Prêmio Nobel reconhece
singularidade dos milagres de Lourdes: “há curas que não estão incluídas no
estado atual da ciência”.
Danila Castelli, italiana, esposa
e mãe de família, viajou à França em 1989 e foi curada naquele mesmo ano, muito
embora o milagre só tenha sido reconhecido por parte da Igreja em 2010. O
Escritório de Constatações Médicas do Santuário de Lourdes concluiu, após
várias análises, que "a senhora Castelli está curada, de maneira total e
duradoura, desde a sua peregrinação a Lourdes em 1989, há 21 anos, da enfermidade
que sofria, e isto sem ter relação alguma com as cirurgias ou os tratamentos"01.
Corpo milagrosamente incorrupto de Santa Bernadete |
No mesmo lugar, em 1858, a Virgem
Santíssima apareceu várias vezes à jovem – hoje santa – Bernadette Soubirous.
Uma fonte de água na gruta das aparições tem sido instrumento da ação
miraculosa de Deus até os dias de hoje. Embora mais de 7 mil curas "inexplicáveis"
já tenham sido registradas, pouco menos de 70 delas foram devidamente
reconhecidas pela Igreja – uma prova da prudência e da criteriosa investigação
com que as autoridades eclesiásticas examinam os fatos que lhes são passados.
Particularmente extraordinário
foi o milagre oficial n. 68 ocorrido em Lourdes. Em 2002, o peregrino Serge
François foi misteriosamente curado de uma paralisia na perna02.
Para agradecer, ele decidiu fazer o caminho de Santiago de Compostela a pé:
mais de 1.500 quilômetros em agradecimento à Virgem de Lourdes. Nada mal para
quem sofria com uma hérnia de disco.
Múltiplos são os relatos
miraculosos acontecidos em Lourdes. No entanto, desde os primeiros fatos
extraordinários que se passaram nesta pequena cidade francesa até os dias de
hoje, o que não faltam são pessoas dogmaticamente céticas, acoimando os
peregrinos e devotos de Nossa Senhora de "supersticiosos" e a Igreja,
que deu seu aval às aparições da Virgem, de "inimiga da ciência".
Luc Montagnier, prêmio Nobel em Medicina |
As palavras de uma grande
personalidade científica destes tempos, no entanto, testemunham a favor de
Nossa Senhora de Lourdes. "Quando um fenômeno é inexplicável, se realmente
existe, não há necessidade de negar nada" – é o parecer de Luc Montagnier,
prêmio Nobel em Medicina e descobridor do vírus HIV. "Nos milagres de Lourdes,
assegura, há algo inexplicável."
As declarações de Montagnier
foram recolhidas no livro Le Nobel et le Moine03 ["O Nobel e o Monge"], no
qual o cientista conduz um diálogo com Michel Niassaut, um monge cisterciense.
Em determinado momento da conversa, Montagnier reconhecer ter estudado vários
milagres acontecidos em Lourdes e, mesmo sendo agnóstico, crê "de verdade
que é algo inexplicável"."Reconheço que há curas
que não estão incluídas no estado atual da ciência", diz.
Alexis Carrel |
Luc Montagnier não é o primeiro
Nobel a dar crédito a Lourdes. O famoso biologista francês Alexis Carrel
(1873-1944), enviado em 1903 à cidade das aparições, a fim de desmascarar a
"farsa" dos milagres, acabou convertendo-se à Igreja, após presenciar
a cura de uma tuberculosa. A moribunda – que, segundo os diagnósticos da época,
sem dúvida morreria – saiu curada das piscinas. A conversão de Carrel, até
então naturalista e ateu, provocou um enorme rebuliço nos ambientes céticos do século
XX.
As posições claramente imparciais
de dois vencedores do prêmio Nobel derrubam o mito ateísta de que os milagres
não são possíveis. E lembram a grande eficácia que tem, junto a
Deus, a intercessão de Sua Mãe Santíssima.
Referências
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