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sábado, 22 de setembro de 2012

I Parte - O jovem instruído na prática de seus deveres religiosos

Caríssimos jovens, iremos postar a cada dia uma parte deste celebre livro de Dom Bosco. Que este nos ajude na nossa formação pessoal. E que pela intercessão de Dom Bosco nos tornemos a cada dia jovens mais fiéis e solícitos a Igreja de Cristo.

Desejo a todos uma santa leitura e desde já agradeço ao Reverendíssimo padre Tarcísio pela indicação do Texto.

Sem. Pedro Afonso
Diretor Geral da IDSC

O JOVEM INSTRUÍDO NA PRÁTICA
DE SEUS DEVERES RELIGIOSOS
I Volume

Nova edição brasileira
S.Paulo
Escolas profissionais salesianas
1937
 I Parte 
A Juventude

            Dois são os ardis de que principalmente costuma servir-se o demônio para afastar os jovens do caminho da virtude. O primeiro é fazer-lhes crer que para servir a Deus é preciso levar uma vida melancólica, longe de todo divertimento e prazer.Não é assim, queridos jovens.quero ensinar-vos um plano de vida cristã, que vos faça felizes e alegres e que, ao mesmo tempo, vos dê a conhecer quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros gozos, de tal forma que possais dizer com o santo profeta Davi: “Sirvamos a Nosso Senhor em santa alegria: servíte Dómino in laetítia”.Tal é precisamente o fim deste livrinho: Ensinar-vos a servir a Deus e a viver sempre alegres.

            O outro engano é a esperança de ter uma longa vida e de converter-vos mais tarde, quando velhos, ou na hora da morte. Tomai cuidado, meus filhos, porque muitos foram vítimas deste engano.Quem nos garante que chegaremos a velhice?Seria preciso fazer um contrato com a morte para que nos esperasse até lá. Mas a vida e a morte estão nas mãos de Deus, que delas pode dispor como melhor lhe agrada.

            E ainda quando Nosso Senhor vos concedesse uma vida longa, ouvi o grande aviso que vos dá: “A estrada que o homem começa a trilhar na juventude, por essa mesma continuará na velhice até a morte. : Adoléscens juxta viam suam, etiam cum senúerit, non recédet ab ea”. Isto significa: se começamos a viver bem agora que somos moços, continuaremos a viver bem pela vida afora, teremos uma boa morte, que será o princípio de uma felicidade eterna.Pelo contrário, se desde moços nos deixamos dominar pelos vícios, geralmente assim continuaremos em todas as fases de nossa vida até a morte, que será indicio funesto de uma infelicíssima eternidade.Para que tal desgraça não vos aconteça a vós, aqui vos proponho uma breve e fácil norma de vida, mas suficiente para vos tornardes a consolação dos vossos pais, a honra da pátria bons cidadãos na terra e mais tarde venturosos habitantes do Céu.

            Esta pequena obra está dividida em três partes. Na primeira encontrareis as coisas principais que deveis praticar e o que haveis de evitar para viverdes como bons cristãos.Na segunda parte estão colecionadas várias práticas devotas, que estão em uso nas paróquias e nas casas de educação.Na última parte encontra-se o Ofício de Nossa Senhora, as Vésperas de todo o ano e o Ofício dos Defuntos.No fim encontrareis ainda um diálogo relativo aos fundamentos de nossa santa religião, de acordo com as necessidades dos tempos, e por último uma coleção de cantos sacros.


            Meus caros amigos, eu vos amo de todo o coração; é me suficiente saber que sois jovens, para que vos ame profundamente. Encontrareis autores muito mais virtuosos e mais ilustrados do que eu, mas dificilmente podereis achar alguém que mais do que eu vos ame em Jesus Cristo e mais do que eu deseje a vossa verdadeira felicidade.Amo-vos porque conservais em vosso coração o tesouro da virtude: enquanto possuis tal tesouro tendes tudo; mas se o perderdes, vos tornareis os mais infelizes e desventurados do mundo inteiro.

O Senhor esta sempre convosco e faça com que, pela prática destas poucas normas, possais alcançar a salvação da vossa alma e desta arte argumentar a glória de Deus, único fim deste livrinho.

O Céu vos conceda longos anos de vida feliz e consista sempre a vossa grande riqueza no santo temor de Deus, que vos há de cumular de favores celestiais no tempo e na eternidade.

Dom Bosco.


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