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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Mestre de Cerimônias, de Bento XVI, explica algumas mudanças nas celebrações papais - 2ª Parte



Reforma de Bento XVI 


A cada dia vamos postar trechos da entrevista concedida ao Wlodzimierz Redzioch pelo Revmo. Sr. Mons. Guido Marini
 

                                       2ª Parte

Todos podemos ver as mudanças introduzidas por Bento XVI nas celebrações litúrgicas. Como podemos sintetizar estas mudanças?
Eu penso que estas mudanças podem ser sintetizadas da seguinte maneira: primeiramente, são mudanças feitas de acordo com a lógica do desenvolvimento em continuidade com o passado. Logo, não lidamos com uma ruptura com o passado e com uma justaposição com os pontificados anteriores. Em segundo lugar, as mudanças introduzidas servem para evocar o verdadeiro espírito da liturgia, como o quis o Concílio Vaticano II. ‘O “sujeito” da beleza intrínseca da liturgia é o próprio Cristo, ressuscitado e glorificado no Espírito Santo, que inclui a Igreja em sua obra'”.


Celebrações voltadas para a cruz, a Sagrada Comunhão recebida diretamente na boca e de joelhos, longos momentos de silêncio e meditação – são estas as mudanças litúrgicas mais visíveis introduzidas por Bento XVI. Infelizmente, várias pessoas não entendem o significado teológico e histórico destas mudanças e, o que é pior, só as enxergam como um “retorno ao passado”. O senhor pode explicar brevemente o significado destas mudanças?
Para contar-lhe a verdade, nosso Departamento tem recebido vários testemunhos de fiéis que receberam favoravelmente as mudanças introduzidas pelo Papa, pois eles as vêem como uma autêntica renovação da liturgia. Como significado de tais mudanças, reflitamos brevemente. Celebrar voltado para a cruz sublinha a correta direção da oração litúrgica, isto é, para Deus; durante as orações os fiéis não devem olhar uns para os outros, mas deveriam dirigir os olhos para o Salvador. Distribuir a Hóstia aos fiéis ajoelhados tenciona valorizar o aspecto de adoração tanto como elemento fundamental da celebração como atitude necessária face ao mistério da presença real de Deus na Eucaristia. Durante a celebração, a oração assume várias formas: palavras, cantos, música, gestos e silêncio. Além disso, os momentos de silêncio nos permitem participar de fato no ato de adoração, e mais, suscita no interior todas as outras formas de oração.

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