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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Papa: não confundir a família desejada por Deus com outras uniões

À Rota Romana, Francisco afirma que a Igreja continua a propor casamento não como um ideal para alguns, mas como uma realidade que pode ser experimentada por todos os batizados


No caminho sinodal sobre a família, a Igreja tem "mostrado ao mundo que não pode haver confusão entre a família desejada por Deus e todos os outros tipos de uniões". Foi o que disse o Papa Francisco ao receber na manhã desta sexta-feira, 22, no Vaticano, juízes, funcionários e advogados da Rota Romana, na abertura do ano judicial.
 
O Santo Padre lembrou que a Rota "é o Tribunal de Família", mas também "o tribunal da verdade do vínculo sagrado", dois aspectos "complementares" porque a Igreja mostra o ''amor misericordioso de Deus" para as famílias", especialmente aquelas feridas pelo pecado e provações da vida", e ao mesmo tempo proclama "a verdade essencial do casamento de acordo com o plano de Deus."

Depois de sublinhar que o Sínodo reiterou que "não pode haver confusão entre a família desajada por Deus e qualquer outro tipo de união", Francisco disse que a Igreja, por meio do serviço de Rota, "visa declarar a verdade sobre o casamento no caso concreto, para o bem dos fiéis" e "ao mesmo tempo ter sempre presente que aqueles que, por opção ou circunstâncias infelizes da vida, vivendo em um estado objetivo de erro, ainda continuam a ser objeto do amor misericordioso de Cristo e, por conseguinte, da própria Igreja".

"A família, fundada no matrimônio indissolúvel, unitivo e procriador, pertence ao "sonho" de Deus e à sua Igreja para a salvação da humanidade", explicou o Pontífice, lembrando que "Deus quis compartilhar seu amor dos cônjuges: do amor pessoal que ele tem para cada um deles e para o qual os chama para ajudar a si mesmos e dar-se um ao outro para alcançar a plenitude de suas vidas pessoais; e  do amor que ele traz para a humanidade e para todos os seus filhos, e para a qual deseja multiplicar os filhos dos homens para torná-los partícipes da sua vida e sua felicidade eterna".

A família, acrescentou, é "Igreja doméstica" e "o ‘espírito de família’ é uma carta constitucional para a Igreja: Assim o cristianismo deve parecer e assim deve parecer, e assim deve ser". E a Igreja sabe que entre os cristãos, "alguns têm uma fé forte, formada pela caridade, reforçada pela boa catequese e alimentada pela oração e vida sacramental, enquanto outros têm uma fé fraca, negligente, não formada, pouco educada, ou esquecida”.

Sobre o peso da fé pessoal sobre a validade do casamento, o Papa reiterou "com clareza que a qualidade da fé não é uma condição essencial do consentimento matrimonial, que, de acordo com a doutrina de todos os tempos, pode ser extraído apenas em um nível natural". Na verdade, o dom recebido no Batismo "continua a ter influência misteriosa na alma, mesmo quando a fé não foi desenvolvida e psicologicamente parece estar ausente". Não é raro que os esposos no momento da celebração tenham "uma consciência limitada da plenitude do plano de Deus, e só então, na vida familiar, descobrir tudo o que Deus Criador e Redentor estabeleceu para eles".

"As deficiências de formação na fé e também o erro relativo à unidade, a indissolubilidade e a dignidade sacramental do matrimônio viciam o consentimento matrimonial se determinarem a vontade", precisou o Pontífice. "É por isso que os erros que afetam a natureza sacramental do matrimônio devem ser ponderados com muito cuidado."

"A Igreja, com um renovado sentido de responsabilidade, continua a propor casamento, na sua essência - descendentes, bem dos cônjuges, unidade, indissolubilidade, sacramentalidade - não como ideal para alguns, apesar dos modelos modernos centrados no efêmero e no transitório, mas como uma realidade que, na graça de Cristo, pode ser experimentada por todos os fiéis batizados", concluiu o Bispo de Roma. Precisamente por este motivo, é urgente, do ponto de vista pastoral, envolver toda a Igreja na preparação adequada do casal no casamento "em uma espécie de novo catecumenato, tão desejada por alguns Padres sinodais."

Créditos: Redação com La Stampa

 
 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Igreja Católica administra mais de 115.352 instituições de saúde e assistência no mundo.


Celebra-se no dia 11 de fevereiro o XXIII Dia Mundial do Enfermo, instituído por João Paulo II em 1992. O Papa Francisco convida a meditar sobre o tema deste ano - “Eu era os olhos do cego e os pés do coxo” (Jó 29,15) - na perspectiva da “sapientia cordis”, a sabedoria do coração.

Na mensagem, o Santo Padre destaca “a absoluta prioridade da saída de si próprio para o irmão, como um dos dois mandamentos principais que fundamentam toda a norma moral e como  o sinal mais claro para discernir sobre o caminho de crescimento espiritual em resposta à doação absolutamente gratuita de Deus (EG, 179). Da natureza missionária da Igreja brotam inevitavelmente ‘acaridade efetiva para com o próximo, a compaixão que compreende, assiste e promove”.

Segundo revelam os dados do último “Anuário Estatístico da Igreja”, publicado pela Agência Fides por ocasião da Jornada Missionária, os Institutos sanitários, de assistência e beneficiência administrados pela Igreja em todo o mundo são 115.352, compreendendo:

- 5.167 hospitais (a maior parte na América, 1.493 e 1.298 na África);

- 17.322 dispensários, a maior parte na África, 5.256, América 5.137 e Ásia 3.760;

- 648 leprosários distribuídos principalmente na Ásia (322) e África (229);

- 15.699 casas para idosos, doentes crônicos e deficientes, a maior parte na Europa (8.200) e América (3.815);

- 10.124 orfanatrófios, principalmente na Ásia (3.980) e América (2.418);

- 11.596 jardins da infância, a maior parte na América (3.661) e Ásia (3.441);

- 14.744 consultores matrimoniais, distribuídos na maior parte no continente americano (5.636) e Europa (6.173);

- 3.663 centros de educação e re-educação social, além de 36.386 instituições de outros tipos.


 https://www.facebook.com/Irmandade-dos-Defensores-da-Sagrada-Cruz-224600517562367/
Fonte: News.va
 Imagens do apostolado do
 Instituto Cristo Rei
 na Africa

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A médica ateia que avaliou 1.400 milagres e os confirmou: “Eles existem!”


A hematologista canadense Jacalyn Duffin não sabia, mas estava participando da investigação de um milagre

Drª Jacalyn Duffin
A hematologista canadense Jacalyn Duffin estava observando no microscópio “uma célula letal de leucemia”.

Olhando para a data do exame, concluiu: “Fiquei persuadida de que o paciente cujo sangue estava examinando tinha que ter morrido”.

Entretanto, o paciente estava bem vivo.

A hematologista não sabia: ela estava participando da investigação de um milagre.

Duffin, 64, é também uma prestigiosa historiadora, tendo presidido a Associação Americana de História da Medicina e a Sociedade Canadense de História da Medicina, além de ser catedrática dessa disciplina na Queen’s University, de Kingston, Canadá.

fato se deu em 1986 e foi o seu primeiro contato com as canonizações da Igreja.

A amostra de medula fora tirada de uma jovem de 30 anos ainda viva. Estudava-se a veracidade do milagre no contexto do processo de canonização da primeira santa canadense, Maria Margarida d’Youville (1701-1771), fundadora das irmãs da Caridade, elevada à honra dos altares 14 anos depois.

O paradoxal do evento é que naqueles tempos em que os processos de canonização eram exigentes, a Igreja tendia a descartar o caso enquanto milagroso.

Santa Maria Margarida d'Youville
Existia a possibilidade de a cura ser atribuída à quimioterapia. Porém, “os especialistas em Roma aceitaram reconsiderar a decisão se uma testemunha ‘cega’ (sem saber do quê nem de quem se tratava) reexaminasse as amostras”, narrou a Dra. Jacalyn.

Ela lavrou um laudo sem saber para o quê. “Nunca tinha ouvido falar do processo de canonização e não podia saber que a decisão requeria tanta deliberação científica”, disse ela.

Pois a hematologista é ateia e não se interessava pela religião, nem pela do marido que é judeu.

Até que um dia ela foi convidada a testemunhar diante de um tribunal eclesiástico. Posteriormente, como seu laudo foi decisivo, convidaram-na para assistir à cerimônia na Praça de São Pedro.

“De início eu duvidei em ir, eu não queria ofender as religiosas, porque eu sou ateia e meu marido é judeu.

“Mas acabamos indo, vendo que elas estavam felizes de nos incluir na cerimônia.

“Tampouco podíamos renunciar ao privilegio de testemunhar o reconhecimento do primeiro santo de nosso país”.

Ela ganhou também um exemplar da Positio, documento decisivo de cada processo de canonização. E ali viu que estavam incluídos seus trabalhos e observações.

A ateia levou uma surpresa: “subitamente compreendi entusiasmada que meu trabalho médico estava nos arquivos vaticanos, e a historiadora que há em mim começou a querer saber de outros milagres incluídos em canonizações do passado”.

E foi assim que acabou estudando 1.400 milagres apresentados para a canonização de centenas de santos nos últimos quatro séculos.
Ela publicou um primeiro livro com suas conclusões: “Medical Miracles” [Milagres médicos].

Depois escreveu um segundo livro sobre dois santos mártires do século IV cuja devoção cresce notavelmente nos EUA e no Canadá: “Medical Saints. Cosmas and Damian in a Postmodern World” [Santos médicos: São Cosme e São Damião no mundo pós-moderno], publicado em 2013 pela Universidade de Oxford.

A Dra. Jacalyn ainda é ateia, mas escreveu: “os ateus honestos devem admitir que acontecem fatos cientificamente inexplicáveis” e “a hostilidade de certos jornalistas procede de seu próprio sistema de crenças: como para eles Deus não existe, logo não pode existir nada sobrenatural.

“Mas, se os doentes atribuem sua cura a Deus pela mediação dos santos, por que é que deve prevalecer outro sistema de crenças (o incrédulo) sobre o dos doentes? “

Essa pretensão revela o abismo, socialmente admitido, entre acreditar na ciência e maravilhar-se diante do inexplicável”.
E acrescentou: “Os milagres acontecem e com maior frequência do que acreditamos”.

O testemunho da Dra. Jacalyn, independente de suas convicções pessoais, é um tributo ao rigor da Igreja na hora de examinar as curas sobrenaturais.

Dos 1.400 milagres analisados, ela concluiu que “as doenças que acabam sendo curadas por milagres foram diferentes segundo a época, mas, em todas as ocasiões, tratava-se das que mais desafiavam a ciência médica”.