II Parte
Apologética
Católica com o Padre Júlio Maria de Lombaerde, + 1944
(Retirado
do Livro "Luz nas Trevas - Respostas irrefutáveis as objeções
protestantes".)
III. Os culpados do erro
Padre Júlio Maria de Lombaerde |
Tenho
dó e compaixão dos pobres ignorantes, iludidos pelos pastores satânicos, que
enganam por interesse ou orgulho; porém sinto a indignação invadir-me contra
aqueles que Lutero chama “um bando de miseráveis endiabrados”.
Notai
isso, pastores! O epíteto não é meu, é um mimo do vosso pai Lutero.
Vós,
pastores, ou sois ignorantes estupendos, ou sois perversos desavergonhados.
No
primeiro caso, precisais estudar para conhecer a verdade; no segundo caso, é
preciso criar sinceridade não enganar os pobres cristãos, que fazeis apostatar,
renegar a fé de seus pais, para adotar uma seita em que vós mesmos não
acreditais, nem podeis acreditar.
Um
homem inteligente não pode acreditar no protestantismo, porque é uma balbúrdia,
um labirinto sem saída, uma pura negação.
Sois
vós os culpados, ó pastores, vós que vos intitulais “ministros”,
sem missão e sem autoridade. Vós que explicais a Bíblia,
dizendo ao mesmo tempo que a Bíblia não precisa de explicação, porque é clara
como a água cristalina. Sois vós os culpados!
Ó
fariseus, sois bem aqueles mestres mentirosos, que
introduzem seitas de perdição, dos quais predisse S. Pedro (2 Ped 2,1) e
que depois, reconhecendo o erro – pois é impossível que um homem de bom-senso
não o reconheça – sustentais este erro por orgulho ou por sórdido interesse.
Se
S. Paulo ainda estivesse na terra, vos escreveria com mais veemência ainda do
que escrevia aos Romanos (2, 19-23).
Confiais,
ó pastores, que sois guias dos cegos, e luz dos que estão nas trevas;
instruidores dos néscios, mestres de crianças, que tendes a forma da ciência e
da verdade na lei. Vós, pois, que ensinais aos outros, não vos ensinais a vos
mesmos? Vós que pregais, que vos gloriais na lei, desonrais a Deus pela
transgressão da lei.
IV. Quem tem razão?
A
Igreja católica, apoiada sobre a palavra positiva de Cristo, diz: Jesus
Cristo está verdadeiramente presente na Eucaristia.
O
protestante hodierno diz: “Cristo não está presente, porque eu digo que não
está”; é a única razão da negação.
Quem
dos dois terá razão: Cristo-Deus – ou o protestante revoltoso?
Vamos
examinar o fato, não somente com um texto, mas com uma série
de textos, que o crente (se ainda acredita na Bíblia) terá a bondade
de verificar e de meditar, porque é uma página divina, que vou citar aqui, a
qual se devia ler de joelho e em atitude de adoração.
Eis,
em S. João, os termos de que Jesus Cristo serviu, falando a primeira vez deste
grande sacramento (6, 48-59): 48. Eu sou o pão da vida: vossos pais
comeram o maná no deserto e morreram. 50. Este é o pão que desce do céu, para
que o que dele comer não morra. 51. Eu sou o pão vivo, que desci do céu. 52. Se
alguém comer deste pão, viverá eternamente, e o pão que eu darei é a minha
carne, para a vida do mundo.
Que
clareza nestas palavras!... Que quer dizer isso, ó crente: Eu sou o pão
vivo – o pão que eu darei é a minha carne. É ou não é a carne de
Cristo? É ou não é Cristo que será o pão que deve ser comido?... Deixe de
cegueira e compreenda a palavra de Deus. Deus sabia falar e compreendia a
significação das palavras!... Ou o amigo quer dar a Cristo uma lição de
gramática ou sintaxe?
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