Nosso Canal

quarta-feira, 29 de maio de 2013

É somente por meio da Igreja que podemos entrar em comunhão com Cristo e com Deus

PAPA FRANCISCO
AUDIÊNCIA GERAL
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 29 de Maio de 2013
     
Queridos irmãos e irmãs,


Quero falar-vos hoje da Igreja, família de Deus. A Igreja tem a sua raiz no desejo de Deus chamar todos os homens à comunhão consigo, no desígnio de fazer da humanidade a única família dos seus filhos. Na plenitude dos tempos, Deus mandou Seu Filho, Jesus Cristo, para nos comunicar a vida divina. Foi na Cruz, do lado aberto de Cristo de onde jorraram sangue e água, símbolos dos Sacramentos da Eucaristia e do Batismo, que a Igreja teve a sua origem; e foi no dia de Pentecostes, recebendo o dom do Espírito Santo, que Ela se manifestou ao mundo, anunciando o Evangelho e difundindo o amor de Deus. Portanto, não tem sentido dizer que se aceita Cristo e não a Igreja, pois é somente por meio da Igreja que podemos entrar em comunhão com Cristo e com Deus.
* * *
Aos peregrinos

Queridos peregrinos lusófonos do Estoril e de Lisboa, em Portugal, bem como do Brasil: sejam bem-vindos! Saúdo-vos como membros desta família que é a Igreja, pedindo-vos que renoveis o vosso compromisso para que as vossas comunidades sejam lugares sempre mais acolhedores, onde se faz experiência da misericórdia e do amor de Deus. Que o Senhor vos abençoe a todos!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O ministério de Exorcista segundo o padre Duarte Lara



O Padre Duarte Sousa Lara fala acerca dos exorcismos e do seu ministério de exorcista.

Mês de Maria - Nossa Senhora Auxiliadora


Esta invocação mariana encontra suas raízes no ano 1571, quando Selim I, imperador dos turcos, após conquistar várias ilhas do Mediterrâneo, lança seu olhar de cobiça sobre toda a Europa. O Papa Pio V, diante da inércia das nações cristãs, resolveu organizar uma poderosa esquadra para salvar os cristãos da escravidão muçulmana. Para tanto, invocou o auxílio da Virgem Maria para este combate católico.

A vitória aconteceu no dia 7 de outubro de 1571. Afastada a perseguição maometana, o Santo Padre demonstrou sua gratidão à Virgem acrescentando nas ladainhas loretanas a invocação: Auxiliadora dos Cristãos. 

No entanto, a festa de Nossa Senhora Auxiliadora só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII, a fim de perpetuar mais um fato que atesta a intercessão da Santa Mãe de Deus: Napoleão I, empenhado em dominar os estados pontifícios, foi excomungado pelo Sumo Pontífice. Em resposta, o imperador francês sequestrou o Vigário de Cristo, levando-o para a França. Movido por ardente fé na vitória, o Papa recorreu à intercessão de Maria Santíssima, prometendo coroar solenemente a imagem de Nossa Senhora de Savona logo que fosse liberto.

O Santo Padre ficou cativo por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Uma vez fracassado, Napoleão cedeu à opinião pública e libertou o Papa, que voltou a Savona para cumprir sua promessa. No dia 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma, recuperando seu poder pastoral. Os bens eclesiásticos foram restituídos. Napoleão viu-se obrigado a assinar a abdicação no mesmo palácio onde aprisionara o velho pontífice.

Para marcar seu agradecimento à Santa Mãe de Deus, o Papa Pio VII criou a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma.
São Pio V

O grande apóstolo da juventude, Dom Bosco, adotou esta invocação para sua Congregação Salesiana porque ele viveu numa época de luta entre o poder civil e o eclesiástico. A fundação de sua família religiosa, que difunde pelo mundo o amor a Nossa Senhora Auxiliadora, deu-se sob o ministério do Conde Cavour, no auge dos ódios políticos e religiosos que culminaram na queda de Roma e destruição do poder temporal da Igreja. Nossa Senhora foi colocada à frente da obra educacional de Dom Bosco para defendê-la em todas as dificuldades. 

No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, São João Bosco iniciou a construção, em Turim, de um santuário, que foi dedicado a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos.

A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com sua mãe Margarida, a confiar inteiramente em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título Auxiliadora dos Cristãos. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi "Ela (Maria) quem tudo fez", quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.

Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a "Virgem de Dom Bosco".

Escreveu Dom Bosco: "A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso". 

Oração a Nossa Senhora Auxiliadora, Protetora do Lar

   Santíssima Virgem Maria a quem Deus constituiu Auxiliadora dos Cristãos, nós vos escolhemos como Senhora e Protetora desta casa. Dignai-vos mostrar aqui Vosso auxílio poderoso.

Preservai esta casa de todo perigo: do incêndio, da inundação, do raio, das tempestades, dos ladrões, dos malfeitores, da guerra e de todas as outras calamidades que conheceis.
Abençoai, protegei, defendei, guardai como coisa vossa as pessoas que vivem nesta casa.
Sobretudo concedei-lhes a graça mais importante, a de viverem sempre na amizade de Deus, evitando o pecado.

Dai-lhes a fé que tivestes na Palavra de Deus, e o amor que nutristes para com Vosso Filho Jesus e para com todos aqueles pelos quais Ele morreu na cruz.

Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por todos que moram nesta casa que Vos foi consagrada

Amém.

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Rosário


Quem não tem Maria por Mãe, não tem Deus por Pai.
(São Luís Maria Grignion de Montfort)

A devoção à Santa Virgem é necessária a todos os homens para conseguirem a salvação. (Capitulo I. Artigo. II 59 Tratado da verdadeira devoção a Santíssima Virgem) 
 
Nesses últimos tempos, Maria deve brilhar como jamais brilhou, em misericórdia, em força e graça. Em misericórdia para reconduzir e receber amorosamente os pobres pecadores e desviados que se converterão e voltarão ao seio da Igreja católica; em força contra os inimigos de Deus, os idólatras, cismáticos, maometanos e ímpios empedernidos, que se revoltarão terrivelmente para seduzir e fazer cair, com promessas e ameaças, todos os que lhes forem contrários. Deve, enfim, resplandecer em graça, para animar e sustentar os valentes soldados e fiéis de Jesus Cristo que pugnarão por seus interesses. (Capitulo I. Artigo. II 50,6 Tratado da verdadeira devoção a Santíssima Virgem). 

Sabemos, enfim, que serão verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, andando nas pegadas da pobreza e humildade, do desprezo do mundo e caridade, ensinado o caminho estreito de Deus na pura verdade, conforme o santo Evangelho, e não pelas máximas do mundo, sem se preocupar nem fazer acepção de pessoa alguma, sem poupar, escutar ou temer nenhum mortal, por poderoso que seja. 

Terá na boca a espada de dois gumes da palavra de Deus; em seus ombros ostentarão o estandarte ensanguentado da cruz, na mão direita, o crucifixo, na mão esquerda o Rosário, no coração os nomes Sagrados de Jesus e de Maria, e, em toda a sua conduta, a modéstia e a mortificação de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Capitulo I .Artigo. II,59 Tratado da verdadeira devoção a Santíssima Virgem) 

São Luís Maria Grignion de Montfort
Esta frase é repetida em por Nossa Senhora de Fátima para a irmã Lúcia que o Rosário e a devoção ao Seu Imaculado Coração seriam a última tábua de Salvação dada por Deus para as almas. Quando se fala última não teremos outra aqui, por isto a importância e excelência deste sacramental, pois, em qualquer lugar, pode-se rezar o Rosário e ter devoção ao Imaculado Coração de Maria, nosso último refúgio. Também Nossa Senhora sabia que muitos estariam privados da Missa Tradicional. 

O Rosário e o Imaculado Coração de Maria são sacramentais por excelência por isto é a última tábua de Salvação.

As quinze promessas de Nossa Senhora aos cristãos que recitam o Rosário:
1. Quem Me servir fielmente através da recitação do Rosário receberá sinais de graça divina. 

2. Prometo a Minha proteção especial e as graças maiores àqueles que recitarem o Rosário. 

3. O Rosário será uma arma poderosa contra o inferno, destruirá o vício, diminuirá o pecado, e derrotará a heresia. 

4. Causará que a virtude e os bons trabalhos floresçam; obterá a mercê abundante de Deus para as almas; retirará os corações do homem do amor ao mundo e às suas vaidades para erguê-los ao desejo de coisas mais eternas. Oxalá que as almas se santifiquem assim. 

5. A alma que se encomenda a Mim através da recitação do Rosário não perecerá. 

6. Quem recitar devotamente o Rosário, aplicando-se à consideração de seus mistérios sagrados, nunca será conquistado pelo infortúnio. Deus não o repreenderá em sua justiça, e não perecerá por uma morte desprovida; se for justo permanecerá na graça de Deus e tornar-se-á digno da vida eterna.
7. Quem tiver devoção verdadeira ao Rosário não morrerá sem os sacramentos da Igreja. 

8. Aqueles que são fiéis em recitar o Rosário terão na sua vida e na sua morte a luz de Deus e a plenitude de Sua graça divina. 

9. Livrarei do purgatório aquele que foram devotos ao Rosário. 

10. As crianças fiéis ao Rosário serão dignas de um alto nível de glória no Céu. 

11. Tereis tudo o que pedires de Mim com a recitação do Rosário. 

12. Todos os que propagarem o sagrado Rosário serão ajudados por Mim nas suas necessidades. 

13. Consegui do Meu Filho Divino que todos os defensores do Rosário terão por intercessores toda a corte celestial durante a sua vida e na hora da morte. 

14. Todos os que recitam o Rosário são Meus filhos, e irmãos do Meu único filho Jesus Cristo. 

15. A devoção ao Rosário é um grande sinal de predestinação. 

Em 1970, após uma campanha em Portugal liderada por teólogos progressistas contra o Rosário, a Irmã Lúcia escreveu a uma amiga, a Madre Maria José Martins, as linhas seguintes: 

"Enquanto ao que me diz sobre a recitação do Rosário, é uma grande pena! Porque as orações do Rosário e do Terço são, depois da Sagrada Liturgia da Eucaristia, o que nos une mais a Deus devido à riqueza das orações que o compõem. Todas vindas do Céu, dirigidas pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Glória que recitamos com todos os mistérios foi ditada pelo Pai aos anjos quando Ele os enviou a cantar perto da sua palavra que acabava de nascer, e é um hino à Santíssima Trindade. O 'Pai Nosso' foi-nos ditado pelo Filho, e é uma oração dirigida ao Pai. A 'Ave Maria' na sua totalidade está impregnada de um significado de Trindade e eucarístico: as primeiras palavras foram ditadas pelo Pai ao Anjo quando o enviou a anunciar o mistério da encarnação da Palavra: "Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco." Estais cheia de graça porque em Vós reside a Fonte dessa mesma graça. É através de Vossa união à Santíssima Trindade que estais cheia de graça. Comovida pelo Espírito Santo, Santa Isabel disse: "Bendita sois Vós entre as mulheres, e sagrado é o fruto de Vosso ventre, Jesus. Se sois bendita, é porque Jesus, o fruto de Vosso ventre, é sagrado. Comovida pelo Espírito Santo, a Igreja também acrescentou: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte”. 

Pe. Lombardi, SJ: Papa não realizou exorcismo.


Por Rádio Vaticano | Tradução: Fratres in Unum.com –  A decisão do Papa Francisco de impôr suas mãos na cabeça de uma criança enferma e rezar por ela no Domingo de Pentecostes gerou especulações de que ele poderia ter realizado um exorcismo

. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, pe. Federico Lombardi, SJ, esclareceu nesta terça-feira que o Santo Padre não realizou um exorcismo na ocasião. “O Santo Padre não pretendia realizar qualquer exorcismo”, disse pe. Lombardi. “Antes”, explicou, “como ele frequentemente faz com os doentes e sofredores que estão em seu caminho, ele pretendia simplesmente rezar por uma pessoa que sofre e que fora trazida diante dele”. Exorcismo é, em senso estrito, a “expulsão” de maus espíritos. O poder de exorcizar foi conferido por Jesus aos apóstolos, e entende-se que este poder passa aos bispos que são sucessores dos apóstolos e a seus padres colaboradores. Dito isso, a Igreja tem — por muitos séculos, acrescente-se — um ritual muito preciso de exorcismo: não há um reavivamento teatral de estilo evangélico, mas atenção cuidadosa e mesmo metódica e fiel seguimento das orações, gestos e uso de sacramentais prescritos, como a água benta e o crucifixo. O Pe. Bernd Hagenkord, SJ, esclarece:

CRA: Quem pode realizar exorcismos?

BHSJ: Embora todo sacerdote possa realizar exorcismos — de fato, há um exorcismo que é parte do Rito do Batismo, então os padres podem realizar exorcismos regularmente — a lei da Igreja requer que toda diocese tenha ao menos um exorcista especialmente formado, que saiba distinguir os sinais de possessão demoníaca das doenças mentais ou psíquicas. De fato, mesmo hoje, quando algumas vozes afirmam que a possessão demoníaca está numa crescente, o exorcismo permanece muito, muito raro. A vasta maioria dos casos investigados se revelam casos de doenças mentais.

CRA: Então, há um ritual prescrito: o exorcismo é um sacramento?

BHSJ: Não, o exorcismo indubitavelmente não é um sacramento.

CRA: E quanto ao gesto do Papa no domingo?

BHSJ: Bem, eu não estava lá, mas posso dizer que a “imposição de mãos” é uma prática antiquíssima. Ela remonta ao Antigo Testamento, onde podia significar a eleição de um herdeiro — pense em Isaac abençoando Jacó, ou ordenação — como quando Moisés ordenou Josué. Na tradição Cristã, ela permanece sendo um ato de benção, e é parte dos ritos de ordenação sacerdotal e episcopal. Ela tem o sentido de um ato de cura — espiritual, fundamentalmente, mas também de cura do corpo (há precedentes de milagres). Novamente, todavia, é algo comumente feito por um padre ou bispo — e “silenciosamente”, se preferir — sem espetáculo. O gesto em si também pode ser usado por pais ao abençoar seus filhos. – Pe. Bernd Hagenkord, SJ, é chefe da sessão alemã da Rádio Vaticano. Ele falou com Chris Altieri, da Rádio Vaticano.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Nossa Senhora do Brasil


Nossa Senhora do Brasil é uma imagem atribuída a Maria, mãe de Jesus, cujo nome original é Nossa Senhora dos Divinos Corações. No Brasil, passou a ser venerada como padroeira primeiramente em Pernambuco, tendo seu culto sido posteriormente disseminado pelo resto do país.


A imagem de Nossa Senhora do Brasil já existia em 1725 com o nome de Nossa Senhora dos Divinos Corações. Neste ano, ela foi escolhida para padroeira da prefeitura apostólica dos missionários capuchinhos em Pernambuco, tendo seu altar na igreja de Nossa Senhora da Penha, em Recife.

Existem registros de que já em 1710 a imagem era conhecida e venerada por índios em Pernambuco. A imagem teria ficado em uma das aldeias indígenas até o ataque dos calvinistas e outros protestantes em torno de 1630, quando desapareceu por um período, até ser descoberta pelos capuchinhos italianos em 1710, e por eles entronizada em 1725.

Em 1828, por causa das profanações de templos, Frei Joaquim de Afrágola, capuchinho e fervoso devoto da milagrosa imagem, remeteu-a secretamente para o convento de sua origem em Nápoles, Itália, onde foi recebida com grandes honras. Lá a imagem recebeu a nome de "Madonna del Brasile" e foi colocada na igreja de Santo Efrém, no mencionado convento, onde tornou-se famosa por inúmeros milagres de caráter público – como a cessação de uma epidemia de "cholera morbus", a preservação de suas vestes em meio a um incêndio que destruiu a igreja e numerosas curas.

A imagem foi redescoberta pelos brasileiros somente em 1924, quando o Bispo Dom Frederico Benício de Souza Costa, ouvindo falar dela em Nápoles, quis conhecê-la.

Desde então, várias tentativas foram feitas para trazer a imagem original de volta ao Brasil, sem sucesso. O nome de seu autor provavelmente nunca será conhecido, mas a crença não comprovada atribui aos primeiros jesuítas à origem da escultura. Também se admite que a inspiração tenha sido ditada pelo Beato Padre José de Anchieta, durante sua visita a Pernambuco.

Esculpida em madeira, a imagem representa uma Virgem de feições nitidamente indígenas, muito formosa, tendo ao colo um Menino mestiço, ostentando cada um, ao peito, um coração.

Quando foi criada a Paróquia do Jardim América em 1940, por Dom José Gaspar de Affonseca e Silva, segundo Arcebispo de São Paulo, foi instituído que a padroeira seria Nossa Senhora do Brasil.

A imagem original de Nossa Senhora do Brasil, conhecida como Madonna dei Sacri Cuori é venerada na Paróquia dos Santos Efebo e Fortunato na cidade de Nápoles, localizada na Piazza Sant Efremo Vecchio.

Poucos países têm o privilégio de terem seu nome ligado ao de Nossa Senhora, como Nossa Senhora da Áustria, de Luxemburgo, do Líbano e do Brasil.

A denominação de Nossa Senhora do Brasil surgiu informalmente entre o povo napolitano, conhecido por sua devoção mariana, na época em que a imagem esteve na cidade de Nápoles. Foi o povo napolitano que começou a invocar “Madonna del Brasile”. E isso ocorreu na primeira metade do século XIX, quando não havia se estabelecido ainda uma relação mais estreita entre Brasil e Itália, pois a grande imigração proveniente da região ainda não tinha começado.

O culto a Nossa Senhora do Brasil ainda não se tornou muito conhecido no território nacional. Apesar disso, Ela é venerada nas cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Americana e São José do Rio Preto, onde existem paróquias a ela dedicadas.


Oração a Nossa Senhora do Brasil
Pai de bondade, nesta hora importante, confiantes fazemos esta prece por nossa Terra.
Aflige-nos a miséria material e espiritual de milhões de irmãos.
Angustia-nos ver suas justas aspirações inatendidas.
Entristece-nos a falta de grandeza ética e religiosidade, na vida particular e no procedimento público.
Pedimos, pois, vossa graça, para que governantes e governados unam suas forças em busca do bem comum.
Renovai os corações para que surjam mulheres e homens novos, capazes de construir uma grande sociedade cristã, enraizada no trabalho, na justiça e na austeridade.
Isso vos pedimos pelos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, aqui invocados sob o título de Nossa Senhora do Brasil, vossa e nossa Mãe querida, Amém.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

O perigo vermelho feito de ódio


Com esta musica queremos fazer uma homenagem aos nossos amigos e leitores assíduos do Rio Grande do Sul. Este povo de fé, trabalhador e tão fiel as suas muitas tradições. Que Deus abençoe o Rio Grande do Sul.


Musica Gaúcha Anti-Socialista 
Letra, música, voz e violões: José Fighera Salgado.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Nossa Senhora de Coromoto


No ano de 1652, Nossa Senhora de Coromoto apareceu aos índios do mesmo nome. Foi declarada Padroeira da Venezuela pelo Episcopado venezuelano no dia primeiro de maio de 1942. O papa Pio XII a declarou "Celeste e Principal Padroeira de toda a República da Venezuela" no dia 7 de outubro de 1944. O Santuário Nacional está construído no local da aparição, perto da cidade de Guanaguanare. O Papa João Paulo II, em fevereiro de 1996, abençoou pessoalmente este Santuário.

Entre os índios que habitavam a região de Guanaguanare, havia um grupo conhecido como "Coromotos". Quando chegaram os colonizadores espanhóis, os Coromotos se embrenharam na selva, montanhas e vales situados a noroeste da cidade de Guanare, nas fontes e margens dos rios Tucupido e Anos.

Os Coromotos moraram muito tempo nesses lugares distantes e sua memória foi sendo perdida, até que chegou o momento de sua conversão, graças a poderosa mediação da Santíssima Virgem.

Um espanhol honrado e bom cristão, chamado Juan Sánchez, possuía as férteis terras de Soropo, situadas a quatro ou cinco léguas de Ganare. A ele se uniram para trabalhar a terra e tratar do gado dois colonizadores: Juan Sibrián e Bartolomé ánchez.

Descansando de uma longa viagem em certo dia, do ano de 1651, o Cacique dos Coromotos, acompanhado de sua mulher e filhos, eis que lhes aparece uma formosíssima Senhora de incomparável beleza, que trazia em seus braços um preciosíssimo Menino, caminhando sobre as cristalinas águas da corrente. Maravilhados, contemplam a majestosa Dama; esta lhes sorri amorosamente e fala ao Cacique em sua própria língua, dizendo-lhe que ali fora procurar água para colocar sobre a cabeça e assim poder subir aos céus.

Estas palavras foram ditas com tal unção e força que comoveram o coração do Cacique. Ele se dispôs a cumprir os desejos de tão encantadora Senhora...

No mês de novembro do citado ano, Juan Sánchez passava perto daquela região seguindo a estrada denominada "Cauro", quando ia em viagem para El Tocuyo. A certa altura, encontra o chefe dos Coromotos, que lhe conta que uma belíssima Mulher, com uma criancinha formosa havia-lhe aparecido pedindo-lhe que fosse ao local onde moravam os brancos para buscar água para molhar sua cabeça, antes de ir para o céu. E acrescentou o Cacique que tanto ele como todos os de sua tribo estavam dispostos a atender os desejos de tão excelsa senhora. Juan Sánchez, gratamente surpreendido pelo relato do índio, disse-lhe que estava indo de viagem para um povoado chamado El Tocuyo. A oito dias estaria de volta. Quando retornou, Juan Sánchez juntou-se aos Coromotos. Toda tribo partiu com o espanhol.

Seguindo as indicações de Juan Sánchez, a caravana se deteve no ângulo formado pela confluência dos rios Tucupido e Guanaguanare, num lugar que foi chamado de Coromoto. Juan Sánchez foi imediatamente à vila do Espírito Santo de Guanaguanare e avisou as autoridades sobre o ocorrido.

Os alcaides Dom Baltazar Rivero De Losada e Dom Salvador Serrada Centeno, que governavam a Vila, dispuseram que os índios permanecessem em Coromoto e ofereceram-lhes Juan Sánchez para demarcar terras para seus trabalhos e para doutriná-los nos rudimentos da religião cristã. O abnegado espanhol cumpriu sua missão cuidadosamente, fazendo de tudo para tornar feliz a permanência dos índios naquela região.

Os indígenas construíram seus ranchos, receberam as terras e, contentes, ouviam as explicações doutrinárias que lhes dava o espanhol, ajudado por sua esposa e os outros dois companheiros. Este trabalho apostólico foi sendo coroado de êxito. Pouco a pouco os índios iam sendo batizados.

O Cacique, a princípio, assistia com gosto às instruções, mas começou a se desgostar e a sentir falta de seus bosques. Não mais frequentou as reuniões promovidas por Juan, não quis mais aprender a doutrina cristã e se recusou a ser batizado.

No dia 8 de setembro de 1652, Juan Sánchez convidou os índios que trabalhavam em Soropo para assistirem a alguns atos religiosos que haviam sido preparados. O Cacique Coromoto recusou este convite. Ainda assim, seus companheiros honraram com humildes preces a Virgem. Isso deixou o Cacique enraivecido que fugiu para Coromoto.

A cabana do Cacique era a maior entre todas as choças indígenas, mas era pequena e pobre em comparação às casas dos espanhóis. Naquela noite se encontrava na cabana uma irmã do Cacique, chamada Isabel e seu filho, de doze anos e outras duas índias. O Cacique Coromoto chegou muito triste e calado. Imediatamente deitou-se na esteira.

Vendo o seu estado, ninguém lhe dirigiu a palavra. Passou-se um longo tempo de silêncio. O Cacique tentava dormir, mas dentro de sua memória não saía aquela Senhora. Ouvia sua doce, contudo, outros pensamentos turvavam seu triste e melancólico caráter: seu orgulho humilhado pela obediência e sua desenfreada liberdade, clamava por uma completa emancipação; certa raiva interna e inexplicável lhe pintava o batismo e a vida dos branco como insuportáveis.

Em poucos minutos, a Virgem Santíssima apareceu na cabana do Cacique, em meio a invisíveis legiões de anjos que formavam seu cortejo. Dela saíam raios de luz que inundaram a choça.
 
Segundo o testemunho da índia Isabel a luz era tão potente que parecia a luz do sol ao meio-dia. Mas não cansava a visão daqueles que a contemplavam tão grande maravilha.

O Cacique reconheceu a mesma bela mulher que, meses antes, contemplara sobre as águas. O índio pensava, provavelmente, que a Senhora viera reprovar seu comportamento. Passados alguns segundos, o Cacique rompeu o silêncio e dirigindo-se à Senhora disse enfurecido: Até quando irás me perseguir?" Estas palavras impensadas e desrespeitosas mortificaram a esposa do Cacique, que o consolou: "Não fales assim com a bela mulher. Não tenhas tanto mal em teu coração". O Cacique, encolerizou-se e não pôde mais suportar a presença da Divina Senhora que permanecia à porta dirigindo-lhe um olhar tão terno e carinhoso, capaz de comover o coração mais duro. Desesperado, o Cacique saca de um arco com uma flecha e chegando ao auge de sua loucura ameaça matá-la. Nesse instante, a Excelsa Senhora entra na choça, sorridente e serena, aproxima-se dele que lança o arco contra o chão. O Cacique tenta abraçar a Senhora que desaparece, deixando a cabana iluminada apenas pela luz do fogão.

Fora de si e mudo de terror, ele ficou alguns minutos imóvel, com os braços estendidos e entrelaçados, na mesma posição em que estavam quando tentara agarrar a Virgem. Ele tinha uma mão aberta e a outra fechada, que apertava o máximo. Ele sentia que a bela mulher a havia fechado.

Cheio de temor, o índio disse à sua mulher: "Aqui a tenho!". As mulheres disseram em coro: "Mostre-nos". O Cacique abriu a sua mão e os quatro indígenas reconheceram ser aquela uma imagem e acreditaram que era a "Bela Mulher". Quando o índio abriu a mão, a pequena imagem lançou raios luminosos que causaram grande esplendor. O Cacique começou a suar frio. Com a mesma fúria de antes, envolve a milagrosa imagem em uma folha e a esconde no teto de palha de sua casa dizendo: "Aí tu te queimarás, para que me deixes".

O indiozinho, que interiormente desaprovava a torpe conduta do tio, prestou bem atenção no esconderijo da imagem e resolveu avisar Juan Sánchez sobre o que ocorrera. Escapou da casa por volta da meia-noite em direção a Soropo, enfrentando com coragem todos os riscos. Ao chegar, todos dormiam. Ele sentou-se à beira da porta e esperou o amanhecer.

A esposa de Juan Sánchez, ao abrir a porta de sua casa na madrugada do domingo, surpreendeu-se ao ver o menino. Ele contou-lhe tudo que havia acontecido. A mulher chamou o marido. Juan sorriu e não deu crédito ao relato do indiozinho, que repetiu sua história veementemente: "Podem ir a Coromoto agora mesmo e vocês irão comprovar o que digo".

Bartolomé Sánchez, Juan Sibrián, Juan Sánchez e o indiozinho se puseram sem demora a caminho de Coromoto. Quando chegaram perto do povoado os três espanhóis se esconderam a três quadras da casa. O menino se encarregou de ir à choça do tio apanhar a imagem. Felizmente, o Cacique e as duas mulheres estavam fora da casa. Sem que ninguém o visse, o menino entrou na casa. Com o coração em júbilo pegou a imagem e a levou para Juan que, ao recebê-la, sentiu profunda emoção. Na imagem reconhecera a efígie de Maria Santíssima, a Mãe de Deus. Com muito respeito a colocou em um relicário de prata que costumava carregar.

Retornando à sua casa em Soropo, Juan Sánchez colocou a pequena imagem, que já começava a ser chamada de Nossa Senhora de Coromoto, em um altarzinho, alumiando-a com uma vela de cera escura. Esta humilde luminária ardeu dia e noite, sem consumir-se desde as doze horas da noite de domingo até à tarde de terça-feira. Este fato foi declarado milagroso, pois o pedaço de vela deveria arder, no máximo, uma meia hora.

Terça-feira, à tarde, Juan Sánchez foi à Vila de Guanaguanare (Guanare) onde revelou ao Padre Dom Diego Lozano, tudo quanto sabia sobre a imagem. Mas este não lhe deu crédito, dizendo que aquela estampa deveria ser obra de algum viajante. Juan Sánchez, sem se lastimar por isso, regressou feliz a Soropo, pois comprara o necessário para manter uma lamparina acesa diante da imagem, que ficou em sua casa até primeiro de fevereiro de 164, isto é, um ano e quatro meses.

No dia 9 de setembro, domingo, o Cacique resolveu ir aos montes com alguns índios. Mal entrou no bosque foi mordido por uma cobra. Vendo-se mortalmente ferido e reconhecendo no acontecimento um castigo do céu pela sua péssima conduta com relação à Senhora, começou a se arrepender, pedindo em altos gritos que lhe administrassem o Batismo.

A casa de Juan Sánchez se transformou num pequeno santuário. Para aí acorreu toda a população de Guanare atraída pelos milagres, graças e favores que eram alcançados por intercessão de Nossa Senhora de Coromoto.

No dia primero de fevereiro de 1654 a imagem foi trasladada solenemente para a igreja de Guanare por ordem do pároco Diego de Lozano. A devoção popular foi crescendo espantosamente até a coroação pontifícia em 1952.

A força histórica do fato coromotano repousa principalmente no testemunho do povo. Uma tradição jamais interrompida. Na década dos anos 20, houve um evidente ressurgir do movimento coromotano, mas não se pode dizer que tenha sido o ressurgir de algo morto, pois desde sua aparição até os nossos dias, o povo da Venezuela jamais deixou de peregrinar a Guanare para honrar sua padroeira.

Atualmente pode-se afirmar que não existe um só templo católico venezuelano que não possua uma imagem de Nossa Senhora de Coromoto, sempre amada e homenageada pelos fiéis.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A pobreza como ideologia.


Cidade do Vaticano (RV) – Precisamos de um “coração grande”, que seja capaz de amar: palavras do Papa Francisco na homilia da missa pronunciada esta manhã na Capela da Casa Santa Marta.

Da Missa, concelebrada pelo Arcebispo de Medellín, Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, participaram funcionários dos Museus Vaticanos e alunos do Pontifício Colégio Português.

O Papa advertiu para a atitude de egoísmo que, como acontece com Judas, leva ao isolamento da própria consciência e, por fim, à traição.

Pensemos naquele momento quando Madalena lava os pés de Jesus com o nardo, tão caro: é um momento religioso, um momento de gratidão, um momento de amor. E ele se afasta e critica amargamente: ‘Mas … isso poderia ser usado para os pobres!’. Esta é a primeira referência que eu encontrei no Evangelho da pobreza como ideologia. O ideólogo não sabe o que é o amor, porque não sabe doar-se”.
 
Quem ama, acrescentou, “dá a vida como dom”; o egoísta, ao invés, “cuida da sua vida, cresce neste egoísmo e se torna um traidor, mas sempre só”. Quem, ao invés, “dá a vida por amor, jamais está só: está sempre em comunidade, em família”. Quem “isola a sua consciência no egoísmo”, no final “a perde”. Foi o que aconteceu com Judas, disse o Papa, que “era um idolatra, afeiçoado ao dinheiro”:

“E essa idolatria o levou a isolar-se da comunidade: este é o drama. Quando um cristão começa a isolar-se, também isola a sua consciência do sentido comunitário, do sentido da Igreja, daquele amor que Jesus nos dá. Ao invés, o cristão que doa a sua vida, que a perde, como Jesus diz, a encontra, reencontra-a plenamente. João nos diz que “Satanás entrou no coração de Judas’. E Satanás sempre nos engana: sempre!”

Jesus, pelo contrário, ama sempre e sempre se doa. E este seu dom de amor, disse o Papa, nos leva a amar “para dar fruto. E o fruto permanece”. O Pontífice concluiu sua homilia com uma invocação ao Espírito Santo:

“Nesses dias em que aguardamos a festa do Espírito Santo, peçamos: Vem, Espírito Santo, vem e dê-me este coração grande, este coração que seja capaz de amar com humildade. E que nos liberte sempre do outro caminho, do caminho do egoísmo, que não tem bom fim. Peçamos esta graça”.

A História de Nossa Senhora de Fátima por Frei Wilson, CCdB


Toda a vastíssima devoção a Virgem Maria Mãe de Jesus sob o título de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, iniciou no ano de 1917 numa pequena aldeia do interior de Portugal, a cerca de 120km da capital Lisboa, chamada Aljustrel. Ali morava uma simples família de Camponeses, uma família tradicional portuguesa de raízes firmes no catolicismo, desde cedo educavam os filhos na fé que professavam, ensinando-os, no seio da família, as orações próprias do Cristão e o cultivo da espiritualidade. Essa simplicidade de vida, dedicada ao trabalho no campo e o diálogo sincero com Deus, com a qual estas três puras crianças viviam, foram favoráveis aos olhos de Deus. Iniciando assim uma história de amor entre o Céu e a Terra que perdura até os nossos dias.

Os principais protagonistas dessa história real foram as três crianças: Francisco Marto, que na altura tinha 9 anos de idade; Jacinta Marto, que tinha 7 anos de Idade e Lúcia de Jesus com 10 anos de idade.

O primeiro sinal vindo do céu, revelado mais tarde por Lúcia, a vidente mais velha dos três, deu-se em 1916, por 3 vezes, antes das Aparições de Nossa Senhora, apareceu-lhes um anjo; duas vezes num local chamado “Loca do Cabeço” e uma vez no poço próximo a casa de Lúcia, o qual apresentou-se como Anjo de Portugal ou anjo da Paz. Em uma das aparições na Loca do Cabeço o anjo trazia nas mãos o Cálice com o Sangue de Cristo e a Hóstia consagrada que flutuaram enquanto os pastorinhos e o anjo rezavam prostrado com o rosto por terra. Nestas 3 aparições o anjo ensinou lhes as seguintes orações: “Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam".

"Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.
 Fr. Wilson, CCdB

No ano seguinte, em 13 de maio de 1917, iniciou-se o diálogo entre Céu e Terra por intermédio da Virgem Maria Mãe de Jesus. Enquanto cuidavam de um pequeno rebanho de ovelhas num local chamado “Cova da Iria”, por volta do meio dia, após rezarem o terço, como costumavam fazer, os três pequenos pastores viram um grande reflexo no céu, pensando que era relâmpagos se apressaram para voltar para casa, mas eis que aquela luz se intensificou e,  de repente, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco. Nessa primeira aparição a Senhora vestida de branco lhes disse que vinha do Céu e pediu aos três pastorinhos que voltassem aquele local nos dias 13 de cada mês e que rezassem o terço todos os dias para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra. Foi também nessa aparição que Lúcia perguntou sobre duas amigas que tinham morrido, se elas estavam no Céu e Nossa Senhora lhe respondeu dizendo que uma estava já no Céu e a outra ficaria no purgatório até o fim do mundo.

 2ª aparição deu-se no dia 13 junho deste mesmo ano, neste dia, após rezarem o terço (vemos aqui o valor desta oração, ela atrai Nossa Senhora aos que rezam) Nossa Senhora apareceu da mesma forma que no mês anterior. Neste segundo encontro Lúcia pede para serem levados para o Céu e Nossa Senhora lhe responde que em breve levará Francisco e Jacinta e somente mais tarde a levará. Entristecida Lúcia interroga: fico aqui sozinha?  E Nossa Senhora lhe responde: Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.

3ª aparição Nossa Senhora concedeu aos pequenos pastores a terrível visão do inferno e lhes disse: é para onde vão as almas dos pobres pecadores, para salvá-las, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Neste mesmo dia Nossa Senhora advertiu para que rezassem pela Rússia e pela paz no mundo.

4ª aparição deu-se noutro lugar, ali próximo, chamado Valinhos no dia 13 de Agosto deste mesmo ano. Aparecendo em cima de uma árvore chamada carrasqueira (diferente da azinheira da Cova da Iria), Nossa Senhora pediu que continuassem a rezar o terço e a frequentar a Cova da Iria todos os dias 13, que fizessem também sacrifícios pelos pecadores, pois muitas almas iriam para o inferno por não terem quem se sacrifique por elas e dizia: Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios por os pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.

5ª aparição no dia 13 de Setembro, em meio a multidões que os cercavam, clamando vários pedidos de cura para os seus entes queridos, após darem início ao terço na Cova da Iria, aparece Nossa Senhora, em cima da azinheira. Mais uma vez pediu-lhes que continuassem rezando o terço e prometeu-lhes que no próximo mês, o de Outubro, faria um milagre para que todos acreditassem.
 
6ª e última aparição pública, no dia 13 de Outubro de 1917, Nossa Senhora se denominou como Senhora do Rosário e neste mesmo dia aconteceu o milagre do Sol, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, nossa Senhora pediu que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Depois desses acontecimentos Jacinta com 10 anos de idade e Francisco com 11 anos de idade partiram pra Deus como Nossa Senhora os tinha dito e Lúcia entrou para a vida religiosa morrendo em fevereiro de 2005 com 97 anos de idade. Até hoje nos dias 13 de cada mês milhares de pessoas do mundo inteiro continuam visitando a Cova da Iria para rezarem a Nossa Senhora de Fátima, e assim espalhou-se a devoção por todas as partes o Mundo.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Rogai por nós!   Fr. Wilson, CCdB