Fraternalmente em Cristo Jesus, do qual me fiz eternamente servo.


Sem. Pedro Afonso Tavares Lins
Diretor gera da
 IDSC

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