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terça-feira, 24 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Quando eu rezo a Ave Maria
“Quem te ama, ó excelsa Maria, leia isto e
extasie-se:
Quando eu rezo a Ave Maria,
a corte celestial se regozija,
a Terra se perde em admiração,
eu esqueço o Mundo
e meu coração transborda do amor de DEUS.
Quando eu rezo a Ave Maria;
todos os temores se dissipam
e minhas paixões se apaziguam.
Se eu rezo a Ave Maria;
a devoção cresce dentro de mim
e desperta a contrição pelo pecado.
Quando eu rezo a Ave Maria,
a esperança fica forte em meu peito,
e o frescor da consolação
inunda minha alma mais e mais,
porque eu rezo a Ave Maria.
Meu espírito se regozija,
a tristeza vai embora
quando eu rezo a Ave Maria.
Porque a doçura desta suavíssima saudação é tão grande que não há termos
adequados para explicá-la devidamente e, depois de haver dito dela maravilhas,
todavia ainda a achamos tão cheia de mistério e tão imensa que sua profundidade
é impossível de ser compreendida. É curta em palavras, mas grande em mistérios.
É mais doce que o mel e mais preciosa que o ouro. Devemos tê-la frequentemente
no coração para meditá-la e na boca para rezá-la devotamente.”
Beato Alano de La Roche – citado na obra “O Segredo
do Rosário” de São Luís Maria Grignion de Montfort.
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Visto em: Vas Honorabile
Visto em: Vas Honorabile
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
O mundo sempre nos fará guerra
Assim que a tua devoção se for tornando conhecida no mundo,
maledicências e adulações te causarão sérias dificuldades de
praticá-la. Os libertinos tomarão a tua mudança por um artifício de hipocrisia
e dirão que alguma desilusão sofrida no mundo te levou por pirraça a recorrer a
Deus.
Os teus amigos, por sua vez, se apressarão a te dar avisos que supõem
ser caridosos e prudentes sobre a melancolia da devoção, sobre a
perda do teu bom nome no mundo, sobre o estado de tua saúde, sobre
a
necessidade de viver no mundo conformando-se aos outros e,
sobretudo, sobre os meios que temos para salvar-nos sem tantos mistérios.
Filoteia, tudo isso são loucas e vãs palavras do mundo e, na verdade,
essas pessoas não têm um cuidado verdadeiro de teus negócios e de tua
saúde: Se vós fôsseis do mundo, diz Nosso Senhor, amaria o mundo o que era seu;
mas, como não sois do mundo, por isso ele vos aborrece.
Veem-se homens e mulheres passarem noites inteiras no jogo; e haverá
uma ocupação mais triste e insípida do que esta? Entretanto, seus amigos se
calam; mas, se destinamos uma hora à meditação ou se nos levantamos mais
cedo, para nos prepararmos para a santa comunhão, mandam logo chamar o médico,
para que nos cure desta melancolia e tristeza. Podem-se passar trinta noites a
dançar, que ninguém se queixa; mas por levantar-se na noite
de Natal para a Missa do Galo, começa-se logo a tossir e a queixar de dor
de cabeça no dia seguinte.
Quem não vê que o mundo é um juiz iníquo, favorável
aos seus filhos, mas intransigente e severo para os filhos de Deus?
Só nos pervertendo com o mundo, poderíamos viver em paz com ele, e
impossível é contentar os seus caprichos – Veio João Batista, diz o divino
Salvador, o qual não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possesso do
demônio. Veio o Filho do Homem, come e bebe, e dizeis que é um samaritano.
São Francisco de Sales |
É verdade, Filoteia, se condescenderes com o mundo e jogares e
dançares, ele se escandalizará de ti; e, se não o fizeres, serás acusada de
hipocrisia e melancolia. Se te vestires bem, ele te levará isso a mal, e, se te
negligenciares, ele chamará isso baixeza de coração. A tua alegria terá ele por dissolução e
a tua mortificação por ânimo carrancudo; e, olhando-te sempre com
maus olhos, jamais lhe poderás agradar.
As nossas imperfeições ele considera pecados, os nossos
pecados veniais ele julga mortais, e malícias, as nossas enfermidades; de sorte
que, assim como a caridade, na expressão de S. Paulo, é benigna, o mundo é
maligno.
A caridade nunca pensa mal de ninguém e o mundo o pensa sempre de toda
sorte de pessoas; e, não podendo acusar as nossas ações, condena ao menos
nossas intenções. Enfim, tenham os carneiros chifres ou não, sejam pretos ou
brancos, o lobo sempre os há de tragar, se puder.
Procedamos como quisermos, o mundo sempre nos fará guerra. Se nos
demorarmos um pouco mais no confessionário, perguntará o que temos tanto que
dizer; e, se saímos depressa, comentará que não contamos tudo. Espreitará todas
as nossas ações e, por uma palavra um pouco menos branda, dirá que somos
insuportáveis. Chamará avareza o cuidado por nossos negócios, e idiotismo a
nossa mansidão. Mas, quanto aos filhos do século, sua cólera é
generosidade; sua avareza, sábia economia; e suas maneiras livres, honesto
passatempo. É bem verdade que as aranhas sempre estragam o trabalho das
abelhas!
Abandonemos este mundo cego, Filoteia; grite ele quanto quiser, como
uma coruja para inquietar os passarinhos do dia. Sejamos firmes em nossos
propósitos, invariáveis em nossas resoluções e a constância mostrará que a
nossa devoção é séria e sincera. Os cometas e os planetas parecem ter o
mesmo brilho; mas os cometas, que são corpos passageiros, desaparecem em breve,
ao passo que os planetas brilham continuamente. Do mesmo modo muito se parece a
hipocrisia com a virtude sólida e só se distingue porque aquela não tem
constância e se dissipa como a fumaça, ao passo que esta é firme e constante.
Demais, para assegurar os começos de nossa devoção, é muito bom sofrer
desprezos e censuras injustas por sua causa; deste modo nós nos premunimos
contra a vaidade e o orgulho, que são como as parteiras do Egito, às quais o
infernal Faraó mandou matar os filhos varões dos judeus no mesmo dia de seu
nascimento. Enfim, nós estamos crucificados para o mundo e o mundo deve
ser crucificado para nós. Ele nos toma por loucos; consideremo-lo como um
insensato.
(São Francisco de Sales, Filoteia – ou Introdução à Vida
Devota –, Ed. Vozes, 16ª edição, 2008, págs. 363 à 367).
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Amor excessivo de Jesus para com os homens
Nos praedicamus Chirstum crucifixum, Iudaeis
quidem scandalum, gentibus autem stultitiam — “Nos pregamos a Cristo
crucificado, que é de fato para os judeus escândalo e para os gentios loucura”
(I Cor. 1, 23).
Sumário . O mistério da Redenção é tão sublime, que os gentios o chamavam uma loucura. Julgavam impossível que um Deus onipotente e felicíssimo se tivesse feito homem e tivesse morrido numa cruz pela salvação dos homens. Como há, pois, cristão que sabem isso pela fé, e vêem um Deus tornado, por assim dizer, louco por amor dos homens, e todavia vivem sem O amar, e mesmo O ofendem e injuriam?... Se no passado nos unimos àqueles ingratos para ofender Jesus, peçamos-Lhe humildemente perdão.
I. São Paulo diz que os gentios, ouvindo-o pregar de Jesus crucificado por amor dos homens, olhavam isto como uma incrível loucura. E como, diziam eles, seria possível crer que um Deus todo-poderoso, que de ninguém tinha necessidade para ser o que é, infinitamente feliz, haja querido, para salvar os homens, fazer-se homem e morrer numa cruz? Seria isto a mesma coisa, diziam eles, que crer um Deus tornado louco por amor dos homens: para os gentios uma loucura. E por isto deixavam de crer.
Mas esta grande obra da Redenção, que os judeus criam e chamavam uma loucura, sabemos nós pela fé que Jesus a empreendeu e a completou. “Nós podemos ver”, diz São Lourenço Justiniani, “a Sabedoria eterna, o Filho unigênito de Deus, tornado, por assim dizer, louco pelo amor excessivo que tinha aos homens.” — O Bem aventurado Jacopone, que no mundo era tão distinto pelo seu saber, tendo-se feito franciscano, parecia enlouquecer pelo amor que consagrava a Jesus Cristo. Um dia apareceu-lhe Jesus e disse: “Jacopone, para que fazes estas loucuras?” — “Porque as faço?” respondeu ele, “porque Vós m´as haveis ensinado. Se eu sou louco, Vós fostes mais louco do que eu, por terdes querido morrer por mim: Stultus sum, quia stultior me fuisti.”
Da mesma sorte, Santa Maria Madalena de Pazzi, arrebatada em êxtase, exclamava: “Ó Deus de amor! Ó Deus de amor! É muito grande, meu Jesus, o amor que Vós tendes aos homens. Não sabeis, minhas queridas irmãs, que o meu Jesus não é senão amor? Ainda mais: louco de amor? Sim, louco de amor, digo que Vós o sois, ó meu Jesus, e sempre o direi.” Acrescentava que quando chamava a Jesus amor, queria ser ouvida pelo mundo inteiro, a fim de que o amor de Jesus fosse conhecido e amado de todos os homens.
II. Sim, meu doce Redentor, permiti que Vô-lo diga, a vossa terna Esposa tinha bem razão de Vos chamar louco de amor. Ou então não é uma loucura o haverdes querido morrer por mim, por um ingrato verme da terra, como eu sou, e de quem Vós conhecíeis antecipadamente os pecados e as perfídias? Se Vós, porém, meu Deus, Vos tendes como que tornado louco de amor por mim, como não me tornarei eu louco por vosso amor? Depois de Vos ter visto morrer por mim, como posso pensar em outra coisa senão em Vós? Como posso amar outro objeto senão a Vós! Ah, meu Senhor amabilíssimo, em que lei tão bárbara está escrito que um Deus ame tanto à sua criatura e que depois esta viva sem amar a seu Deus, e mesmo o ofenda e entristeça?
Mas para o futuro não será mais assim! Ó meu Bem soberano, arrependo-me dos ultrajes que Vos fiz, arrependo-me sobre todos os males e quisera morrer de dor. † Amo-Vos, Jesus, meu Deus, sobre todas as coisas; amo-Vos de todo o meu coração, prometo não amar d´aqui em diante senão a Vós, e pensar sempre no amor que me tendes testemunhado, morrendo por mim em tão grandes tormentos. Ó açoites, ó espinhos, ó cravos, ó cruz, ó chagas, ó dores, ó morte do meu Jesus, vós me constrangeis e me forçais a amar aquele que tanto me tem amado!
Ó Verbo incarnado, ó Deus amante! A minha alma está inflamada por Vós. Quisera amar-Vos a ponto de não achar outro prazer, senão em Vos agradar, ó meu dulcíssimo amor. Já que Vós desejais tão ardentemente o meu amor, protesto que não quero viver senão por Vós. Sim, quero fazer tudo o que desejardes de mim. Ah! Meu bom Jesus, ajudai-me: fazei que eu Vos agrade em tudo e sempre, no tempo e na eternidade. — Maria, minha Mãe, rogai a Jesus por mim, a fim de que Ele me dê o seu amor; porque não desejo nesta vida e na outra senão amar a Jesus. (I 547.)
Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano:
Tomo III - Sto. Afonso - págs. 311- 313.
Fonte:
domingo, 8 de dezembro de 2013
Um sermão sobre o Rosário recebido por São Domingos das próprias mãos de Nossa Senhora
Esta milagrosa instituição do Santo Rosário, que guarda certa semelhança
com a maneira pela qual Deus promulgou sua lei sobre o Monte Sinai, manifesta
evidentemente a excelência desta divina prática.
São Domingos, inspirado pelo Espírito Santo, pregou todo o resto de sua vida o Santo Rosário, com o exemplo e a palavra, nas cidades e nos campos, ante os grandes e os pequenos, ante sábios e ignorantes, ante católicos e hereges. O santo Rosário que ele rezava todos os dias, era sua preparação para pregar e sua ação de graças depois de ter pregado. Quando o Santo, no dia de São João Evangelista, na Catedral de Notre Dame de Paris, estava rezando o Santo Rosário numa capela, atrás do altar-mór, para preparar-se para a pregação, apareceu-lhe a Santíssima Virgem e lhe disse:
- "Domingos, ainda que o que tens preparado para a pregação seja bom, eis aqui, não obstante, um sermão muito melhor que Eu te trago". São Domingos recebe de Suas mãos o livro onde estava o sermão, o lê, o saboreia, o compreende, dá graças por ele à Santíssima Virgem.
Chega a hora do sermão, se afervora e depois de não ter dito em louvor de São João Evangelista outra coisa senão que havia merecido ser guardião da Rainha do Céu, disse a toda assistência de grandes e doutores que tinham ido ouvi-lo, e que estavam habituados a discursos floridos, que não lhes falaria com palavras da sabedoria humana, mas com a simplicidade e a força do Espírito Santo. E, efetivamente, lhes pregou o santo Rosário, explicando-lhes palavra por palavra, como a crianças, a saudação angélica, servindo-se de comparações muito simples que havia lido no papel que lhe dera a Santíssima Virgem.
O Bem-aventurado Alain afirma que seu Pai, São Domingos, lhe disse um dia em uma revelação:
- "Filho meu, tu pregas, mas para que não procures os louvores dos homens em vez da salvação das almas, escuta o que me aconteceu em Paris. Devia pregar na magnífica igreja dedicada à bem-Aventurada Maria e queria fazê-lo de um modo engenhoso, não por orgulho, mas pela influência e dignidade do auditório. Conforme meu costume, recitava o Rosário durante a hora que precedia meu sermão e tive um rapto. Vi a minha amada Senhora a Mãe de Deus, que, trazendo um livro me dizia: `Domingos por melhor que seja o sermão que decidiste pregar, trago-te aqui outro melhor'.
"Muito contente, peguei o livro, o li inteiro e, como Maria havia dito, compreendi bem que aquilo era o que convinha pregar. Agradeci a Ela de todo meu coração. Chegada a hora do sermão, tinha diante de mim a Universidade de Paris em massa e um grande número de Senhores. Eles viam e compreendiam os grandes sinais que pelo meu intermédio lhes fazia o Senhor. Subo ao púlpito. Era a festa de São João; porém de tal apóstolo me contentei apenas em dizer que mereceu ser escolhido para guardião da Rainha do Céu; assim falando depois ao meu auditório: `Senhores e mestres ilustres, estais acostumados a escutar sermões elegantes e sábios, porém eu não quero dirigir-vos as doutas palavras da sabedoria humana, mas mostrar-vos o Espírito de Deus e sua virtude'. E então diz Cartagena, segundo o Bem-aventurado Alain, "São Domingos explicou a saudação angélica por comparações e imagens familiares".
(O segredo admirável do Santíssimo
Rosário, São Luís Maria G. de Montfort, Versão autônoma, p. 4-5)
O segredo admirável do Santíssimo Rosário
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