Por Padre Cristóvão
Vendo a vibração de certos católicos ditos
conservadores com as manifestações organizadas pelo “Movimento passe livre” em
São Paulo, que eclodiu em outras tantas por todo o país, penso ser importante
alertar para os seguintes aspectos:
1. O movimento é uma organização geneticamente
revolucionária, regida pelos princípios do Fórum Social Mundial (cf. http://mpl.org.br/node/2).
Sua organização é anárquica (http://mpl.org.br/node/5,
vide “horizontalidade”) e seus esforços se colocam em sintonia com os dos
demais movimentos de desintegração social, como o gayzismo, o laicismo beligerante,
o etnicismo etc. (cf. http://mpl.org.br/node/1). Embora alegue seu apartidarismo,
confessa seu não antipartidarismo. Parece tão ingênuo e impoluto… E o diz
propositalmente para parecê-lo. Mas…
O princípio para avaliar uma manifestação de massa
é o uso político que dela se faz, que quase sempre não coincide com o motivo
declarado explicitamente pelos manifestantes. De modo que, acima de tudo,
atente-se que a não dependência partidária explícita não é sinônimo de
independência da gerência partidária implícita. Aliás, de onde vem o dinheiro
usado pela organização? E o comando para a mobilização das mídias, que acabaram
se transformando em meio direto de convocação das hostes?
2. As críticas dirigidas pelos manifestantes ao PT
são de que este não é tão comunista como queriam que fosse. Sendo assim, a
vitória não é do partido, mas da mentalidade comunista, hegemonicamente
presente na cultura popular. Este é o resultado da não oposição ideológica à
revolução gramsciana, há décadas invicta em nossa nação.
3. Para quem pensa ser contraditório a esquerda
colocar-se contra si mesma, não se esqueça de que a psicologia dialética é
essencialmente suicida. Desta forma, na elaboração marxista, o socialismo é
apenas uma etapa autodestrutiva para a implantação do comunismo; e aquela,
estrategicamente, seria antecedida eventualmente por outras etapas, de igual
modo autoaniquilatórias. Portanto, o PT é consciente de ser apenas uma etapa a
ser superada naquele horizonte; e isto não é acidental, é totalmente programado
para ser assim.
4. Historicamente, o movimento revolucionário
sempre trabalhou:
a) com uma dinâmica contraditória, para espalhar
confusão e dissolução na sociedade;
b) com a matização dos mesmos preceitos em
modelos diferentes de radicalidade, para fugirem da acusação de extremismo, enquanto
falsamente se encaminham para a execução dos mesmos objetivos;
c) com a implantação do vitimismo e da revolta,
como elemento aglutinador de forças beligerantes;
d) fazendo com que este laboratório de engenharia
social culminasse com a eliminação de alguns de seus opositores (a Igreja ou
outras instituições conservadoras). Assim, por exemplo, começaram a revolução
francesa e a guerra civil espanhola, todas, na origem, meras manifestações
inocentes de vitimismo e, no fim, assassinas e anticlericais.
Adendo.
Em 1936, aconteceu uma aparição de Nossa Senhora no
Brasil, em Pernambuco, na cidade de Pesqueira, na vila de Cimbres, num lugarejo
denominado Sítio da Guarda. A aparição, pouco conhecida, foi aprovada pela
autoridade eclesiástica da época.
Ali, a Virgem disse a duas meninas: “Minhas filhas,
virão tempos calamitosos para o Brasil! Dizei a todo o povo que se aproximam
três grandes castigos, se não for feita muita penitência e oração”.
O sacerdote, depois, as interrogou durante uma
aparição, na qual ele perguntava diretamente à Virgem (em latim e alemão,
idiomas ignorados pelas videntes) e Ela respondia às crianças, que lhe
transmitiam a resposta:
“- O sangue que inundará o Brasil”.
“-Virá o comunismo a penetrar no Brasil?”
“- Sim”.
“- Os padres e os bispos sofrerão muito?”
“- Sim.”
“- Será como na Espanha?”
“- Quase”.
“- Quereis que se pregue sobre este assunto?”
“- Sim”.
Tempos depois, a Virgem voltou a aparecer a uma das
videntes, dizendo-lhe: “Nunca mais me manifestarei aqui em Guarda e os três
castigos não virão JÁ, porque o povo está melhor; mas é necessário ainda
rezar muito e fazer penitência”.
* * *
Apresentamos a seguir artigo extraído do blog do
Planalto, que curiosamente está fora do ar desde o início da tarde. O link para
acesso em cache é este.
A presidenta Dilma Rousseff elogiou, nesta
terça-feira (18), o civismo da população brasileira, que foi às ruas em
manifestações nas principais cidades do país. Segundo Dilma, foi bom ver tantos
jovens e adultos defendendo um país melhor. Em discurso, a presidenta disse
ainda que está ouvindo as vozes pela mudança.
“O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das
manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia. A força da voz
da rua e o civismo da nossa população. É bom ver tantos jovens e adultos, (…)
juntos com a bandeira do Brasil, cantando o hino nacional e dizendo com orgulho
‘sou brasileiro’ e defendendo um país melhor”, disse.
A presidenta afirmou que seu governo está empenhado
e comprometido com a transformação social. Ela citou como exemplo a elevação de
40 milhões de pessoas à classe média. Segundo Dilma, as pessoas mudam porque o
Brasil mudou, com mais inclusão, elevação de renda, acesso ao emprego e à
educação.
“Surgiram cidadãos que querem mais e que tem
direito a mais. Sim, todos nós estamos diante de novos desafios. Quem foi ontem
às ruas querem mais. As vozes das ruas querem mais cidadania, mais saúde, mais
educação, mais transporte, mais oportunidades. Eu quero aqui garantir a vocês
que o meu governo também quer mais, e que nós vamos conseguir mais para o nosso
país e para o nosso povo”, afirmou.
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