
"A
cultura ocidental - escreve Sarah - foi gradualmente sendo organizada como se
Deus não existisse: muitos hoje decidiram prescindir de Deus. Como diz
Nietzsche, para muitos no Ocidente, Deus está morto E fomos nós que O matámos,
nós somos os seus assassinos e as nossas igrejas são as criptas e os túmulos de
Deus.
Um grande número de fiéis já não as frequentam, já não vão mais à igreja, para evitar sentir a putrefacção de Deus; mas ao fazê-lo, o homem já não sabe quem é nem para onde deve ir: há uma espécie de retorno ao paganismo e idolatria; a ciência, a tecnologia, o dinheiro, o poder, o sucesso, a liberdade até o amargo fim, os prazeres sem limites são, hoje, os nossos deuses."
É, então, necessário alterar
a perspectiva, explica o cardeal guineense: "Devemos recordar que é em
Deus que vivemos, nos movemos e existimos (At 17, 28). É n'Ele que tudo
subsiste. Ele é o Princípio, n'Ele habita toda a Plenitude, diz-nos São Paulo;
fora d'Ele nada existe: tudo encontra o seu próprio ser em Deus e a sua própria
verdade, ou Deus ou nada.

Certo, existem problemas enormes, situações muitas vezes dolorosas, uma existência humana difícil e angustiante; ainda assim, devemos reconhecer que é Deus que dá sentido a tudo. As nossas preocupações, os nossos problemas, os nossos sofrimentos existem e preocupamo-nos, mas nós sabemos que se resolvido n'Ele, sabemos que é Deus ou nada, e percebemo-lo como uma evidência que se nos impõe não a partir do exterior, mas do interior da alma, porque o amor não se impõe pela força, mas seduzindo o coração com uma luz interior."
Matteo
Matzuzzi in Il
Foglio
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