Declaração foi dada no seu 1° discurso ante o Comitê da Bíblia do Vaticano. Para o Papa, 'há uma unidade indissolúvel entre Escritura e Tradição'.
Da France Presse

Nesta intervenção a "especialistas" - e não
apenas para fiéis, como a maioria de seus discursos do último mês - o Papa
jesuíta fez uma longa referência a um texto do Concílio Vaticano II (
1962-1965), a Constituição 'Dei Verbum' ('A Palavra de Deus'), sobre o papel da
Igreja.
Até o momento, ao contrário de Bento XVI, o novo Papa
pouco tinha mencionado o Concílio, ao qual ele é o primeiro pontífice das
últimas décadas a não ter participado. Uma omissão surpreendente.
"O Concílio lembrou com grande clareza: tudo o que
está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última
análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato divino e o
ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus".
Para o Papa, "há uma unidade indissolúvel entre
Escritura e Tradição", que são "conjuntas e se comunicam entre
elas", "formando, de certa maneira, uma única coisa", declarou.
"A Sagrada Tradição transmite a Palavra de Deus
plenamente (....) Desta forma, a Igreja tira a sua certeza a respeito de todas
as coisas reveladas não só nas Sagradas Escrituras. Uma como a outra devem ser
aceitas e veneradas com sentimentos semelhantes de piedade e respeito",
disse em um discurso que revela um Papa muito respeitoso da autoridade da
Igreja.

Esta declaração, na linha de Bento XVI, não deve agradar
os protestantes ou católicos contestatórios, como o suíço Hans Küng, que
reivindicam o direito de interpretar livremente as escrituras.
Para ser claro, o Papa denunciou "a insuficiência
de qualquer interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise
incapaz de acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela
tradição de todo o povo de Deus".
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