TRATADO DA CASTIDADE
Bem-aventurados os puros
(SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO)
4ª Parte
§ IV. DA GUARDA DO CORAÇÃO
Santo Afonso |
1) Descrevendo São Paulo a corrupção moral dos gentios, enumerava entre seus vícios a falta de sentimento e de susceptibilidade para a amizade. A amizade, segundo São Tomás, é mesmo uma virtude. A perfeição não proíbe se entretenham amizades, diz São Francisco de Sales; exige somente que sejam santas e edificantes, a saber, só devem ser mantidas aquelas uniões espirituais por meio das quais duas, três ou mais pessoas, comunicam entre si seus exercícios de devoção, seus desejos piedosos e sentimentos nobres, tornando-se como que um só coração e uma só alma para a glória de Deus e o bem espiritual próprio e alheio. Com toda a razão podem tais almas exclamar: "Vede quão bom e suave é habitarem os irmãos em união" (Sl 132, 1). São Francisco diz mais que, em tal caso, o suave bálsamo da caridade destila de coração em coração por meio dessas mútuas comunicações, e bem pode-se dizer que Deus lança Sua benção sobre tais amizades, por toda a eternidade (Fil., III, c. 19).
Tais
amizades são recomendadas pela Escritura mesma, em termos eloquentes: "Nada
se pode comparar com o valor de um amigo fiel, e o valor do ouro e da prata não
iguala a bondade de sua fidelidade" (Ecli 6, 16). "Um amigo fiel é um
remédio para a vida e a mortalidade, e os que temem o Senhor encontram um
tal" (Idem). Mas como podeis aconselhar as amizades particulares, dirá
alguém, quando elas são tão rigorosamente condenadas por todos os ascetas?
Respondo: As amizades particulares são proibidas unicamente nos claustros e com
toda a razão, pois é imperiosamente necessário que todos os religiosos se amem
mutuamente com amor fraterno, para que haja uma vida comum claustral. Ora, num
claustro, as amizades particulares podem facilmente ocasionar perturbações
dessa mútua caridade, dando ocasião a invejas, suspeitas e outras misérias
humanas. São Basílio não hesitou dizer que as amizades particulares em um
convento são uma sementeira perpétua de invejas, de desconfianças e inimizades.
O mesmo acontece nas famílias em que o pai ou a mãe tem mais carinhos para um
filho que para os outros. Os filhos de Jacó odiavam seu irmão José, porque seu
pai lhe dedicava um amor especial.
Não
há, além disso, nenhum motivo de se alimentar tais amizades num estado religioso,
pois, num convento, onde reinam a disciplina e a ordem, todos os membros tendem
ao mesmo fim, à perfeição, e não é necessário travar amizades particulares para
animar-se mutuamente ao serviço de Deus e ao trabalho do aperfeiçoamento
próprio.
Os
que, vivendo no mundo, desejam dedicar-se à prática da virtude verdadeira e sólida,
precisam, pelo contrário, de se unir aos outros por uma amizade santa e edificante,
para poderem, por meio dela, se animar, se auxiliar e se estimular ao bem. Há
no mundo poucas pessoas que tendem à perfeição e muitas que não possuem o espírito
de Deus e, por isso, é preciso que os bons, quanto possível, evitem os que podem
impedir seu adiantamento espiritual e travem amizade com os que os podem auxiliar
na prática do bem.
2)
Quanto às amizades puramente naturais, deve-se dizer que elas têm seu fundamento
na nossa natureza, que nos compele a amar nossos pais, nossos benfeitores e
todos aqueles em quem vemos belas qualidades e com quem simpatizamos. Esta espécie
de amizade é o laço da família e da sociedade, mas facilmente degenera em amizades
falsas; por exemplo, se os pais, por um carinho demasiado, toleram as faltas de
seus filhos, ou se um amigo ofende a Deus para agradar a seu amigo, etc. As amizades
naturais só são agradáveis a Deus se as santificarmos por meio da boa intenção;
por exemplo, amando a nossos pais e amigos por amor de Deus.
3)
Por amizades perigosas entendem-se, em particular, as sensuais, isto é, aquelas
que se baseiam sobre uma complacência sensual, sobre a fruição comum de prazeres
dos sentidos, sobre certas qualidades fúteis e vãs de espírito e coração. Essas
amizades são já por si perigosas, mesmo que, no começo, nada tenham de inconveniente,
e devemos guardar nosso coração desembaraçado delas.
a)
"Quem não evita relações perigosas, cai facilmente no abismo", diz
Santo Agostinho (Serm. 293). O triste exemplo de Salomão bastaria para nos
encher de terror. Depois de ter sido amado tanto por Deus, servindo ao Espírito
Santo de mão para escrever, travou relações com mulheres pagãs, já na sua
velhice, e caiu tão profundamente que chegou a sacrificar aos deuses. Isso,
porém, não nos deve estranhar, pois, será para admirar que alguém se queime,
permanecendo no meio das chamas? - pergunta São Cipriano (De sing. cler.). Mas
em nossas conversas, graças a Deus, não ocorre nada de mal, dirá alguém. Respondo:
Todas as amizades que têm sua origem em afeições meramente materiais são, pelo
menos, um grande impedimento à perfeição, ainda que não dessem ocasião a outras
coisas. Elas, no mínimo, fazem-nos perder o espírito de oração e recolhimento interior;
a alma que está presa por uma afeição natural poderá achar-se corporalmente na
igreja, mas seu espírito estará se entretendo com o objeto de seu amor; perderá
o amor aos Santos Sacramentos; não será mais sincera para com seu confessor,
temendo que ele a obrigue a romper com essa cadeia e, envergonhando-se de lhe
descobrir sua afeição, não lhe dirá a causa de sua tibieza, e assim se agrava,
de dia para dia, seu estado lastimoso. Ao ouvir que fala mal da pessoa amada,
se enfurece, defende-a calorosamente; descuida-se da obediência, pois quando o
confessor a exorta a renunciar a tal amizade, procura mil desculpas para não
ter de obedecer.
Não
é só grande a perda espiritual que se sofre com essas amizades baseadas sobre
certas qualidades externas duma pessoa, mas, principalmente se for doutro sexo,
é também enorme o perigo que se corre de se se perder eternamente. No começo
tais amizades parecem indiferentes, mas tornam-se pouco a pouco pecaminosas e,
enfim, arrastam a alma ao pecado mortal. "São como o fogo e a palha, e o
demônio não cessa de assoprar até irromper o incêndio", diz São Jerônimo.
Pessoas
de diferentes sexos abrasam-se por causa da muita familiaridade, com a mesma
facilidade com que a palha atingida pelo fogo, e, em certo sentido, até com
mais facilidade, porque o demônio emprega tudo quanto é apto para atiçar o
fogo. Santa Teresa viu-se um dia transportada ao inferno, onde Deus lhe mostrou
o lugar que lhe preparara, se não rompesse com um apego puramente natural a um
seu parente.
b)
Se sentires em teu coração, alma cristã, uma tal afeição para com alguém, não há
outro remédio para te libertares dela, senão cortá-la resolutamente de uma vez
para sempre, pois, se quiseres renunciá-la pouco a pouco, crê-me, nunca
chegarás a desfazer-te dela. Essas cadeias são dificílimas de romper, e só o
conseguirá quem as quebrar violentamente, duma só vez. E não venhas com a
desculpa de que, até agora, nada ocorreu de inconveniente, pois deves saber que
o demônio não começa com o pior, mas só pouco a pouco leva a alma imprudente às
bordas do precipício e, então, com um leve empurrão, precipita-as no abismo.
É
uma máxima aceita por todos os mestres da vida espiritual de que, neste ponto, não
há outro remédio senão fugir e afastar-se da ocasião. São Filipe Néri costumava
dizer que, nesse combate, só os covardes saem vencedores, isto é, os que fogem
da ocasião. Podemos resistir aos outros vícios ficando na ocasião, diz São
Tomás (De mod. conf., c. 14), fazendo violência contra nós mesmos; mas o vício
contrário à pureza, porém, só o poderemos vencer fugindo da ocasião e
renunciando às afeições perigosas. Se sentires, porém, teu coração livre e
desembaraçado de tais afeições, toma todo o cuidado possível para não te
emaranhares em laço algum, como já se tem dado a muitos em razão de sua
negligência. Eis o conselho que te dá São Jerônimo (Ep. Ad Eust.): "Se, no
trato com alguém, notares que alguma afeição desregrada se quer apoderar de teu
coração, apressa-te a sufocá-la antes que se torne um gigante. Enquanto o leão
é ainda pequeno, pode ser facilmente trucidado; uma vez crescido, tornar-se-á
mui difícil e humanamente impossível".
Coisa
verdadeiramente lamentável e vergonhosa seria se permitisses que fizessem, em
tua presença, gracejos indecentes. Não julgues que não pecas calando-te e simplesmente
ouvindo tais gracejos; se não evitares o mais depressa possível a companhia de
um homem tão insolente, já cooperaste com o seu pecado e te fizeste réu dele.
Se receberes de alguém uma carta com palavras amorosas, rasga-a imediatamente ou
lança-a ao fogo e não lhe dês resposta. Se, por motivo grave, tiveres de
responder, faze-o então em poucas e sérias palavras, e não dês a entender que
notaste as tais palavras e muito menos que achaste nelas qualquer prazer.
c)
Não repliques também que não há perigo, porque a pessoa de que se trata é piedosa.
São Tomás de Aquino diz (De mod. conf., c. 14): "Quanto mais santas são as
pessoas pelas quais sentimos afeição particular, tanto mais devemos nos
acautelar, porque o alto apreço que fazemos de sua virtude mais nos estimula
ainda a amá-las". O padre Sertório Caputo, da Companhia de Jesus, diz:
"O demônio, a princípio, nos inspira amor à virtude daquela pessoa, depois
o amor à própria pessoa e, finalmente, nos lança na perdição". O Doutor
Angélico faz notar que o demônio sabe perfeitamente esconder um tal perigo: no
começo não dispara seta alguma que pareça envenenada, mas só tais que excitem a
afeição, ocasionando leves feridas do coração; em seguida, quando o amor já
está aceso, essas pessoas já não se tratam mais como anjos, mas como homens de
carne e sangue: trocam repetidos olhares e palavras amorosas, desejam estar muitas
vezes a sós, juntas e, por fim, a piedade espiritual degenera em amor carnal.
d)
São Boaventura indica cinco sinais dos quais se pode deduzir se a afeição que a
alguém nos prende é impura. Primeiro: se se entretêm conversas inúteis; e
inúteis são todas as que levam muito tempo. Segundo: se ocorrem olhares e
louvores mútuos. Terceiro: se se desculpam as faltas reciprocamente [evitando
correções para não desagradar]. Quarto: se aparecem pequenos ciúmes. Quinto: se
a separação causa certa inquietação. Eu ajunto ainda: Se se sente grande prazer
e gosto nas maneiras ou gentileza natural da pessoa amada, se se deseja que a
afeição seja correspondida, e se se não gosta de que outros observem, ouçam ou
falem disso.
e)
Mas, mesmo as pessoas que pretendem contrair matrimônio, estarão obrigadas a
sufocar a inclinação ou simpatia recíproca, suposto mesmo que seja honesta? Perguntará-me
alguém. Se esses futuros esposos estiverem animados de tais sentimentos, que
estejam prontos a empregar todos os cuidados para tornar remota a ocasião
próxima do pecado, e resolvidos a nunca ofender a Deus por causa de tal
afeição, não precisarão romper com ela. A experiência, porem, ensina que os
mais nobres sentimentos degeneram facilmente em paixão.
Por
esse motivo os teólogos exigem muita cautela com essas pessoas. Sabendo o quanto
o coração humano é inclinado ao pecado e quão fraco quando dominado por uma paixão,
só permitem tais relacionamentos entre os jovens quando estão em idade e têm vontade
séria de se casar; além disso, que não sejam travadas sem o consentimento dos pais,
que não se prolonguem por muito tempo e só se namorem quando estiver próximo o
casamento; também lhes interditam a conversa a sós, longe das vistas dos pais,
grande familiaridade, e tudo o que possa manchar a pureza da alma, seja por
pensamentos, olhares, palavras ou gestos. Do filho de Tobias podemos aprender
como os jovens devem se preparar para o casamento. Na cidade de Ragés, na
Média, vivia uma piedosa donzela, de nome Sara, filha de Raguel. Estava
profundamente aflita porque sete rapazes, que a haviam sucessivamente
desposado, haviam sido mortos pelo demônio da impureza, Asmodeu, na primeira
noite depois das núpcias. Ora, o anjo Rafael, que acompanhara o jovem Tobias em
sua viagem a Ragés, aconselhou-o a pedir Sara em casamento. Ele, porém, a par
do ocorrido com os outros homens, temia expor-se ao mesmo perigo. O Anjo, porém,
tranquilizou-o, dizendo: "Ouve-me... o demônio só tem poder sobre aqueles
que abraçam o estado conjugal excluindo a Deus de seus pensamentos, para
satisfazerem unicamente a sua concupiscência, como o cavalo e a mula, que não
têm entendimento. Tu, porém, quando receberes a Sara, entra com ela no teu
quarto por três dias e três noites, guardando continência, e não te entregues a
outra coisa que à oração, e então a receberás em matrimônio no temor do Senhor,
levado mais pelo desejo de ter filhos que pela concupiscência, para que sejas
abençoado e teus filhos sirvam e glorifiquem a Deus; então nada terás a temer
do demônio". O jovem Tobias seguiu esse conselho, e seu casamento foi
muito abençoado por Deus.
Notemos
igualmente as quatro exortações dadas a Sara por seus pais, ao se despedirem
dela: Primeiro, honra a teu sogro; segundo, ama a teu marido; terceiro, cuida
em governar bem tua casa; quarto, porta-te em tudo irrepreensivelmente. Estes avisos
devem servir de norma a todos os jovens que pretendem contrair matrimônio. f) O
que dissemos até aqui se refere ao trato com pessoas de diferente sexo. O amor
desregrado, todavia, pode existir também existir entre pessoas do mesmo sexo, principalmente
se são ainda moços e existe entre eles uma familiaridade por demais íntima. A
este respeito, São Basílio diz o seguinte (Serm. de abd. rev.): "Vós que
sois ainda jovens, evitai a companhia de vossos iguais, pois, por meio dessas
amizades, o demônio já arrastou a muitos para o inferno". "Alguns
começaram com uma afeição aparentemente santa, continua ele, mas pouco a pouco
precipitou-os o demônio num lodaçal de vícios os mais abomináveis". Santa
Ângela de Foligno se exprime de modo semelhante (Vit., c. 64): "Ainda que
seja o amor a fonte de todo o bem, não deixa de ser igualmente a fonte de todo
o mal. Não falo do amor impuro, que deve ser evitado em todo o caso, mas da
inclinação, em si inocente, que facilmente pode degenerar em amor desordenado.
O trato mui assíduo com outro, com protestos de afeição, tem por consequência
tornar nocivo o amor, visto que ele prende estreitamente um coração ao outro,
obscurecendo a afeição crescente cada vez mais a razão. Em pouco tempo só quererá
um o que o outro quer, e então não terá mais coragem de resistir ao outro quando
for convidado ao mal, e, assim, se perderão ambos".
Por
isso, os que dedicam à educação da mocidade estão gravemente obrigados a ter os
olhos abertos nesse ponto, e não precisam ter escrúpulos, suspeitando mal com algum
motivo. Se notarem qualquer apego ou familiaridade entre dois jovens, intervenham
imediatamente e conservem-nos rigorosamente separados um do outro. g) Aqui na
terra cada um de nós anda por caminhos escabrosos e em trevas, e se, além
disso, ainda um anjo mau, isto é, um mau companheiro, que é pior que um demônio,
nos persegue e impele à perdição, como poderemos escapar ilesos? Já Platão dizia:
"Tomarás os mesmos modos daqueles com quem convives". Segundo São
João Crisóstomo, para se certificar dos hábitos de alguém, basta saber com quem
ele anda, já que os amigos ou são ou fazem-se semelhantes uns aos outros. E
isso por duas causas: primeiro, porque um se esforça por imitar o outro para
lhe ser agradável; segundo, porque o homem, como nota Sêneca, é inclinado a
fazer o que vê os outros fazerem. Dos israelitas lemos: "Eles se mesclaram
com os gentios e aprenderam suas obras" (Sl 105, 35). Devemos, portanto,
não só fugir do comércio com os impuros, diz o Sábio, mas também nos
conservarmos longe de seus caminhos: "Meu filho, não andes com eles e não
ponhas o pé em seus caminhos" (Prov 1, 15). Devemos evitar todo o trato
com eles, suas conversas ou presentes, com os quais procuram nos enredar.
"Meu filho, se os pecadores te atraírem com seus afagos, não condescendas
com eles" (Prov 1, 10).
"Cairá,
talvez, uma ave, no laço armado na terra, sem a isca?" (Am 3, 5). O
demônio serve-se dos maus amigos como de iscas, segundo Jeremias, para prender
as almas em suas redes de pecado. "Meus inimigos, sem motivo, prenderam-me
como se prende uma ave" (Jer 3, 52). Ele diz 'sem motivo' porque,
pergunto-se a um tal sedutor por que aliciou sua pobre vítima ao pecado,
responderá: não havia motivo; eu só queria que ela fizesse como eu. É
exatamente essa a astúcia do demônio, diz Santo Efrém: "Capturada uma alma
em sua rede, serve-se dela como de uma armadilha para prender a outra" (De
rect. viv. rat., c. 22).
Fujamos,
pois, a toda familiaridade com tais escorpiões infernais, como se foge da
peste. Digo: fujamos à familiaridade, isto é, não travemos amizade com homens viciosos,
evitando tomar parte em sua mesa, banquetes ou outros convívios com eles. É impossível
evitar todo o comércio com eles, porque então teríamos de sair deste mundo, segundo
o Apóstolo (I Cor 5, 10); contudo, é bem possível evitar um trato mais familiar
com eles, seguindo o conselho do mesmo Apóstolo: "Eu vos escrevi que não
tenhais comunicação com eles... com um tal não deveis nem sequer cear".
Disse ainda: Fujamos de tais escorpiões, pois o profeta Ezequiel designa assim
os sedutores: "Pervertedores estão contigo e habitas com escorpiões" (Ez
2, 6).
Não
ousarias, alma cristã, habitar com escorpiões, e certamente te afastarias com toda
a pressa de sua proximidade. Pois assim deves evitar os amigos que dão
escândalo e envenenam a tua alma com maus exemplos e conversas perversas.
Quanto mais estreitamente estão ligados a nós, tanto mais perniciosos se
tornam. "Os inimigos do homem são os seus domésticos" (Mat 10, 36).
Na Sagrada Escritura se diz: "Quem se compadecerá de um encantador mordido
pela serpente e de todos os que se aproximam de animais ferozes? Assim também,
quem se compadecerá daquele que se torna companheiro de um homem iníquo?"
(Ecli 12, 13). Se um tal homem, por motivo do perigo a que se expõe, cai no
pecado e se precipita na condenação eterna, ninguém, nem Deus nem os homens,
terá compaixão dele, pois já fôra advertido do perigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário ou pergunta!